Ásia Central
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Re: Ásia Central
Meu dom não ajudou muito, então eu só poderia contar com a astúcia. Mislav sorriu, aparentemente por já esperar algo assim. Sorri de volta para ele.
- Nada pessoal. - Disse eu simplesmente.
Em seguida, olho para Joe e sou alertado sobre a burrada que ele estava fazendo. Mislav parecia alarmado, e pude perceber que eles não se sentiam tão capazes assim se o grande espírito não estivesse ao seu lado.
"Será que eu posso tirar proveito disso?" Pensei, evitando que um sorriso malicioso se tornasse aparente em meus lábios.
- Certo. - Disse diante da imposição de Mislav sobre confiança.
Dou as costas para ele e retorno ao ponto onde Joe e o espírito conversavam. Ao chegar, ponho a mão sobre o ombro de Joe para interrompê-lo. Eu era um Galliard com as palavras mais afiadas do que as garras, tinha de arranjar um jeito de manter o espírito contra os Presas de Prata e salvar a vida de Joe de sua fúria.
- Com licença, majestade. - Peço ao espírito, fazendo uma reverência.
Então me volto para Joe, falando de modo que os espíritos ali ouvisse muito bem.
- Joe o que está fazendo? Está sendo bondoso demais com os Presas de Prata. Já que se esqueceu de que eles têm mais interesse em resgatar a amante de um deles do que em ajudar os espíritos e o caern? Já se esqueceu de que a própria tribo deles não deu sua benção para esta jornada, desistindo veemente de purificar o território do Grande Espírito? Você é um Theurge, Joe, deveria se sentir ofendido por eles, já que quando sugeri que os Presas de Prata viessem buscar a harmonia com os espíritos, eles desprezaram a força e sabedoria de Vossa Majestade e continuaram bebendo seu vinho nojento. - Lembro ao meu amigo, falando bem alto para que todos os espíritos escutassem.
Então me volto novamente para o Grande Espírito.
- Parte do que meu amigo Joe falou é verdade, entre eles existem alguns Garou de outras tribos que possuem bom coração, mas os motivos de seus líderes são egoístas, Majestade. Mesmo sabendo que são os espíritos os responsáveis pela tempestade, eles pensam em lutar contra sua força ao invés de reverenciá-lo. Peço mil perdões pelo meu amigo aqui, é que ele tem a alma tão pura quanto o hálito de Gaia, e ele está disposto a perdoar até mesmo os homens que nos expulsaram feito lixo porque tínhamos opiniões adversas. Só por isso ele defende os Presas de Prata, mas veja como os desonrados abandonaram os dois filhos do Camaleão para a morte, acha que os mesmos Presas de Prata tratariam Vossa Majestade com mais respeito?
- Nada pessoal. - Disse eu simplesmente.
Em seguida, olho para Joe e sou alertado sobre a burrada que ele estava fazendo. Mislav parecia alarmado, e pude perceber que eles não se sentiam tão capazes assim se o grande espírito não estivesse ao seu lado.
"Será que eu posso tirar proveito disso?" Pensei, evitando que um sorriso malicioso se tornasse aparente em meus lábios.
- Certo. - Disse diante da imposição de Mislav sobre confiança.
Dou as costas para ele e retorno ao ponto onde Joe e o espírito conversavam. Ao chegar, ponho a mão sobre o ombro de Joe para interrompê-lo. Eu era um Galliard com as palavras mais afiadas do que as garras, tinha de arranjar um jeito de manter o espírito contra os Presas de Prata e salvar a vida de Joe de sua fúria.
- Com licença, majestade. - Peço ao espírito, fazendo uma reverência.
Então me volto para Joe, falando de modo que os espíritos ali ouvisse muito bem.
- Joe o que está fazendo? Está sendo bondoso demais com os Presas de Prata. Já que se esqueceu de que eles têm mais interesse em resgatar a amante de um deles do que em ajudar os espíritos e o caern? Já se esqueceu de que a própria tribo deles não deu sua benção para esta jornada, desistindo veemente de purificar o território do Grande Espírito? Você é um Theurge, Joe, deveria se sentir ofendido por eles, já que quando sugeri que os Presas de Prata viessem buscar a harmonia com os espíritos, eles desprezaram a força e sabedoria de Vossa Majestade e continuaram bebendo seu vinho nojento. - Lembro ao meu amigo, falando bem alto para que todos os espíritos escutassem.
Então me volto novamente para o Grande Espírito.
- Parte do que meu amigo Joe falou é verdade, entre eles existem alguns Garou de outras tribos que possuem bom coração, mas os motivos de seus líderes são egoístas, Majestade. Mesmo sabendo que são os espíritos os responsáveis pela tempestade, eles pensam em lutar contra sua força ao invés de reverenciá-lo. Peço mil perdões pelo meu amigo aqui, é que ele tem a alma tão pura quanto o hálito de Gaia, e ele está disposto a perdoar até mesmo os homens que nos expulsaram feito lixo porque tínhamos opiniões adversas. Só por isso ele defende os Presas de Prata, mas veja como os desonrados abandonaram os dois filhos do Camaleão para a morte, acha que os mesmos Presas de Prata tratariam Vossa Majestade com mais respeito?
Daniel Ramone- Senhores das Sombras
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Data de inscrição : 29/12/2013
Idade : 36
Localização : Pet Sematary
Re: Ásia Central
Joe vendo que o espitrito se empatizou com suas borboletas faz com que algums brinquem com ele rodopiando e saltando sobre ele, e rapidamente fala ao seu coracao
Senhor, todos nos erramos e fazemos acoes que tidas como acertos por uns e erros por outros, ainda assim nao temos o direito de ir contra gaia, nao podemos reduzir seus exercitos, aqui estou por quem de fato nao o conheco em sua profundidade mas ainda assim precis\am de ajuda e o senhor pode exigir que se redimam, purificando os bosques, limpando os rios, fazendo rituais na umbra, o senhor mesmo naos nos destruiu pois ouviu o meu pai camaleao, confiou nele, a ssim como esta me ouvindo e confiando em mim ainda que neste momento, estou cansado de lutas mortes negligencias, os verdadeiros inimigos estao trazndo dor e mkorte aos espiritos a te mesmo de sua ninhada, nao deixe isso acontecer, so peco algo em troca poupe-os mesmo que nao queiram, pode me prometer isto pois agora se nao posso ir em frente nao posso recuar e nao posso ficar para ? o que sou ?
Joe sentadao poe suas maos sobre seu proprio pescoco enquanto deixa sua emocao falar mais alto e encara o espirito com serenidade e agradece por aquele momento dizendo enquanto posiciona a ponta de seus dedos para suas veias deixando claro que vai tirar sua vida dando uma prova de onde pretende ir
Adeus meu senhor, adeus Gaia, ade
ja quase mudando para glabro quando sente uma mao tocando seu ombro e apos ouvir Vicenzo dizendo, sente um temor que nao sentira a muito tempo, algo docemente diabolico da voz de Vicenzo, o que o deixa desconcertado com ele pelo fato de ter mudado de lado rapidamente e mesmo que tenha motivo pois hostilizado, mas isso seria transformara tudo em nada
Joe se levcanta afasta-se um pouco de Vicenzo e poe as borboletas sobre si mesmo como se fosse uma mao aberta e diz para ele com tristeza e a voz tremula e chorosa
Voce tem razao irmao ,mas nao acha que esta sendo tao inflexivel com eles, lembre-se se nao fosse a insolencia deles nao teriamos conhecido este grande espirito, senhor das tempestades e nevascas, isso nao e maravilhoso, olha com Gaia nos conduziu, eles se privaram disto, eu mais que todos aqui sei o que ea renegacao, minha tribo perdeu Caerns im portantes na Asia, por isso nao posso fazer o memso que eles, sei que os Presas do passado injusticaram sua tgribo no momento mais importante de voces , o que voce acha ser auqle que se omitiu para que morressem por um orgulhos e mesquinharia, ou aquele que os ensinou o contrario, que os mostrou que estavam errasdo e ouvira seus pedidos de perdao o proprio totem deles e de honra e intercedei junto ao camaleao para que nao fossemos mortos devemos isso ao espirito da ninhada do falcao, por favor voce nao e assim o quie fizeram com voce, voxce esta hipnotizado, nao pode ser, o que eles fizeram,
Joe suspira e diz a Vicenzo e ao espirito
Nao farei parte disto nao consigo perdoe-irmao sou fraco demais para tal, senhor se permitir sairei preciso pensar longe de tudo isso o brigado
Joe enquanto caminha para longe vai para glabro, crinos e hispo e comeca a correr quando estiver bem longe pedira ao camaleao para lhe conduzir aos outros ele precisa avisa-los do que estar por vir e corre o mais rapido possivel
Senhor, todos nos erramos e fazemos acoes que tidas como acertos por uns e erros por outros, ainda assim nao temos o direito de ir contra gaia, nao podemos reduzir seus exercitos, aqui estou por quem de fato nao o conheco em sua profundidade mas ainda assim precis\am de ajuda e o senhor pode exigir que se redimam, purificando os bosques, limpando os rios, fazendo rituais na umbra, o senhor mesmo naos nos destruiu pois ouviu o meu pai camaleao, confiou nele, a ssim como esta me ouvindo e confiando em mim ainda que neste momento, estou cansado de lutas mortes negligencias, os verdadeiros inimigos estao trazndo dor e mkorte aos espiritos a te mesmo de sua ninhada, nao deixe isso acontecer, so peco algo em troca poupe-os mesmo que nao queiram, pode me prometer isto pois agora se nao posso ir em frente nao posso recuar e nao posso ficar para ? o que sou ?
Joe sentadao poe suas maos sobre seu proprio pescoco enquanto deixa sua emocao falar mais alto e encara o espirito com serenidade e agradece por aquele momento dizendo enquanto posiciona a ponta de seus dedos para suas veias deixando claro que vai tirar sua vida dando uma prova de onde pretende ir
Adeus meu senhor, adeus Gaia, ade
ja quase mudando para glabro quando sente uma mao tocando seu ombro e apos ouvir Vicenzo dizendo, sente um temor que nao sentira a muito tempo, algo docemente diabolico da voz de Vicenzo, o que o deixa desconcertado com ele pelo fato de ter mudado de lado rapidamente e mesmo que tenha motivo pois hostilizado, mas isso seria transformara tudo em nada
Joe se levcanta afasta-se um pouco de Vicenzo e poe as borboletas sobre si mesmo como se fosse uma mao aberta e diz para ele com tristeza e a voz tremula e chorosa
Voce tem razao irmao ,mas nao acha que esta sendo tao inflexivel com eles, lembre-se se nao fosse a insolencia deles nao teriamos conhecido este grande espirito, senhor das tempestades e nevascas, isso nao e maravilhoso, olha com Gaia nos conduziu, eles se privaram disto, eu mais que todos aqui sei o que ea renegacao, minha tribo perdeu Caerns im portantes na Asia, por isso nao posso fazer o memso que eles, sei que os Presas do passado injusticaram sua tgribo no momento mais importante de voces , o que voce acha ser auqle que se omitiu para que morressem por um orgulhos e mesquinharia, ou aquele que os ensinou o contrario, que os mostrou que estavam errasdo e ouvira seus pedidos de perdao o proprio totem deles e de honra e intercedei junto ao camaleao para que nao fossemos mortos devemos isso ao espirito da ninhada do falcao, por favor voce nao e assim o quie fizeram com voce, voxce esta hipnotizado, nao pode ser, o que eles fizeram,
Joe suspira e diz a Vicenzo e ao espirito
Nao farei parte disto nao consigo perdoe-irmao sou fraco demais para tal, senhor se permitir sairei preciso pensar longe de tudo isso o brigado
Joe enquanto caminha para longe vai para glabro, crinos e hispo e comeca a correr quando estiver bem longe pedira ao camaleao para lhe conduzir aos outros ele precisa avisa-los do que estar por vir e corre o mais rapido possivel
Veu Cinza- Portadores da Luz Interior
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Idade : 42
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Re: Ásia Central
Anton e Lorcan decidiram levar o traidor com o grupo, para além da montanha. Alaín absteve-se de questionar a decisão dos mais velhos, mas seus raciocínio divergia do deles naquele ponto.
"A não ser que consigamos arrancar mais informações dele, ele é um peso inútil e desnecessário. Mas talvez eles tenham algo em mente ainda..."
O planejamento a seguir também foi observado com atenção e silêncio de Triunfo-de-Gaia.
"Lisa ter ido embora? Talvez com Joe? Ela não se viraria para os inimigos, mas talvez tenha sido emboscada por eles. Precisamos nos unir, não dividir! Bom, pelo menos os outros conhecem o terreno e o plano de ataque parece bom! Vamos ver o que acontece!
Alaín se viu diante da melhor chance de conseguir alguma coisa. Sentou-se diante do garoto e olhou-o fixamente por um tempo. Ativou o dom da Persuasão cuidadosamente antes de falar, em voz cordial e amigável:
- Sabe, eu não entendo bem como é ser um traidor. Digo, você sabe que este pedaço de Gaia foi corrompido e ainda assim trabalha contra aqueles poucos que querem salvá-lo. Não me parece muito esperto, percebe? Além disso, agora que você foi apanhado, acho que está num dilema espinhoso, não? Você poderia dar uma de durão por uma causa perdida e sofrer duramente antes de finalmente ser morto de modo desonroso e jamais chegar às Terras do Verão no próximo plano de existência. Já ouviu falar do Érebo, o purgatório dos garous? Alguns garous estão lá há séculos, e ainda não conseguiram se redimir de todos os seus pecados. Acha que vai se dar bem lá? Claro, você poderia começar a expiar os seus erros agora mesmo! Se me desse as informações que eu preciso pra salvar os Parentes e toda essa área pra Gaia, eu cuidaria pra que você tivesse uma morte rápida e não-degradante, assim você poderia partir em paz e começar a ajeitar as coisas na sua próxima vida. O que acha? Não quer conversar um pouco?
"A não ser que consigamos arrancar mais informações dele, ele é um peso inútil e desnecessário. Mas talvez eles tenham algo em mente ainda..."
O planejamento a seguir também foi observado com atenção e silêncio de Triunfo-de-Gaia.
"Lisa ter ido embora? Talvez com Joe? Ela não se viraria para os inimigos, mas talvez tenha sido emboscada por eles. Precisamos nos unir, não dividir! Bom, pelo menos os outros conhecem o terreno e o plano de ataque parece bom! Vamos ver o que acontece!
Alaín foi encarregado de vigiar o traidor..
- Alaín, aproxime-se do garoto. Use o que for necessário, mas veja se consegue obter mais alguma informaçao dele. – pediu-lhe Anton.
Alaín e o traidor estavam no fundo da gruta, um pouco afastados dos demais. O garoto estava tao apático quanto antes.
Alaín se viu diante da melhor chance de conseguir alguma coisa. Sentou-se diante do garoto e olhou-o fixamente por um tempo. Ativou o dom da Persuasão cuidadosamente antes de falar, em voz cordial e amigável:
- Sabe, eu não entendo bem como é ser um traidor. Digo, você sabe que este pedaço de Gaia foi corrompido e ainda assim trabalha contra aqueles poucos que querem salvá-lo. Não me parece muito esperto, percebe? Além disso, agora que você foi apanhado, acho que está num dilema espinhoso, não? Você poderia dar uma de durão por uma causa perdida e sofrer duramente antes de finalmente ser morto de modo desonroso e jamais chegar às Terras do Verão no próximo plano de existência. Já ouviu falar do Érebo, o purgatório dos garous? Alguns garous estão lá há séculos, e ainda não conseguiram se redimir de todos os seus pecados. Acha que vai se dar bem lá? Claro, você poderia começar a expiar os seus erros agora mesmo! Se me desse as informações que eu preciso pra salvar os Parentes e toda essa área pra Gaia, eu cuidaria pra que você tivesse uma morte rápida e não-degradante, assim você poderia partir em paz e começar a ajeitar as coisas na sua próxima vida. O que acha? Não quer conversar um pouco?
Alexyus- Presas de Prata
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Data de inscrição : 14/09/2012
Re: Ásia Central
As palavas de Oleg eram uma punição leve comparado ao que merecia por ter agido de forma tão arrogante quando tínhamos uma oportunidade de ouro, sentia que minha estirpe havia se encarregado de me favorecer naquela situação, o que me deixava ainda mais frustrado. Era uma situação complicada: eu, que sempre fui um crítico dos esteriótipos, sentia a força de minha lua pulsar sob minhas veias com a intensidade de um vulcão a beira da erupção, e isso era natural para um Ahroun comum, mas o mesmo poderia ser dito sobre os grandes Ahrouns? Me perguntava se não usava do fato de ser um lua cheia somente como desculpa para momentos como aquele e no fundo eu sabia que o caudaloso rio de fúria que corria em mim era uma maldição quase tão grande quanto era uma benção. Eu teria um longo caminho até controlar o seu fluxo, e por isso momentos como aquele eram importantes, para me dar conta disso.
Me atentei ao plano de combate conforme ele era anunciado, e este parecia ser realmente bom. No entanto, não podia tomar muitas conclusões, já que o principal ponto da estratégia traçada era a geografia da vila, da qual eu nada conhecia. Ainda assim, procurei ser útil tentando achar brechas no plano para serem exploradas por nossos inimigos: "Creio que devo concordar com tudo que foi expostos sobre a estratégia inimiga e nossa resposta à ela, mas existem questões maiores para atentarmos. Se, de fato, o número de Garous deles for inferior em uma proporção significativa em relação a nossa, mesmo um posicionamento estratégico seria insuficiente para conseguir uma vitória, muito menos sem duras perdas. Diante disso, creio que existem três possibilidades à fundamentarem a tática inimiga: um número maior de Garous do quê o que estimamos, uma ou mais armadilhas baseadas além da força bruta e a participação direta do espírito na emboscada. Nas duas primeiras hipóteses, o elemento surpresa pode de fato virar a mesa a nosso favor, mas a Umbra não foi citada como um caminho dos quais usaremos em nossa ofensiva, os espíritos podem adiantar nossas intensões e talvez sejam o grande trunfo deles na batalha. Precisamos cuidar disso para termos total segurança."
Esperei que Anton desse aquele como o plano a ser seguido antes de me pronunciar, mesmo que tivesse cometido um erro, isso não significava menos comprometimento com nossa missão, pelo contrário, havia renovado meu foco. Falei de forma segura quando a oportunidade surgiu: -Não tenho críticas ao plano, mas gostaria de fazer uma observação. O traidor que coordena essa emboscada parece ter no espírito que domina essas terras um grande aliado, creio que deveríamos mandar um batedor na Umbra, mesmo que pouco precipitado em relação ao nosso grupo de assalto, para evitar que os espíritos antecipem nossos movimentos. Dependendo das circunstâncias, tal Garou poderia barganhar ou até mesmo enfrentar possíveis ameaças ocultas ao mundo físico. Se nossos números são maiores e nossa tática primordial será bem sucedida, não perderemos em nada com isso, pois o batedor poderá atravessar a película e participar do ataque quão logo seja necessário. É uma medida preventiva... Espero que lhes seja de valia.- Disse enquanto fazia uma mensura aos mais velhos, deixando que eles decidissem o que era mais apropriado fazer. Não queria mais ser impertinente, então decidi afastar-me do grupo uma vez mais, disposto a voltar somente quando pudesse averiguar o mapa o qual era desenhado pelos veteranos do lugar.
Ainda pensava sobre os efeitos negativos de minha ação com o traidor, mas agora com menos preocupação. Antes de me distanciar do grupo, havia notado Alaín se aproximando de Viktor, e senti alguma confiança no que aquilo poderia representar. Procurei dar mais atenção ao plano que tínhamos em mãos para enfrentar a matilha traidora, mas meus pensamentos são interrompidos pelo aparecimento de uma criatura conheci'da. Conforme fui envolto naquela forma pútrida, efetuei minha transformação para Crinos, alarmado pelo cheiro terrível que aquela criatura emanava. "Eu irei dar cabo dessa abominação!" Nenhum pensamento diferente se passou em minha cabeça enquanto me dava conta do que estava acontecendo, sabia das advertências de Alaín, mas contando que eu permanecesse ileso e seguisse suas instruções de como proceder diante de tal encontro, não tinha o que temer. Com isso em mente, saquei a arma que havia recebido mais cedo das mãos do Galliard enquanto rosnava, incapacitado de cumprir com meu dever estando a criatura naquela forma. Não pensei duas vezes ao ver o lobo assumir sua forma física, saltei em sua direção tentando atacá-lo quantas vezes fosse possível com a adaga [Ação Padrão + 3 Pontos de Fúria] sabia que ele logo poderia voltar para sua forma gasosa, eu teria que ser preciso, e estava focado em causar o maior estrago possível no menor intervalo de tempo [1 Ponto de Força de Vontade no primeiro Ataque].
-OFF:
Me atentei ao plano de combate conforme ele era anunciado, e este parecia ser realmente bom. No entanto, não podia tomar muitas conclusões, já que o principal ponto da estratégia traçada era a geografia da vila, da qual eu nada conhecia. Ainda assim, procurei ser útil tentando achar brechas no plano para serem exploradas por nossos inimigos: "Creio que devo concordar com tudo que foi expostos sobre a estratégia inimiga e nossa resposta à ela, mas existem questões maiores para atentarmos. Se, de fato, o número de Garous deles for inferior em uma proporção significativa em relação a nossa, mesmo um posicionamento estratégico seria insuficiente para conseguir uma vitória, muito menos sem duras perdas. Diante disso, creio que existem três possibilidades à fundamentarem a tática inimiga: um número maior de Garous do quê o que estimamos, uma ou mais armadilhas baseadas além da força bruta e a participação direta do espírito na emboscada. Nas duas primeiras hipóteses, o elemento surpresa pode de fato virar a mesa a nosso favor, mas a Umbra não foi citada como um caminho dos quais usaremos em nossa ofensiva, os espíritos podem adiantar nossas intensões e talvez sejam o grande trunfo deles na batalha. Precisamos cuidar disso para termos total segurança."
Esperei que Anton desse aquele como o plano a ser seguido antes de me pronunciar, mesmo que tivesse cometido um erro, isso não significava menos comprometimento com nossa missão, pelo contrário, havia renovado meu foco. Falei de forma segura quando a oportunidade surgiu: -Não tenho críticas ao plano, mas gostaria de fazer uma observação. O traidor que coordena essa emboscada parece ter no espírito que domina essas terras um grande aliado, creio que deveríamos mandar um batedor na Umbra, mesmo que pouco precipitado em relação ao nosso grupo de assalto, para evitar que os espíritos antecipem nossos movimentos. Dependendo das circunstâncias, tal Garou poderia barganhar ou até mesmo enfrentar possíveis ameaças ocultas ao mundo físico. Se nossos números são maiores e nossa tática primordial será bem sucedida, não perderemos em nada com isso, pois o batedor poderá atravessar a película e participar do ataque quão logo seja necessário. É uma medida preventiva... Espero que lhes seja de valia.- Disse enquanto fazia uma mensura aos mais velhos, deixando que eles decidissem o que era mais apropriado fazer. Não queria mais ser impertinente, então decidi afastar-me do grupo uma vez mais, disposto a voltar somente quando pudesse averiguar o mapa o qual era desenhado pelos veteranos do lugar.
Ainda pensava sobre os efeitos negativos de minha ação com o traidor, mas agora com menos preocupação. Antes de me distanciar do grupo, havia notado Alaín se aproximando de Viktor, e senti alguma confiança no que aquilo poderia representar. Procurei dar mais atenção ao plano que tínhamos em mãos para enfrentar a matilha traidora, mas meus pensamentos são interrompidos pelo aparecimento de uma criatura conheci'da. Conforme fui envolto naquela forma pútrida, efetuei minha transformação para Crinos, alarmado pelo cheiro terrível que aquela criatura emanava. "Eu irei dar cabo dessa abominação!" Nenhum pensamento diferente se passou em minha cabeça enquanto me dava conta do que estava acontecendo, sabia das advertências de Alaín, mas contando que eu permanecesse ileso e seguisse suas instruções de como proceder diante de tal encontro, não tinha o que temer. Com isso em mente, saquei a arma que havia recebido mais cedo das mãos do Galliard enquanto rosnava, incapacitado de cumprir com meu dever estando a criatura naquela forma. Não pensei duas vezes ao ver o lobo assumir sua forma física, saltei em sua direção tentando atacá-lo quantas vezes fosse possível com a adaga [Ação Padrão + 3 Pontos de Fúria] sabia que ele logo poderia voltar para sua forma gasosa, eu teria que ser preciso, e estava focado em causar o maior estrago possível no menor intervalo de tempo [1 Ponto de Força de Vontade no primeiro Ataque].
-OFF:
- Spoiler:
- Não considerei a transformação em Crinos como uma das ações do turno. Caso tenha feito errado, subtraia um dos ataques para remanejar um dos pontos de Fúria para mudar de forma.
Midnight- Mensagens : 136
Data de inscrição : 09/01/2015
Re: Ásia Central
- Vincenzo:
- rolagem:
- Rolagem
Vincenzo rolou 6 dados de 10 lados com dificuldade 4 para convencer espírito e obteve: 6 9 5 2 3 3 obteve 3 sucessos!
- Eu já nao entendo mais nada!!
O Leshy golpeou o chao com sua mao de pedra, espirrando neve no entorno. Convencido por Vincenzo, mas ainda influenciado pelo dramatismo de Joe, o espírito, confuso, esfumou-se para a umbra.
Enquanto isso, Joe se afastava rapidamente, guiado pelo Merlin.
Mislav suspirou. Como Vincenzo notou, o Lechy e seus espíritos subordinados eram o trunfo daquela jovem matilha.
- Que partam os fracos. – disse Milav finalmente. – Esse tipo de garou “bonzinho” é que mantém os dementes presas de prata no poder e nos levará à ruina. Só os senhores das sombras e nossos aliados temos coragem de fazer todo o necessário para proteger Gaia, ainda que signifique a perda de alguns lobisomens medíocres.
Em seguida apresentou a Vicenzo o resto da matilha:
Davor “Juiz Sangrento”, um gigantesco filodox com uma klaive, que protegia Mislav.
Anúbis “Caça-Enigmas”, theurge impuro dos peregrinos silenciosos, agora na forma de um chacal negro e sem pelos.
Mephi “Viajante Fantasma”, um ahroun que, por alguma razao, lhe deu calafrios.
Disseram que havia ainda um presa de prata renegado, Viktor, que agia como espiao e informante. Mas este nunca chegou.
- Deve ter sido capturado, o idiota. Assim que vamos mudar de planos. Deixaremos os presas entrarem e andarem pela aldeia. Nao importa a entrada, acabarao indo ao cruzamento das duas ruas principais, lá estaremos. Perto há um templo ortodoxo, em cuja torre Mephi estará vigiando. Criando um reflexo brilhante nos avisará quando se aproximem. Anúbis controlará os elementais, que podem se misturar aos montes de neve. Vincenzo e Davor poderao esconder-se nas casas ou escombros. Eu, por ora, vou tentar trazer o Leshy de volta.
E partiu para a umbra.
Vincenzo notou um certo desconforto dos demais com a ausência do alfa. O líder era o fato de coesao, eles eram muito mais influenciáveis sem ele.
- ALAIN, JOE E YURI:
- Na gruta ao pé da montanha, reunidos em torno de uma fogueira, os presas de prata discutiam seu plano de ataque. Yuri tomou a palabra, destrinchando as possíveis táticas do adversário, propondo uma açao pela umbra e o uso de um batedor para observar os espíritos, barganhar com eles ou identificar ameaças ocultas.
Em seguida Yuri afastou-se, deixando os demais discutirem o assunto.
- O raciocínio de Yuri é correto. – disse Anton. Agora que tudo parece ter se acalmado, seria excelente mandar um batedor para a umbra. O problema é que nenhum de nós sabe comunicar-se adequadamente com espíritos. Dependeríamos da boa vontade de espíritos irritados e agressivos em falar conosco. A chance de fazermos uma bobagem e piorarmos as coisas é grande.- YURI:
- Yuri afastou-se, pensando no plano.
Pouco tempo depois sentiu uma conhecida névoa pútrida envolvendo-o. O cheiro horrível e penetrande daquela criatura encheu o ahroun de raiva, e ele direcionou sua fúria para passar à forma guerreira*. Entao sacou a faca. Parecia estranha em suas maos, mas Yuri confiou na experiência de Anton e, ainda que todo seu ser desejasse destroçar o inimigo com presas e garras, usou-a para atacar.
O primeiro golpe foi certeiro. Atingido entre o ombro e o pescoço, o lobo começou a sangrar e recuou, atordoando. Yuri nao esperou que se recobrasse e atacou de novo.- rolagem:
- Yuri rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 4 para Ataque com Arma Branca e obteve: 6 3 9 3 3 7 6 obteve 4 sucessos!
Apesar da pouca experiência com armas brancas, Yuri tinha muita destreza e rasgou o ventre do lobo-fomor com facilidade. Percebeu, horrorizado, que em vez de sangue e vísceras, a ferida expelia uma substancia cinza e embolorada, com um repugnante odor a mofo. Felizmente, durante o ataque Yuri nao tocara nem pele nem fluidos do lobo, caso contrário teria se infectado com este fungo e outros terríveis agentes biológicos.
O ferimento era atroz e o lobo mal conseguia arrastar-se. Yuri deu o golpe de misericórida.- rolagem:
- Yuri rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 4 para Ataque com Arma e obteve: 7 1 3 8 9 1 8 obteve 2 sucessos!
Era um momento de glória: o último lobo-fomor da matilha morria por suas maos.
* como crinos nao é a forma racial de Yuri, considerei 1 ponto de fúria para a transformaçao, caso contrário teria que testar vigor + instinto primitivo, requerendo 3 sucessos para a mudança completa.
- ALAIN:
- Atendendo ao pedido de Anton, Alaín abordou o traidor. Sentado diante dele, com uma voz cordial e amigável, falou-lhe sobre a morte cruel e desonrosa que o esperava e sobre o Érebo. Também sobre a chance de começar a expiar seus erros, ajudando-os com informaçoes.
O menino erguei seus olhos e Alaín viu que estavam brilhantes de lágrimas. Era um garou débil, fruto de consanguinidade e de uma criaçao permissiva, que formou-o como um preguiçoso arrogante em vez de um herói. Mas ainda assim era um presa de prata. Suas lágrimas nao eram de medo, mas de agradecimento pela redençao oferecida pelo filodox.
Alaín atingira o alvo. Um pouco mais de brandura e o traidor teria submergido em autopiedade e súplicas. Agressividade o levaria a fechar-se em resistência e ódio. Mas Alaín ofereceu-lhe uma saída, a chance de alguma dignidade no final de sua curta e errada vida.
.
O menino aceitou feliz e respondeu com boa vontade a tudo o que lhe foi perguntado. *
* Alexyus, o Alaín comprendeu muito bem como meu npc se sentia e falou com precisao. É o típico caso em que os dados só atrapalhariam, considerei-o exitoso com base na sua ótima interpretaçao.
Alaín e Yuri uniram-se ao grupo, que ainda discutia o plano.
Afanasiy olhou para o horizonte e interrompeu-os.
- Vejam! Acho que ali vem o garou que necessitamos…
O hispo negro de Joe galopava em direçao a eles. Nao estava sendo guiado pelo camaleao e sim pelo Merlin, que do céu cinzendo indicava o caminho.
O Merlin pousou diante de Anton, que murmurou-lhe palavras de agradecimento, e partiu.
Joe foi recebido calorosamente por todos. Era vigoroso e só precisou de um pouco de água e alguns minutos de descanso antes de começar a contar tudo o que havia passado.
Anton fez cara de “eu te disse” quando ele relatou o duro ataque dos homens de gelo. Mas, conforme Joe foi falando de como o espírito que governava a floresta, o Leshy salvou-os da morte, do que haviam falado e finalmente da defesa que Joe fez dos presas e seus aliados ao espírito, chegando a oferecer-lhe a própria vida, o semblante do líder foi ficando mais e mais sério. Quando terminou, Anton olhou-o nos olhos e disse:
- Obrigado, Joe. Você mostrou ser leal e valoroso. Estaremos sempre gratos por sua atitude e pelas informaçoes que trouxe. E a gratidao de um presa de prata é tao grande quanto seu orgulho. Disponha do que necessitar de nós.
Com as informaçoes trazidas por Joe e Alaín puderam compor o quadro completo do que tinham pela frente.
Souberam que Mislav pretendia que morressem para conquistar o caern caído para os senhores das sombras. Que a matilha era jovem e composta pelo theurge Mislav; por um filodox muito forte chamado Davor “Juíz Sangrento”; e pelos peregrinos silenciosos Anubis, theurge impuro e Mephi, ahroun. Que nao tinham nenhuma relaçao com o sequestro dos parentes e finalmente que os emboscariam na entrada noroeste, com a ajuda de elementais do gelo. O Leshy faria parte dos planos, mas tinha regressado à umbra enquanto Joe partia.
Graças a Joe souberam que o espírito era instável e odiava os presas por pensar que descuidaram da proteçao do lugar, que considerava seu reino. Que fora sensível aos apelos do Camaleao e tolerante à presença do Merlin e, finalmente, que simpatizava com Joe.
Ao fim, Anton dirigiu-se a Joe e disse:
– Espero que nos dê a honra de seguir lutando ao nosso lado. Necessitamos muito de suas habilidades.
E continuou:
- Joe escapou e Viktor nao regressará. Sabem que conhecemos sua localizaçao. Mas nao sabem da entrada na muralha. Com certeza pensam que agora usaremos a entrada norte ou a penumbra. Na penumbra é difícil uma emboscada, para qualquer uma das partes, pois tudo o que aparece sao o rio e a planície sem fim. Continuaremos, entao, pelo caminho da muralha. Joe, você poderia ser nosso batedor e ir pela umbra? Se pudesse encontrar o Leshy e convencê-lo a mudar de idéia, faria toda a diferença. Se achar necessário, pode levar Alaín, que é mestre na arte de convecer.
Oleg entregou-lhes um mapa detalhado.
- Os galliard têm boa memória. – sorriu – Ouçam: Ahmed, Alaín, Leyda e Yuri podiam atacar os garous, visando sobretudo os theurges. E nós pegamos os elementais.
- Ok. Alguém tem alguma dúvida ou sugestao? Caso contrário podemos partir. – disse Anton.
- Ou quase... – disse Lorcan. – Se ninguém tem mais perguntas para Viktor, é hora de devolver sua alma à Gaia. Eu me encarregarei, nao se preocupem.
- Ah, tem mais uma coisa... – disse Anton – Quero Vincenzo vivo.
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Re: Ásia Central
Rosnava a cada golpe bem sucedido sobre a criatura, e me senti grato em ter visto a mesma se esquivado da mordida que havia tentado executar contra ela mais cedo ao ver suas entranhas maculadas serem despejadas sobre o chão. A sequência de golpes termina com o resultado que Gaia deveria esperar de um de seus guerreiros, e me vi feliz em protagonizar aquele momento. Um uivo pleno despertou do fundo de meus pulmões, rasgando os céus acima. Quase podia sentir como se Luna ouvisse meu brado de vitória. O furor do momento me trás uma estranha paz interna, como se os acontecimentos que me levaram até aquele ponto fossem simplesmente necessários. A face de Gaia se encontrava agora um pouco mais pura, era hora de voltar a as discussões, pois aquela batalha seria a menor das que eu certamente teria pela frente no futuro próximo. Caminhei com passos firmes de volta ao local onde os demais se reuniam, assumindo minha forma Hominídea na medida em que retornava.
O sangue do lobo fomor que havia abatido a pouco ainda banhava a lâmina que permanecia em minha mão direita, me aproximava de todos para me manter a par da progressão dos planos da batalha na vila, mas não consegui deixar de notar o estado de Viktor. Quase senti pena dele. Agora, com o calor do momento tendo se esvaído, ainda queria pintar a terra com seu sangue. Mas era difícil pensar na ideia desse sangue ser o suficiente para ele nunca mais poder levantar naquele corpo. Eu estava em conflito comigo mesmo, não estava habituado aquele tipo de situação, traição naquele nível era um conceito difícil de ser incorporado. Eu quase sentia raiva de mim por ainda ter compaixão, pois não tinha motivo para sentir aquilo por ele. Sua vida, inegavelmente, era uma vergonha. Ele não havia falado tudo sob os dons dos mais experientes -mesmo que por intervenção minha, é verdade- não haveria de colaborar por vontade própria diante dos fatos.
Espantei os pensamentos desnecessários da cabeça me aproximando de Anton, ofereci a arma que havia recebido de forma cordial: -Ela cumpriu com seu dever. Está feito.- Procurei ser discreto -mesmo que certamente sem muito sucesso- pois entendia a gravidade do momento, não queria tirar o foco do que realmente importava. Tendo feito esse gesto, olhava na direção apontada por Afanisy, inicialmente sem entender sua afirmação, tampouco de quem se tratava o lobo que se aproximava, mas permaneci calmo por sua reação, parecia ser algum amigo. Logo percebi que se tratava de alguém ainda mais crucial naquele momento.
"Com a partida da Roedora de Ossos, de fato o regresso dele é um bom presságio. Mas não gostei da forma que ele agiu até o momento de partir.... O que será que ele tem pra dizer?" Pensava enquanto analisava Joe se recompor. Quão logo ele começou a falar, dei a ele tanta atenção quanto qualquer outro ali tentando montar melhor o quadro que possuíamos até o momento. Lhe dei um gesto positivo com a cabeça após terminar seu relato, no final das contas, acabara por atribuir mais mérito a sabedoria das decisões de Anton, que culminaram naquele momento, do que pelas atitudes de Joe, mas ele tinha seus méritos, e reconhecia isso. Não disse uma palavra sequer, mas se seu olhar encontrasse o meu, veria em meus olhos uma aprovação veemente quanto a sua volta, e a maneira como havia agido até chegar ali. O momento mais tocante para mim, no entanto, foi o relato de Alain quanto ao que havia extraído de Viktor: "Ai está meu motivo para atribuir-lhe alguma compaixão." Pensei olhando para ele. Eu sentia muito mais pena do que raiva, era triste ver um filho de Gaia chegar tão fundo no poço. Imaginar o quão raso ele estava se comparado com os Dançarinos da Espiral Negra me embrulhou o estômago.
Não contestei nada do que foi dito, apenas me mantive focado, tentando traçar um discurso bom o suficiente para expor tudo o que eu pensava da maneira correta, apenas esperava a hora de falar. Quando você está em uma matilha decente, essa hora sempre vem, quer você esteja disposto a falar ou não. E ela veio. Pensei em ativar um Dom para ajudar na efetividade de minhas palavras, mas repudiei aquela ideia. A teoria que eu tinha quanto a desgraça de Viktor girava justamente em cima de atitudes como aquela. Comecei a falar da forma habitual, abrupta, quão logo uma brecha de silêncio me dera espaço para falar: -Antes de mais nada, seja bem-vindo de volta, Joe. Lhe sugeri uma prova para que fosse digno de voz, e mais que isso se mostrou apto a agir. É sempre bom ter expectativas superadas dessa forma. Ficaria feliz em lutar ao seu lado.- Meu olhar fixava-se nele durante aquele momento, mas logo dirigi a palavra à todos: -Tenho dois pontos a serem levantados. O primeiro é o sumiço da garota, a Theurge.- Havia me esforçado para lembrar o nome dela, sem sucesso. Continuei sabendo que estava sendo compreendido: -Não sabemos de seu paradeiro, e ela está longe de casa. Se decidiu fugir sem rumo, a morte lhe espera, e Gaia certamente a sepultará em um caixão de gelo. Mas é difícil imaginar alguém fazer uma estupidez tão grande assim. Ela ainda é um fator pesado diante de um quadro onde espíritos têm uma importância tão grandes... É apenas um lembrete.- Retomei o fôlego. Aquilo era bobagem. Eu só queria começar a falar, sem precisar expor logo o ponto onde queria chegar. Segui em frente tomando cuidado com as palavras: -Joe voltou vivo e Viktor foi capturado sem problemas. Foi fácil, simples assim. Demais. Tudo bem, reconhecemos que eles tenham nossa posição, mas será que não devemos esperar por mais vindo de quatro Garous que pretendem confrontar um grupo como o formado aqui? Vocês já enfrentaram manifestações do espírito que reina sobre a região sem maiores problemas, acredito que devemos olhar mais a fundo o que temos em mãos.- A peculiar dor entre os olhos que me perturbava quando eu forçava minha cabeça mais do que o habitual começava a me atormentar, procurei concluir logo: -Talvez o que tenhamos sejam informações que deveríamos receber. Obviamente o que Joe nos deu é mais confiável, mas acho que poderíamos ter um pouco mais de cautela.- Olhei sem muita esperança para Viktor, quase sem acreditar no que estava prestes a fazer, mas disse: -Acho que Viktor pode encontrar uma morte mais digna depois de ser realmente útil. Ele pode entrar na cidade primeiro, chamar os demais que tramam contra nós para então revelar suas posições, e então poderemos atacá-los com a guarda baixa. Uma isca traiçoeira... Mas se confiamos que ele não mentiu para nós no que revelou à Alaín, devemos confiar que ele possa fazer isso. Bons homens,- Lembrei de Leyda e, quase como se me corrigisse, completei: -e mulheres, podem morrer se nos precipitarmos nesse ataque. Ele tem a chance de encontrar a verdadeira redenção agindo para evitar isso... Pedir a vida dele, pedido este vindo de alguém que a pouco tentou tirá-la, seria demais da minha parte. Mas acho que... Poderiam ao menos cogitar tal possibilidade. Caso seja refutada, me disponho a seguir fielmente o plano da forma como foi arquitetado.- Suspirei pesadamente e deixei as palavras pesadas de emoção saírem quase que involuntariamente: -Minha primeira matilha era composta por gente como ele... Como eu. Que matou seu próprio pai, um Parente, quando fora de si... Mesmo que ele merecesse, eu não faria isso estando são. Vocês viram como ele ficou quando sob as artimanhas certas, como saber o que foi usado pelo bastardo do outro lado? Joe voltou, mas não é qualquer um que tem tanta determinação. Talvez se perguntem onde está agora a matilha de renegados que me acompanhava... Estão mortos. Morreram estando comigo no campo de batalha, defendendo Gaia.- Eu podia sentir minhas bochechas ficarem vermelhas, por mais sinceras que fossem minhas intenções com o plano e com Viktor, entendia o quão estranho aquilo soaria para todos. Talvez eu ainda fosse ingênuo demais para entender aquele mundo -não, certamente eu era- mas tinha dignidade o suficiente para receber as repreensões que esperava por expor o que sentia. Por mais que eu sentisse a gritante vontade de me afastar naquele momento, ergui o queixo, e esperei o veredito.
O sangue do lobo fomor que havia abatido a pouco ainda banhava a lâmina que permanecia em minha mão direita, me aproximava de todos para me manter a par da progressão dos planos da batalha na vila, mas não consegui deixar de notar o estado de Viktor. Quase senti pena dele. Agora, com o calor do momento tendo se esvaído, ainda queria pintar a terra com seu sangue. Mas era difícil pensar na ideia desse sangue ser o suficiente para ele nunca mais poder levantar naquele corpo. Eu estava em conflito comigo mesmo, não estava habituado aquele tipo de situação, traição naquele nível era um conceito difícil de ser incorporado. Eu quase sentia raiva de mim por ainda ter compaixão, pois não tinha motivo para sentir aquilo por ele. Sua vida, inegavelmente, era uma vergonha. Ele não havia falado tudo sob os dons dos mais experientes -mesmo que por intervenção minha, é verdade- não haveria de colaborar por vontade própria diante dos fatos.
Espantei os pensamentos desnecessários da cabeça me aproximando de Anton, ofereci a arma que havia recebido de forma cordial: -Ela cumpriu com seu dever. Está feito.- Procurei ser discreto -mesmo que certamente sem muito sucesso- pois entendia a gravidade do momento, não queria tirar o foco do que realmente importava. Tendo feito esse gesto, olhava na direção apontada por Afanisy, inicialmente sem entender sua afirmação, tampouco de quem se tratava o lobo que se aproximava, mas permaneci calmo por sua reação, parecia ser algum amigo. Logo percebi que se tratava de alguém ainda mais crucial naquele momento.
"Com a partida da Roedora de Ossos, de fato o regresso dele é um bom presságio. Mas não gostei da forma que ele agiu até o momento de partir.... O que será que ele tem pra dizer?" Pensava enquanto analisava Joe se recompor. Quão logo ele começou a falar, dei a ele tanta atenção quanto qualquer outro ali tentando montar melhor o quadro que possuíamos até o momento. Lhe dei um gesto positivo com a cabeça após terminar seu relato, no final das contas, acabara por atribuir mais mérito a sabedoria das decisões de Anton, que culminaram naquele momento, do que pelas atitudes de Joe, mas ele tinha seus méritos, e reconhecia isso. Não disse uma palavra sequer, mas se seu olhar encontrasse o meu, veria em meus olhos uma aprovação veemente quanto a sua volta, e a maneira como havia agido até chegar ali. O momento mais tocante para mim, no entanto, foi o relato de Alain quanto ao que havia extraído de Viktor: "Ai está meu motivo para atribuir-lhe alguma compaixão." Pensei olhando para ele. Eu sentia muito mais pena do que raiva, era triste ver um filho de Gaia chegar tão fundo no poço. Imaginar o quão raso ele estava se comparado com os Dançarinos da Espiral Negra me embrulhou o estômago.
Não contestei nada do que foi dito, apenas me mantive focado, tentando traçar um discurso bom o suficiente para expor tudo o que eu pensava da maneira correta, apenas esperava a hora de falar. Quando você está em uma matilha decente, essa hora sempre vem, quer você esteja disposto a falar ou não. E ela veio. Pensei em ativar um Dom para ajudar na efetividade de minhas palavras, mas repudiei aquela ideia. A teoria que eu tinha quanto a desgraça de Viktor girava justamente em cima de atitudes como aquela. Comecei a falar da forma habitual, abrupta, quão logo uma brecha de silêncio me dera espaço para falar: -Antes de mais nada, seja bem-vindo de volta, Joe. Lhe sugeri uma prova para que fosse digno de voz, e mais que isso se mostrou apto a agir. É sempre bom ter expectativas superadas dessa forma. Ficaria feliz em lutar ao seu lado.- Meu olhar fixava-se nele durante aquele momento, mas logo dirigi a palavra à todos: -Tenho dois pontos a serem levantados. O primeiro é o sumiço da garota, a Theurge.- Havia me esforçado para lembrar o nome dela, sem sucesso. Continuei sabendo que estava sendo compreendido: -Não sabemos de seu paradeiro, e ela está longe de casa. Se decidiu fugir sem rumo, a morte lhe espera, e Gaia certamente a sepultará em um caixão de gelo. Mas é difícil imaginar alguém fazer uma estupidez tão grande assim. Ela ainda é um fator pesado diante de um quadro onde espíritos têm uma importância tão grandes... É apenas um lembrete.- Retomei o fôlego. Aquilo era bobagem. Eu só queria começar a falar, sem precisar expor logo o ponto onde queria chegar. Segui em frente tomando cuidado com as palavras: -Joe voltou vivo e Viktor foi capturado sem problemas. Foi fácil, simples assim. Demais. Tudo bem, reconhecemos que eles tenham nossa posição, mas será que não devemos esperar por mais vindo de quatro Garous que pretendem confrontar um grupo como o formado aqui? Vocês já enfrentaram manifestações do espírito que reina sobre a região sem maiores problemas, acredito que devemos olhar mais a fundo o que temos em mãos.- A peculiar dor entre os olhos que me perturbava quando eu forçava minha cabeça mais do que o habitual começava a me atormentar, procurei concluir logo: -Talvez o que tenhamos sejam informações que deveríamos receber. Obviamente o que Joe nos deu é mais confiável, mas acho que poderíamos ter um pouco mais de cautela.- Olhei sem muita esperança para Viktor, quase sem acreditar no que estava prestes a fazer, mas disse: -Acho que Viktor pode encontrar uma morte mais digna depois de ser realmente útil. Ele pode entrar na cidade primeiro, chamar os demais que tramam contra nós para então revelar suas posições, e então poderemos atacá-los com a guarda baixa. Uma isca traiçoeira... Mas se confiamos que ele não mentiu para nós no que revelou à Alaín, devemos confiar que ele possa fazer isso. Bons homens,- Lembrei de Leyda e, quase como se me corrigisse, completei: -e mulheres, podem morrer se nos precipitarmos nesse ataque. Ele tem a chance de encontrar a verdadeira redenção agindo para evitar isso... Pedir a vida dele, pedido este vindo de alguém que a pouco tentou tirá-la, seria demais da minha parte. Mas acho que... Poderiam ao menos cogitar tal possibilidade. Caso seja refutada, me disponho a seguir fielmente o plano da forma como foi arquitetado.- Suspirei pesadamente e deixei as palavras pesadas de emoção saírem quase que involuntariamente: -Minha primeira matilha era composta por gente como ele... Como eu. Que matou seu próprio pai, um Parente, quando fora de si... Mesmo que ele merecesse, eu não faria isso estando são. Vocês viram como ele ficou quando sob as artimanhas certas, como saber o que foi usado pelo bastardo do outro lado? Joe voltou, mas não é qualquer um que tem tanta determinação. Talvez se perguntem onde está agora a matilha de renegados que me acompanhava... Estão mortos. Morreram estando comigo no campo de batalha, defendendo Gaia.- Eu podia sentir minhas bochechas ficarem vermelhas, por mais sinceras que fossem minhas intenções com o plano e com Viktor, entendia o quão estranho aquilo soaria para todos. Talvez eu ainda fosse ingênuo demais para entender aquele mundo -não, certamente eu era- mas tinha dignidade o suficiente para receber as repreensões que esperava por expor o que sentia. Por mais que eu sentisse a gritante vontade de me afastar naquele momento, ergui o queixo, e esperei o veredito.
Midnight- Mensagens : 136
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Re: Ásia Central
Senhores eu nao voltei para provar nada a vos, e sim pois eo meu dever nao dixar nehum mebro para tras, e assim o farei, lembrai-vos que Vicenzo, assim cmo eu e um Vigia sorrateiro do totem camaleao e se tem algume aqui ira puni-lo primeiramente sera seu padrinho e depois eu, estejam certos tao quanto me sacrificaria por voces assim o e por ele e quanto a Lisa os espiritos sabem como acha-la e ela nao foi loeviana em abandor o grupo, nao se afastaria sem um plano ou motivo, teremos sim que ter cautela, como um Senhor astuto que Mislav e tem dois planos na manga, e creio que Vicenzo tentou ganhar sua confianca para lhe dar uma cartda final, por favor e uma pessima hora para esterotipos, ele percebendo que nao fora tao sucedido assim , afinal, nao se chega alem de ardren a toa, me enviou um sinal, ele com certeza sabiaque se ele tentasse me convencer a trai-los eu daria um jeito de fugir e lhes avisar afinal eu simplesmente sai e vim ele ficou me observando, quando poderia muito bem ter me impedido ou ter me manipulado, se o fizesse eu tentaria convence-lo de nao, mas reapidamente saquei sua estrategia e vim, ou seja nao me agradecam e sim a ele que ficou la para que eu pudesse vir,
As palavras de Joe soam mais como um clamor do que como uma repreensao, nao sao severas e sim lucidas sem enigmas ou charadas, sao suaves e sem malicias, ele olha a todos da mesma forma, e para Anton e sugere
Senhor podemos ir agora eu Alain? nao temos muito tempo, Yuri esta certo cautela sim, mas acao rapida deixe que eu me entendo com o Leslhy, nao importa o preco, e Alain de fato tem o dom da palavra lucida e certeira, aos demais obrigado a honra sera minha e de meus antepassados
Assim que sairem ele se dirigira para Alain
Voce dentre sua tribo e especial, nao e impulsivo, e reflexivo, ativo, e justo, por favor nao se deixe levar pela besta interior, por favor, se houver um outro jeito nao leve isso ate as ultimas consequencias, ele e apenas um cleath, e os outros manipuladores natos, xerta vez enfrentei Olhos vermelhos um de minha tribo com poderes alem de minha imaginacao, com uma dor de tamanho equal, ou seja as cicatrizes de fora nao revelam a extensao da dor de dentro, no final podera desafi-alo confronta0lo, mas temos o onosso objetivo, e sei que faar o certo, num futuro proximo eu ficaria feliz em visita-lo em seu Caern, filho do falcao
Joe aguarda a replica e se nao houver ele ja se aproveita de quem os rodear e pergumtara por Lisa, e logo apos por Leshly, e em seguida tentara fazer um acordo com os espiritos paar ajudar contra os senhores, de alguma forma, explicara o que realmente acontece e pedira a poio a todos
As palavras de Joe soam mais como um clamor do que como uma repreensao, nao sao severas e sim lucidas sem enigmas ou charadas, sao suaves e sem malicias, ele olha a todos da mesma forma, e para Anton e sugere
Senhor podemos ir agora eu Alain? nao temos muito tempo, Yuri esta certo cautela sim, mas acao rapida deixe que eu me entendo com o Leslhy, nao importa o preco, e Alain de fato tem o dom da palavra lucida e certeira, aos demais obrigado a honra sera minha e de meus antepassados
Assim que sairem ele se dirigira para Alain
Voce dentre sua tribo e especial, nao e impulsivo, e reflexivo, ativo, e justo, por favor nao se deixe levar pela besta interior, por favor, se houver um outro jeito nao leve isso ate as ultimas consequencias, ele e apenas um cleath, e os outros manipuladores natos, xerta vez enfrentei Olhos vermelhos um de minha tribo com poderes alem de minha imaginacao, com uma dor de tamanho equal, ou seja as cicatrizes de fora nao revelam a extensao da dor de dentro, no final podera desafi-alo confronta0lo, mas temos o onosso objetivo, e sei que faar o certo, num futuro proximo eu ficaria feliz em visita-lo em seu Caern, filho do falcao
Joe aguarda a replica e se nao houver ele ja se aproveita de quem os rodear e pergumtara por Lisa, e logo apos por Leshly, e em seguida tentara fazer um acordo com os espiritos paar ajudar contra os senhores, de alguma forma, explicara o que realmente acontece e pedira a poio a todos
Veu Cinza- Portadores da Luz Interior
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Re: Ásia Central
Alaín aproveitou a conversa com Viktor ao máximo, extraindo todas as informações que podia, ao mesmo tempo em que analisava a sinceridade demonstrada pelo cliath. Considerou que as informações por ele fornecidas eram fidedignas e uma demonstração de boa-fé aceitável da parte do prisioneiro.
Quando retornou aos outros reunidos, ouviu o lamento sobre a falta de um batedor na Umbra, e como se Gaia atendesse as preces dos garous, eis que Joe retornava. Triunfo-de-Gaia ficou imediatamente exultante, não apenas pela presença de um theurge, mas pelo retorno de Joe, em quem ele aprendera a confiar e lamentara sua ausência do grupo. Saudou-o como a um companheiro que tivesse se ausentado há pouco, oferecendo-lhe água e um lugar quente.
Ao ouvir os relatos e compartilhar as informações que cada um reunira, Alaín observou enquanto os outros traçavam a estratégia de batalha. Ele cedeu lugar aos ahrouns na primazia desta feita, sabedor que era de sua pouca experiência em combate perto da deles. Ao fim, concordou que o plano era tão bom quanto possível naquelas condições.
Quando Lorcan mencionou a sina de Viktor, Alaín se preparava para falar quando Yuri deu voz aos pensamentos que ele tentava transformar em palavras. Discordou um pouco da argumentação dele, mas estava de acordo com as disposições gerais. Quando Yuri terminou, ele completou o raciocínio:
- Eu concordo com Yuri, Viktor ainda pode ser útil. O rapaz parece sinceramente arrependido e ansioso por uma oportunidade de limpar seu nome e recuperar sua honra. Eu proponho que ele nos acompanhe na Umbra para mostrar aos espíritos que mesmo um Presa de Prata nativo está arrependido e tentando consertar seus erros, disposto a qualquer sacrifício para isso. Durante o ataque, podemos enviá-lo como isca diretamente para a entrada principal: se confiarem nele, ele terá uma oportunidade para um ataque surpresa e à queima-roupa contra Mislav, e se não confiarem, ele será o gatilho para nosso ataque a partir da muralha. Peço que permitam que eu me encarregue de julgar o melhor momento para dispôr do sacrifício dele em prol da nossa causa.
Alaín fez o único pedido em todo o planejamento, mas sabia que era um ponto sensível para o funcionamento do plano de ataque. Esperava que os líderes aceitassem sua sugestão, mas ele cumpriria qualquer determinação em contrário.
Alaín ouviu a réplica de Joe e foi obrigado a concordar:
- Com tantas pessoas para acertarem contas com Vincenzo, acho improvável que ele sobreviva ao ataque-relâmpago que planejamos. Mesmo que eu pudesse garantir a vida dele, considero quase impossível que tenhamos sucesso sem incapacitá-lo terminantemente assim que tivermos oportunidade.
Alaín ficou feliz por conseguir demonstrar um pouco das melhores qualidades de sua tribo. Assim como todas as outras tribos, os Presas de Prata cometiam muitos erros, mas por estarem na liderança da Nação Garou, seus erros eram amplificados e ressoavam grandemente. Triunfo-de-Gaia sempre ficava satisfeito em amenizar essa má impressão. Ele concordava com Joe sobre os destinos futuros, mas tudo dependeria de sobreviverem tempo suficiente. Ele respondeu, tentando serenar o ambiente e resolver o assunto em poucas palavras:
- Se sobrevivermos, vamos ao caern dos Presas daqui e você me contará toda essa história, Foco-sobre-a-Crise! Mas agora nosso tempo urge!
Assim dito, Alaín partiria com Joe, Leyda, Ahmed e Yuri para a Umbra para conversar com os espíritos. Dependendo da resposta deles, já seria hora de armar o ataque-surpresa.
Quando retornou aos outros reunidos, ouviu o lamento sobre a falta de um batedor na Umbra, e como se Gaia atendesse as preces dos garous, eis que Joe retornava. Triunfo-de-Gaia ficou imediatamente exultante, não apenas pela presença de um theurge, mas pelo retorno de Joe, em quem ele aprendera a confiar e lamentara sua ausência do grupo. Saudou-o como a um companheiro que tivesse se ausentado há pouco, oferecendo-lhe água e um lugar quente.
Ao ouvir os relatos e compartilhar as informações que cada um reunira, Alaín observou enquanto os outros traçavam a estratégia de batalha. Ele cedeu lugar aos ahrouns na primazia desta feita, sabedor que era de sua pouca experiência em combate perto da deles. Ao fim, concordou que o plano era tão bom quanto possível naquelas condições.
Quando Lorcan mencionou a sina de Viktor, Alaín se preparava para falar quando Yuri deu voz aos pensamentos que ele tentava transformar em palavras. Discordou um pouco da argumentação dele, mas estava de acordo com as disposições gerais. Quando Yuri terminou, ele completou o raciocínio:
- Eu concordo com Yuri, Viktor ainda pode ser útil. O rapaz parece sinceramente arrependido e ansioso por uma oportunidade de limpar seu nome e recuperar sua honra. Eu proponho que ele nos acompanhe na Umbra para mostrar aos espíritos que mesmo um Presa de Prata nativo está arrependido e tentando consertar seus erros, disposto a qualquer sacrifício para isso. Durante o ataque, podemos enviá-lo como isca diretamente para a entrada principal: se confiarem nele, ele terá uma oportunidade para um ataque surpresa e à queima-roupa contra Mislav, e se não confiarem, ele será o gatilho para nosso ataque a partir da muralha. Peço que permitam que eu me encarregue de julgar o melhor momento para dispôr do sacrifício dele em prol da nossa causa.
Alaín fez o único pedido em todo o planejamento, mas sabia que era um ponto sensível para o funcionamento do plano de ataque. Esperava que os líderes aceitassem sua sugestão, mas ele cumpriria qualquer determinação em contrário.
- Ah, tem mais uma coisa... – disse Anton – Quero Vincenzo vivo.
Alaín ouviu a réplica de Joe e foi obrigado a concordar:
- Com tantas pessoas para acertarem contas com Vincenzo, acho improvável que ele sobreviva ao ataque-relâmpago que planejamos. Mesmo que eu pudesse garantir a vida dele, considero quase impossível que tenhamos sucesso sem incapacitá-lo terminantemente assim que tivermos oportunidade.
Assim que sairem ele se dirigira para Alain
Voce dentre sua tribo e especial, nao e impulsivo, e reflexivo, ativo, e justo, por favor nao se deixe levar pela besta interior, por favor, se houver um outro jeito nao leve isso ate as ultimas consequencias, ele e apenas um cleath, e os outros manipuladores natos, xerta vez enfrentei Olhos vermelhos um de minha tribo com poderes alem de minha imaginacao, com uma dor de tamanho equal, ou seja as cicatrizes de fora nao revelam a extensao da dor de dentro, no final podera desafi-alo confronta0lo, mas temos o onosso objetivo, e sei que faar o certo, num futuro proximo eu ficaria feliz em visita-lo em seu Caern, filho do falcao
Alaín ficou feliz por conseguir demonstrar um pouco das melhores qualidades de sua tribo. Assim como todas as outras tribos, os Presas de Prata cometiam muitos erros, mas por estarem na liderança da Nação Garou, seus erros eram amplificados e ressoavam grandemente. Triunfo-de-Gaia sempre ficava satisfeito em amenizar essa má impressão. Ele concordava com Joe sobre os destinos futuros, mas tudo dependeria de sobreviverem tempo suficiente. Ele respondeu, tentando serenar o ambiente e resolver o assunto em poucas palavras:
- Se sobrevivermos, vamos ao caern dos Presas daqui e você me contará toda essa história, Foco-sobre-a-Crise! Mas agora nosso tempo urge!
Assim dito, Alaín partiria com Joe, Leyda, Ahmed e Yuri para a Umbra para conversar com os espíritos. Dependendo da resposta deles, já seria hora de armar o ataque-surpresa.
Alexyus- Presas de Prata
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Data de inscrição : 14/09/2012
Re: Ásia Central
Uma pequena decepção me corrompe quando vejo Joe partir daquele jeito.
- Tudo bem, Joe, se é mais fácil para você dar as costas para um companheiro de matilha... - Murmuro.
Então me volto para o espírito confuso e nada digo. Era bom ele estar assim, confusão leva à raiva, e Mislav logo trataria de convencê-lo a ficar do seu lado novamente. Quanto a sua fala, eu pensei em dizer-lhe para não subestimar assim os Garou do outro grupo, mas eu não gostava tanto dele a ponto de lhe dar um bom conselho.
Quando ele me apresentou a matilha, fui gentil e educado com todos eles, e quando ouvi sobre o renegado, não pude deixar de sorrir. Parece que os Presas de Prata não eram tão unidos assim. Em seguida, Mislav dita seu plano, espero ele partir e comento.
- Achei que o plano fosse deixar os Presas e os Dançarinos se matarem. Nos colocar em um embate assim tão rápido vai revelar nossa posição cedo demais e expor nosso melhor plano. - Comento. - Espero que Mislav saiba o que está fazendo...
- Tudo bem, Joe, se é mais fácil para você dar as costas para um companheiro de matilha... - Murmuro.
Então me volto para o espírito confuso e nada digo. Era bom ele estar assim, confusão leva à raiva, e Mislav logo trataria de convencê-lo a ficar do seu lado novamente. Quanto a sua fala, eu pensei em dizer-lhe para não subestimar assim os Garou do outro grupo, mas eu não gostava tanto dele a ponto de lhe dar um bom conselho.
Quando ele me apresentou a matilha, fui gentil e educado com todos eles, e quando ouvi sobre o renegado, não pude deixar de sorrir. Parece que os Presas de Prata não eram tão unidos assim. Em seguida, Mislav dita seu plano, espero ele partir e comento.
- Achei que o plano fosse deixar os Presas e os Dançarinos se matarem. Nos colocar em um embate assim tão rápido vai revelar nossa posição cedo demais e expor nosso melhor plano. - Comento. - Espero que Mislav saiba o que está fazendo...
Daniel Ramone- Senhores das Sombras
- Mensagens : 443
Data de inscrição : 29/12/2013
Idade : 36
Localização : Pet Sematary
Re: Ásia Central
Daniel Ramone escreveu:Uma pequena decepção me corrompe quando vejo Joe partir daquele jeito.
- Tudo bem, Joe, se é mais fácil para você dar as costas para um companheiro de matilha... - Murmuro.
Então me volto para o espírito confuso e nada digo. Era bom ele estar assim, confusão leva à raiva, e Mislav logo trataria de convencê-lo a ficar do seu lado novamente. Quanto a sua fala, eu pensei em dizer-lhe para não subestimar assim os Garou do outro grupo, mas eu não gostava tanto dele a ponto de lhe dar um bom conselho.
Quando ele me apresentou a matilha, fui gentil e educado com todos eles, e quando ouvi sobre o renegado, não pude deixar de sorrir. Parece que os Presas de Prata não eram tão unidos assim. Em seguida, Mislav dita seu plano, espero ele partir e comento.
- Achei que o plano fosse deixar os Presas e os Dançarinos se matarem. Nos colocar em um embate assim tão rápido vai revelar nossa posição cedo demais e expor nosso melhor plano. - Comento. - Espero que Mislav saiba o que está fazendo...
Antes de partir, Joe observa para ver se nao estao sendo vigiados e fala baixinho para Vicenzo, voce e sempre sera meu irmao de matilha, um vigia sorrateiro nao abandona seus iguais, faca os ruir de dentro pra fora, e os pegaremos de fora pra dentro, nao deixarei que toquem em voce meu irmao agora tenho que simular uma discussao e empurra-lo e sairei no final Luna sorrira por nos, ate m,ais irmaoJoe simula uma discussao e empurra Vicenzo saindo logo em sewguida simulando uma rapida discussao, vai ao encontro dos demais, como ja fora narrado
Veu Cinza- Portadores da Luz Interior
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Re: Ásia Central
- Todos:
- Anton ouvia as falas dos cliaths em silêncio.
Yuri e Joe estavam intrigados com o desaparecimento de Lisa. Yuri achava que ela nao os havia abandonado simplesmente e ressaltava a importância dos theurges na situaçao atual. Joe concordava em que ela tinha um plano e dizia que os espíritos a ajudariam.
Joe pedia que confiassem em Vincenzo, afirmando que este só buscava ganhar a confiança da matilha de senhores das sombras para, entao, dar a cartada final. Alain acreditava que Vincenzo nao resistira à batalha.
Anton viu nos olhos de Yuri o misto de piedade e repulsa que Viktor lhe causava – e o apreciou ainda mais por isso. Tanto Yuri quanto Alaín pediram para que Viktor participasse da luta, dando a vida como forma de redençao. A cada palavras dos cliaths, Viktor assentia enfaticamente. Era tudo o que queria.
Quando terminaram, Anton falou:
- Quando digo que quero Vincenzo vivo, significa que nao quero nenhum ajuste de contas. A menos que seja por auto-defesa, nao quero que o matem. – respirou fundo – Vocês precisam entender uma coisa, que Vincenzo tenha partido e achado mais conveniente unir-se a uma matilha que nos quer mortos, ao meu ver nao é passível de vingança ou castigo. É o modo como os senhores das sombras sao. Um garou dever ser julgado pela coerência aos seu próprios princípios e nao aos nossos.
E tirar a vida de outro garou é sempre ruim. A menos que ele sirva a wyrm, estaremos diminuindo os defensores de Gaia.
O Vincenzo que conhecemos era um bom garou. Pode ter sido manipulado, pode realmente estar tentando nos ajudar atacando o inimigo por dentro ou simplesmente dominado pela raiva. Eu quero dar-lhe um voto de confiança. Para mim isso é ser nobre.
Mas nao posso ter a mesma posiçao com Viktor. Porque é um presa de prata. Nós sempre exigiremos de nós muito mais do que das outras tribos. Mesmo que Viktor tenha sido manipulado, tem culpa. Sabemos que o manipulador nao cria sentimentos, só se aproveita dos que já existem na vítima. E se nós, presas de prata, convivermos com sentimentos de traiçao, por mínimos que sejam, tudo estará perdido.
Nem uma gota de piedade para Viktor, portanto. – disse olhando fixamente para Yuri.
Mas sim a oportunidade de redençao. Para que um dos nossos nao morra sujo.
Enquanto os ouvia tomei uma decisao. Nao quero que Joe esteja em uma batalha contra seu companheiro de matilha. Nao quero que vocês, cliaths e fosterns comecem suas vidas com as maos manchadas de sangue garou, ainda que inimigos.
Nós evadiremos da luta. Em vez de atravessar a ponte para combater a matilha e os espíritos, vamos seguir em linha reta, na direçao do parque e sair pela outra porta na muralha. Contornar a aldeia, a essa altura, nos tomaria mais tempo.
Portanto:
Viktor regressará a Lua Crescente e contará aos ancioes sobre os planos da matilha de Mislav. Depois se entregue aos filodox e aceite seu destino. Esta é a missao da sua vida agora, nao falhe.
Alaín e Joe irao à umbra atrás do Leshy e vao convencê-lo de que somos inocentes. Sem os espíritos, a matilha deles se reduz a quatro cliaths megalômanos. Também é vital. Eu irei com vocês e estejam preparados para destruir o Leshy se ele tiver enlouquecido.
Ahmed, acredito que haja almas sem descanso na aldeia. Veja se consegue obter informaçoes sobre os dançarinos com elas.
Os demais sigam em direçao ao caern corrompido. Expliquem o plano a Yuri e escutem o que ele tem a dizer. Cliath ou nao, nunca é demais a opiniao de um ahroun.
Oleg e eu nos manteremos em contato para nos reunirmos.
- Alain e Joe:
- Alain, Anton e Joe cruzam a película e entram na umbra. Era assustadora. No céu a Lua e Antélius brilhavam, iluminando a estepe de plantas secas. Ao longe se podia ver a montanha que eles tinham atravessado. Seu nome em russo era Gigante de Pedra e na umbra estava refletida com todo o misterio e medo que causou nos inumeros grupos humanas que a divisaram. De verdade parecia um ser de pedra, ameaçador ainda que adormecido.
Rapidamente Joe se viu cercado de espíritos. Era projeçoes do terror vivido pelos aldeoes massacrados. Embora nao fosse espíritos humanos, pareciam como fantasmas fluidos e transparentes, cuja simples visao causava uma tristeza imensa em Joe, como se seus próprios seres queridos estivessem mortos.
Quando pôde estabelecer contato, um deles informou a localizaçao do Leshy, entre lamentos.
Nao tardaram muito a encontrá-lo.
Ao vê-los enfureceu-se, mostrando que a tarefa nao seria fácil.
Obs: ordem de iniciativa: Joe, Alaín, Anton.
- VINCENZO:
- Mislav retornou da umbra satisfeito, o Leshy estava, de novo, furioso com os presas de prata.
Juntou-se aos demais na tocaia e esperaram o sinal de Mephis, avisando que o inimigo se aproximava.
Mas o sinal nunca veio.
A noite começava a cair quando Mislav jogou a toalha:
- Os covardes desistiram de entrar na aldeia.
- Têm medo de nós, sabem que somos poderosos.– disse Davor. Mas Mislav e Anúbis apenas se entreolharam, permanecendo em silêncio. Depois Anúbis disse, em voz baixa como de costume:
- Sao ardilosos, conheciam outra passagem .
- Melhor. – disse Mislav – Regressamos ao plano anterior e esperamos que presas de prata e espirais negras se matem entre si. Estaremos de tocaia e, se algum sobreviver, damos cabo dele na saída da caverna.
A noite caia e foram para o acampamento da matilha. Na verdade, um bunquer subterrâneo, simples mas bem construído e tao confortável como um lugar desses pode ser. Assim haviam se protegido das nevascas causadas pelo Leshy.
Vincenzo, no entanto, nao conseguia dormir. Ora lembrava-se do olhar de Joe quando partiu, parecendo dizer “mantenha-se firme e confie em mim”. Ora pensava na matilha em que estava.
Enquanto nao conciliava o sono, viu que Mislav e Anúbis seguiam conversando em voz muito baixa, quase um sussurro. Nao falavam em garou mas em um idioma desconhecido, talvez croata. Em certo momento Vincenzo conseguiu distinguir duas palavras: Wyrm e Malfeas, que foram repetidas algumas vezes.
Para completar o clima sinistro, ao lado dele dormia Mephi. Mesmo tao vulnerável, ainda inspirava uma sensaçao ruim em Vincenzo. Como se o theurge, a qualquer momento, fosse abrir um olho de pupila fendida como a de um crocodilo e observá-lo.
- YURI:
- Capitaneados por Oleg, os garous entraram pela porta semi-destruída da muralha e atravessaram a aldeia. Íam em hispo para enfrentar a escuridao absoluta das regioes selvagens sem apelar para lanternas.
Embora os presas de prata há muito houvessem retirado os corpos e alguns objetos de lembrança, o massacre ainda era vívido em cada rua e casa da aldeia. Quase todas as portas e muitas paredes estavam destruídas e a maioria das casas tinham perdido os telhados com as constantes nevascas. O que outrora fora um parque, agora era um cemitério povoado pelas típicas cruzes ortodoxas, enterradas quase até a metada na neve fofa.
Em outros pontos, restos queimados de madeira indicavam piras onde se incineraram corpos.
O frio era extremo e perturbava mesmo os robustos garous. Ao lado da saída da aldeia havia uma casa em razoável condiçoes. Ali instalaram-se. O local era abrigado e cômodo e pouco a pouco foram regressando a hominideo. Comeram algo das provisoes que traziam, um pequeno fogo permitiu derreter neve para obter água, que os russos tomaram ainda quente, como se fosse chá.
Enquanto comiam e bebiam, Oleg recapitulou os detalhes da caverna.
" A caverna fica a 180 km de Lua Crescente, aos pés de uma montanha e próxima ao rio Chitaya. No inverno está congelada, inclusive os vários lagos que tem dentro. Há duas entradas, uma a noroeste e outra a sudeste.
Da ENTRADA NOROESTE, caminhando ao sul se chega ao imenso salão onde ficava o centro do caern. Do salão saem tres caminhos:
O mais ao norte é inundado/congelado e nunca cruzamos.
O caminho do meio percorre 1 km até entrada sudeste e, obvio, por aí se sai.
O caminho mais ao sul é abafado, nunca entramos mais que 200 metros
Pela ENTRADA SUDESTE
o caminho mais ao norte se bifurca.
- O lado direito dá num desfiladeiro de gelo perene. Escorregar aí é uma morte lenta por congelamento, não há como resgatar nem sair.
- O lado esquerdo leva a um salão comprido e muito frio, que nunca cruzamos.
Por fim, o caminho ao sul percorre 1km em direção ao salão onde estava o centro do caern e à entrada noroeste.
Um mapa circulou de maos em maos, iluminado por uma lanterna.
- O mais importante a respeito da invasao é que tem que ser feita rapidamente. Dentro da caverna estamos em completa desvantagem, nao podemos permanecer muito tempo. Por isso nos dividiremos em dois grupos durante o assalto, cada um invadindo a caverna por uma entrada.
“A porçao menos profunda e fria é a noroeste. Acreditamos que as mulheres estarao aí.
Afanasiy e eu seremos os líderes porque conhecemos a caverna.
O grupo liderado por Afanasiy irá pela entrada noroeste, seguindo caminho sul. É o grupo com mais chances de encontrar as reféns. Neste grupo estarao garous mais aptos a lidar com pessoas: Anton, Joe, Ahmed e Leyda.
O outro grupo será liderado por mim, Oleg. Vamos pelo caminho mais frio, mais complexo e perigoso. É o grupo com perfil mais guerreiro: Yuri, Lorcan; e Alain, para o caso de encontrarmos reféns. Se nao, mataremos os espirais que pudermos, idealmente a cabeça da hidra, e sairemos rápido.
Isso a princípio, quando estivermos reunidos podemos reorganizar de acordo com as habilidades de cada um.
Quando estava por amanhecer chegou Ahmed, exausto e taciturno. Era o turno de Yuri na vigilância. Ahmed tomou o mapa e completou-o, adicionando três saloes à parte desconhecida no fim do caminho sul da entrada noroeste. O mapa ficou assim:- MAPA:
- As mulheres, de fato, dormem aí. – disse Ahmed em uma voz cansada.
Olhou Yuri e acrescentou:
- Encontrei Christian Hernandez. O homem que morreu escrevendo pedidos de ajuda.
Última edição por Lua em Seg 30 Mar 2015 - 22:56, editado 1 vez(es)
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Re: Ásia Central
Joe sente-se um pouco aliviado em relacao aos demais sobre como veem Vicenzo, e prontamente forca a passagem atraves da pelicula e chama Alain par ierem logo e no caminho explica para Alain o que pretende fazer, ele fala que dependendo da situacao sera por o Leshy junto de todos e dizer o que realmente se passa , mas que antes disso tentara convence-lo ou a ajudarem pu a nao intervir e tentara compara o modo como els o tratam e a maneira como se relacionou com Joe e explicara o que esta ocorendo e pedira ajuda do espirito para concluir sua missao e se oferecera para passar um tempo com ele servindo para expurgar os fomores e dancarinos da espiral negra da regiao
Assim que avistaram o espirito enfurecido Joe tratou de tomara dianteira e em sua forma hominidea a´resentou-se ao Lesslhy
Saudacoes meu amigo invernal, vamos ate o covil do inimigo expurbgar esta terra deste mnal nefasto, que bom que o encontrei eu e meu amigo precisamos de seu auxilio em troca me ofereco pra te servir apos tudo isso acabar por uma passagem de lua, principalmnet ajudando no reflorestamento plantandoi novas mudas de arvoes para fortalecer o elo da floresta, e assim posso alprender mnelhor e contar sua hoistoraia para que possam aprender com ela sobre os epsiritos florestais
Joe reverencia o Leslhy, e abre os bracos, podemos contar com seu valoroso auxilio, conheces esta terras melhor que ninguem, o que nos facilitaria se pudessemos congelar este infames, o senhor pode nos ajudar, senhor das florestas geladas?
Assim que avistaram o espirito enfurecido Joe tratou de tomara dianteira e em sua forma hominidea a´resentou-se ao Lesslhy
Saudacoes meu amigo invernal, vamos ate o covil do inimigo expurbgar esta terra deste mnal nefasto, que bom que o encontrei eu e meu amigo precisamos de seu auxilio em troca me ofereco pra te servir apos tudo isso acabar por uma passagem de lua, principalmnet ajudando no reflorestamento plantandoi novas mudas de arvoes para fortalecer o elo da floresta, e assim posso alprender mnelhor e contar sua hoistoraia para que possam aprender com ela sobre os epsiritos florestais
Joe reverencia o Leslhy, e abre os bracos, podemos contar com seu valoroso auxilio, conheces esta terras melhor que ninguem, o que nos facilitaria se pudessemos congelar este infames, o senhor pode nos ajudar, senhor das florestas geladas?
Última edição por Veu Cinza em Ter 31 Mar 2015 - 20:43, editado 1 vez(es)
Veu Cinza- Portadores da Luz Interior
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Re: Ásia Central
Alaín não concordou em absoluto com a decisão de Anton, e isso ficou evidente em seu rosto. A expressão de desagrado era óbvia, muito diferente do semblante calmo e tranquilo do phillodox.
"Não é certo negar a alguém a chance de morrer em batalha por seus ideais. Não é certo julgar alguém por outros padrões que não os de Gaia. Não é certo deixar inimigos traiçoeiros impunes na aldeia de nossos Parentes. Mas não é certo desafiar o líder em tempos de guerra. Apenas por isso, eu me calarei."
Triunfo-de-Gaia não nutria apreço pro traidores, mas arrependimento era um tema caro ao phillodox. As ações de Anton começavam a criar dúvidas na confiança estóica do presa mais jovem, e ele se perguntou se o mais velho não estava começando a sucumbir à fraqueza que assolava a tribo.
Mesmo assim, Alaín apenas assentiu para Viktor e os outros enquanto estes partiam, transmitindo votos de coragem e sucesso num simples gesto.
Ouvindo as intruções de Joe, Alaín acenou novamente, aceitando a liderança do theurge sem questionamentos e preparando-se para ladeá-lo em suas ações.
Ao adentrarem a Umbra, Triunfo-de-Gaia assumiu a forma de batalha, fazendo oposição feroz ao ambiente para disfarçar o medo da paisagem tétrica. Quando achassem o Leshy, ele permitiria a Joe falar, já que o próprio Alaín não falava a língua dos espíritos. Se o theurge fosse atacado, Alaín atacaria em revide, flaqueando o inimigo e golpeando ao redor de seu alcance.
"Não é certo negar a alguém a chance de morrer em batalha por seus ideais. Não é certo julgar alguém por outros padrões que não os de Gaia. Não é certo deixar inimigos traiçoeiros impunes na aldeia de nossos Parentes. Mas não é certo desafiar o líder em tempos de guerra. Apenas por isso, eu me calarei."
Triunfo-de-Gaia não nutria apreço pro traidores, mas arrependimento era um tema caro ao phillodox. As ações de Anton começavam a criar dúvidas na confiança estóica do presa mais jovem, e ele se perguntou se o mais velho não estava começando a sucumbir à fraqueza que assolava a tribo.
Mesmo assim, Alaín apenas assentiu para Viktor e os outros enquanto estes partiam, transmitindo votos de coragem e sucesso num simples gesto.
Ouvindo as intruções de Joe, Alaín acenou novamente, aceitando a liderança do theurge sem questionamentos e preparando-se para ladeá-lo em suas ações.
Ao adentrarem a Umbra, Triunfo-de-Gaia assumiu a forma de batalha, fazendo oposição feroz ao ambiente para disfarçar o medo da paisagem tétrica. Quando achassem o Leshy, ele permitiria a Joe falar, já que o próprio Alaín não falava a língua dos espíritos. Se o theurge fosse atacado, Alaín atacaria em revide, flaqueando o inimigo e golpeando ao redor de seu alcance.
Alexyus- Presas de Prata
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Re: Ásia Central
Não sei se essa coisa de colocar o Leshy contra os Presas de Prata me agradava. Uma coisa era prestar um serviço à Gaia, colocando o Caern em mãos capazes, outra bem diferente era apoiar uma matança contra Garous. Durante a tocaia, algo falhou, ninguém apareceu e achei aquilo muito bom.
"Ele quer mesmo ver aqueles Garous mortos, mas por que? Duvido que seja apenas pelo território..." Pensei.
Fiz menção a dizer alguma coisa, mas seria suicídio de minha parte fazer isso estando entre todos eles. Não se rema contra a maré bem no meio dela. De volta ao acampamento da matilha, mas precisamente em um bunquer, me vi incapaz de fechar os olhos, pensando tanto na decisão de Joe e quanto grupo em que eu estava. Assim, tive a oportunidade de ouvir a conversa de Mislav e Anubis. Falavam em Croata, mas duas palavras trocadas entre eles me chamou a atenção.
"Wyrm, Malfeas... São palavras muito desagradáveis para serem ditas com tanta frequência por dois Garou" Pensei.
Mephi estava dormindo próximo demais para que eu fizesse qualquer coisa, tinha de continuar fingindo dormir e dar mais atenção ao que falavam aqueles dois, a fim de descobrir do que tratavam. De qualquer maneira, eu não fiquei de mãos atadas, entrei em estado de meditação e contactei meus Ancestrais mentalmente.
"Meus honrados ancestrais, jamais perturbaria a paz de vocês por um motivo tolo, mas eis que me vejo diante de uma questão complexa demais para alguém de minha pouca idade e experiência ser capaz de resolver sozinho. De um lado tenho Presas de Prata rudes e ignorantes, mas que não tenho dúvidas de que servem a Gaia de coração mesmo com seus modos tolos. De outro tenho Senhores das Sombras ardilosos, verdadeiros irmãos de tribo que amo, mas em quem jamais confiaria, e que faço bem porque estes as vezes não demonstram nenhuma honra para com nada. Serei direto com vocês, que manipularam Roma com seus intelectos avançados, serei direto com vocês, que tiveram força para expulsar os servos da Wyrm dos alpes e purificar a neve sobre a qual fui criado. Preciso que me concedam o dom Sentir a Wyrm, pois temo que a ambição destes Senhores tenha se tornado uma ganância que corrompeu-lhes o coração." Peço mentalmente.
off: Se for preciso rolagem de dados, gasto 1 ponto de FDV para sucesso extra.
"Ele quer mesmo ver aqueles Garous mortos, mas por que? Duvido que seja apenas pelo território..." Pensei.
Fiz menção a dizer alguma coisa, mas seria suicídio de minha parte fazer isso estando entre todos eles. Não se rema contra a maré bem no meio dela. De volta ao acampamento da matilha, mas precisamente em um bunquer, me vi incapaz de fechar os olhos, pensando tanto na decisão de Joe e quanto grupo em que eu estava. Assim, tive a oportunidade de ouvir a conversa de Mislav e Anubis. Falavam em Croata, mas duas palavras trocadas entre eles me chamou a atenção.
"Wyrm, Malfeas... São palavras muito desagradáveis para serem ditas com tanta frequência por dois Garou" Pensei.
Mephi estava dormindo próximo demais para que eu fizesse qualquer coisa, tinha de continuar fingindo dormir e dar mais atenção ao que falavam aqueles dois, a fim de descobrir do que tratavam. De qualquer maneira, eu não fiquei de mãos atadas, entrei em estado de meditação e contactei meus Ancestrais mentalmente.
"Meus honrados ancestrais, jamais perturbaria a paz de vocês por um motivo tolo, mas eis que me vejo diante de uma questão complexa demais para alguém de minha pouca idade e experiência ser capaz de resolver sozinho. De um lado tenho Presas de Prata rudes e ignorantes, mas que não tenho dúvidas de que servem a Gaia de coração mesmo com seus modos tolos. De outro tenho Senhores das Sombras ardilosos, verdadeiros irmãos de tribo que amo, mas em quem jamais confiaria, e que faço bem porque estes as vezes não demonstram nenhuma honra para com nada. Serei direto com vocês, que manipularam Roma com seus intelectos avançados, serei direto com vocês, que tiveram força para expulsar os servos da Wyrm dos alpes e purificar a neve sobre a qual fui criado. Preciso que me concedam o dom Sentir a Wyrm, pois temo que a ambição destes Senhores tenha se tornado uma ganância que corrompeu-lhes o coração." Peço mentalmente.
off: Se for preciso rolagem de dados, gasto 1 ponto de FDV para sucesso extra.
Daniel Ramone- Senhores das Sombras
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Re: Ásia Central
Anton acaba protagonizando uma virada de mesa da qual eu mal podia acreditar. No final das contas, ainda havia alguma esperança para Viktor, muito dependente da família que pudesse apoiá-lo antes de seu julgamento, é verdade, mas ainda assim era melhor do que a morte certa. Mas a maneira como Anton resolve tratar os Garous rebelados me soa muito estranha: "O que aconteceu com a história de que 'podem ser aliados dos Dançarinos'? Isso não faz sentido!" Minha vontade era erguer a voz, apontar o dedo na cara de Anton e bradar que estava louco. Mas nosso grupo já estava suficientemente fraturado, e ele vinha mostrando-se um líder digno, mesmo que suas decisões eventualmente contrariassem alguns. Agora era minha vez de estar irritado, sem compreendê-lo, mas tinha motivos o suficiente para confiar nele mais uma vez. Suspirei profundamente, mordendo meus lábios tão forte que cheguei a sentir o gosto metálico de meu sangue, mas me contive em não dizer nada, e apenas meu semblante de insatisfação perdurou antes que partisse com os demais para executar minha missão.
O clima da vila era repulsivo, e estando em Hispo, com meus sentidos aguçados, sentia os cheiros do lugar agredirem minhas narinas, as visões me embrulharem o estômago, e o frio trincar meus músculos; meus pelos pareciam estar sempre eriçados, prevendo uma ameaça silenciosa, como se a qualquer momento pudéssemos ser vítimas de uma das antecipações dos nossos movimentos pelos inimigos. As atrocidades dos Espirais Negras me foram contadas muitas vezes antes de testemunhar algo daquela magnitude, mas presenciar esse tipo de coisa sempre é mais impactante do que possa se esperar. Naquele momento, eu queria o sangue de cada um dos responsáveis por aquelas barbáries, queria vingar Gaia, o ódio em mim cresceu e me abasteci daquela visão para tentar usar o Dom Despertar a Raiva, pois minha Fúria tinha um destino certo: o pescoço daqueles que que encontrasse dentro do Poço.
Ao fim das explicações sobre o plano, retruquei antes mesmo do que pudesse imaginar: -Eu não posso acreditar no que acabo de ouvir. Esse, então, era o plano desde o início? Dar um beliscão nos bastardos, tentarmos pegar o maior punhado possível de Parentes e fugirmos o quão rápido nossas patas permitirem?- O insulto que minhas próprias palavras causaram somente aumentou a aversão que tinha diante daquele plano absurdo, era inaceitável que eles quisessem abandonar o Caern as garras putrefatas dos Dançarinos da Espiral Negra: -Não posso exercer influência sobre suas decisões acerca disso, presumo, não impedirei que recuem, mas enquanto houver caminho a minha frente, e neste caminho puder encontrar carne maldita, eu seguirei em frente, não poderia fazer menos sendo quem sou. É meu dever como um Presas de Prata, é minha Sina como um Brachiev.- Meus olhos demonstravam um aspecto desvairado, eu sentia aquela sensação estranha me cobrando pelo erro que havia ceifado as nuances de minha sanidade, mas era simplesmente o certo a se fazer: "Sim, a glória! Eu a alcançaria, eu me vestirei com ela após me banhar com o sangue inimigo, eu honraria meus Ancestrais, eu serei o maior Presas de Prata que Gaia testemunhará em sua face!"
Claro que a sensatez acaba lhe alcançando depois de um tempo, mas as palavras foram ditas, e não há nada que você possa fazer quanto a isso. Realmente queria voar tão alto quando o grande Falcão pudesse presenciar, mas Gaia era testemunha de que Luna regia minhas palavras, e as vezes até meus atos, sem que eu pudesse fazer muito a respeito. Quando se está próximo de uma batalha que pode custar muitas vidas de Guerreiros, não há nada de cômico nesses episódios. Fui tirado de meus pensamentos pelo aviso de Ahmed e respondi prontamente, ainda um pouco atordoado: -Não é algo exatamente ruim.- Me dei conta das palavras que acabara de dizer e tentei me explicar: -Bom, não que a morte de qualquer criatura de Gaia me pareça agradável, me entenda. Só quis dizer que isso demonstra alguma ira por parte dos Dançarinos da Espiral Negra. Eles devem temer uma invasão, ou ao menos não terem consciência do que os aguarda. Eles devem saber das mensagens escritas pelo homem... Será que sabem do conteúdo? Talvez sim. Talvez tenham executado as Parentes ao tomar consciência disso. Talvez estejamos caminhando para uma armadilha...- Olhei para o céu, quase que me desligando de meu turno de guarda enquanto falava: -Lhe parece um bom dia para morrer?- Deixei a pergunta pairar no ar por alguns segundos antes de responder por mim mesmo: -Acho que nascemos mais que aptos, mas sim prontos para morrer. Mas enquanto um músculo no meu corpo puder agir em favor de Gaia, não espero deitar sob seu seio.- Retomei o olhar para Ahmed e encerrei: -Não serei estúpido. Faremos o que é necessário, o que nos é possível. Não serei egoísta... A guerra em que lutamos é muito maior do que nossos meros desejos.-
O clima da vila era repulsivo, e estando em Hispo, com meus sentidos aguçados, sentia os cheiros do lugar agredirem minhas narinas, as visões me embrulharem o estômago, e o frio trincar meus músculos; meus pelos pareciam estar sempre eriçados, prevendo uma ameaça silenciosa, como se a qualquer momento pudéssemos ser vítimas de uma das antecipações dos nossos movimentos pelos inimigos. As atrocidades dos Espirais Negras me foram contadas muitas vezes antes de testemunhar algo daquela magnitude, mas presenciar esse tipo de coisa sempre é mais impactante do que possa se esperar. Naquele momento, eu queria o sangue de cada um dos responsáveis por aquelas barbáries, queria vingar Gaia, o ódio em mim cresceu e me abasteci daquela visão para tentar usar o Dom Despertar a Raiva, pois minha Fúria tinha um destino certo: o pescoço daqueles que que encontrasse dentro do Poço.
Ao fim das explicações sobre o plano, retruquei antes mesmo do que pudesse imaginar: -Eu não posso acreditar no que acabo de ouvir. Esse, então, era o plano desde o início? Dar um beliscão nos bastardos, tentarmos pegar o maior punhado possível de Parentes e fugirmos o quão rápido nossas patas permitirem?- O insulto que minhas próprias palavras causaram somente aumentou a aversão que tinha diante daquele plano absurdo, era inaceitável que eles quisessem abandonar o Caern as garras putrefatas dos Dançarinos da Espiral Negra: -Não posso exercer influência sobre suas decisões acerca disso, presumo, não impedirei que recuem, mas enquanto houver caminho a minha frente, e neste caminho puder encontrar carne maldita, eu seguirei em frente, não poderia fazer menos sendo quem sou. É meu dever como um Presas de Prata, é minha Sina como um Brachiev.- Meus olhos demonstravam um aspecto desvairado, eu sentia aquela sensação estranha me cobrando pelo erro que havia ceifado as nuances de minha sanidade, mas era simplesmente o certo a se fazer: "Sim, a glória! Eu a alcançaria, eu me vestirei com ela após me banhar com o sangue inimigo, eu honraria meus Ancestrais, eu serei o maior Presas de Prata que Gaia testemunhará em sua face!"
Claro que a sensatez acaba lhe alcançando depois de um tempo, mas as palavras foram ditas, e não há nada que você possa fazer quanto a isso. Realmente queria voar tão alto quando o grande Falcão pudesse presenciar, mas Gaia era testemunha de que Luna regia minhas palavras, e as vezes até meus atos, sem que eu pudesse fazer muito a respeito. Quando se está próximo de uma batalha que pode custar muitas vidas de Guerreiros, não há nada de cômico nesses episódios. Fui tirado de meus pensamentos pelo aviso de Ahmed e respondi prontamente, ainda um pouco atordoado: -Não é algo exatamente ruim.- Me dei conta das palavras que acabara de dizer e tentei me explicar: -Bom, não que a morte de qualquer criatura de Gaia me pareça agradável, me entenda. Só quis dizer que isso demonstra alguma ira por parte dos Dançarinos da Espiral Negra. Eles devem temer uma invasão, ou ao menos não terem consciência do que os aguarda. Eles devem saber das mensagens escritas pelo homem... Será que sabem do conteúdo? Talvez sim. Talvez tenham executado as Parentes ao tomar consciência disso. Talvez estejamos caminhando para uma armadilha...- Olhei para o céu, quase que me desligando de meu turno de guarda enquanto falava: -Lhe parece um bom dia para morrer?- Deixei a pergunta pairar no ar por alguns segundos antes de responder por mim mesmo: -Acho que nascemos mais que aptos, mas sim prontos para morrer. Mas enquanto um músculo no meu corpo puder agir em favor de Gaia, não espero deitar sob seu seio.- Retomei o olhar para Ahmed e encerrei: -Não serei estúpido. Faremos o que é necessário, o que nos é possível. Não serei egoísta... A guerra em que lutamos é muito maior do que nossos meros desejos.-
Midnight- Mensagens : 136
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Re: Ásia Central
- ALAIN E JOE:
- Ao fim das palavras de Anton, um protesto mudo espalhou-se entre os garous. Nao só Alain e Yuri mostraram indignaçao no semblante, também Ahmed, Leyda e sobretudo Oleg, que fulminou o líder com um olhar, engolindo em seco para nao desobedecer a Litania.
Anton comprendia-os. Nao se prepara lobisomens para uma batalha e depois se lhes nega a oportunidade de lutar. Mas ele nao teria chegado a athtro se tivesse medo de tomar decisoes impopulares.
Sereno, acompanhou Joe e Alain para a umbra.
Ao adentrarem, Trinfo-de-Gaia entrou em crinos.
- Calma, Alain. – disse Anton – nao queremos intimidá-lo. Vamos tentar convencê-lo primeiro.
E pediu para Alain ficar um pouco recuado quando encontrassem o Leshy.
O momento chegou. Emergindo da paisagem umbral, uma grande árvore coberta de neve caminhou em direçao aos garous, com dois galhos erguidos como braços e um buraco no tronco aberto como uma escura boca. Joe imediatamente identificou-o como o Leshy e tomou a dianteira. Alaín foi hábil e conseguiu posicionar-se de um modo discreto, mas que lhe permitiria atacar o espírito pelo flanco, se fosse necessário.
O theurge falou:Saudacoes meu amigo invernal, vamos ate o covil do inimigo expurbgar esta terra deste mnal nefasto, que bom que o encontrei eu e meu amigo precisamos de seu auxilio em troca me ofereco pra te servir apos tudo isso acabar por uma passagem de lua, principalmnet ajudando no reflorestamento plantandoi novas mudas de arvoes para fortalecer o elo da floresta, e assim posso alprender mnelhor e contar sua hoistoraia para que possam aprender com ela sobre os epsiritos florestais
Joe reverencia o Leslhy, e abre os bracos, podemos contar com seu valoroso auxilio, conheces esta terras melhor que ninguem, o que nos facilitaria se pudessemos congelar este infames, o senhor pode nos ajudar, senhor das florestas geladas?- Rolagem:
- Joe rolou 3 dados de 10 lados com dificuldade 5 para Convencer o espírito obteve: 10 3 6 obteve 2 sucessos!
O Leshy gostou do oferecimento de serviços no cuidado da floresta e mudou de atitude. Mas percebeu que Joe vinha acompanhado de presas de prata. Como havia ocorrido antes, o espírito tornou sua fala compreensível aos garous e dirigiu-se a Anton, com ódio nos olhos:
- E vocês dois? – olhou para ele e Alaín. Acaso sao os presas de prata que esse nobre rapaz estava disposto a defender com a vida?
- Sim, Senhor das Florestas Congeladas. – disse Anton calmamente. - Eu sou Anton Volkov, Uivo-do-Vento, descendente de Ivan Quebra-Crâneso, de Rasga-Tundra e bisneto da theurge Varvara Coraçao-do-Bosque. O jovem é Alain Bourbon D´Órleans, Triunfo-de-Gaia, vindo das terras canadenses em nosso auxílio. Estamos em guerra com as criaturas odiosas que invadiram a bela caverna congelada. Nossa batalha iminente é invadir a caverna, resgatar mulheres inocentes que estao sendo aprisionadas e torturadas e destruír o máximo que pudermos dos demônios que ali vivem. Uma missao de vida ou morte, que poucos aceitariam. Por isso buscamos os mais valoros garous para ajudar-nos. Informo-lhe, majestoso espírito, que Já tivemos um grande êxito: destruímos uma matilha de quatro lobos deformados que foram trazidos pelos invasores da caverna.- Rolagem Anton:
- Anton rolou 8 dados de 10 lados com dificuldade 9 para Convencer Espírito e obteve: 9 1 2 6 6 7 7 7 Que pena, não obteve sucesso!
- Mentiiiiiira!!! - gritou o Leshy com a bocarra formada pelo tronco de sua forma arbórea. - Mentira, malditos presas de prata!!!!! Vocês só querem salvar suas amantes, insanos lascivos!!!!
E lançou uma rajada de vento gelado que empurrou Anton uns 20 metros para longe. O líder andou para tras, rodopiou, balançou para os lados e só se livrou de cair sentado na frente Alaín e Joe por ter o dom Macaco em Pé.
Em seguida o espírito fez brotar do tronco de sua forma arbórea grandes e afiados espinhos, como os de uma paineira e fitou-os com olhos que se abriam como brotos no tronco.
Off: O Leshy nao feriu Anton e ainda nao atacou. Se vao seguir tentando convencê-lo e, eventualmente obter sua ajuda contra os inimigos, ou se vao atacá-lo e resolver o problema de uma vez, é decisao de vocês.- Iniciativa:
- Alain 6 + 8 = 14
Joe 7 + 7 = 14
Iniciativa Alaín, Joe, Anton.
- VINCENZO:
- Rolagem:
- 1 d10, dif. 8, resultado 6 + 1 sucesso automático = 1 sucesso
Enquanto fingia dormir, Vincenzo concentrou-se e pediu ajuda a seus ancestrais para sentir a presenaça da Wyrm entre os companheiros.
Apesar de estarem bem abrigados no bunquer, Vincenzo começou a sentir uma brisa fria, como se houvesse uma janela aberta. Era como se adormessesse e começasse a sonhar. Junto com a brisa gelada, vinha um som, que ao cabo de uns segundos Vincenzo reconheceu como um antigo canto alpino italiano.
Uma grande nostalgia invadiu-o e a dor normalmente associada a seu país de origem deu lugar a um sentimento de amor por sua terra e seita natal.
Ao mesmo tempo sentiu-se mais velho e poderoso, como se tivesse vivido já muitas coisas, muito mais do que podia permitir sua pouca idade.
De maneira débil e incompleta, foi tomado pelo espírito de Sangue na Neve.
Mesmo assim sentia na semi-escuridao como se tudo fosse mais compreensivel e nítido.
Acostumava sua visao à pouca luz quando uma violenta náusea atingiu-o. Olhou para o lado e nao pôde suportar a presença de Mephi. Teve que fazer um esforço enorme para nao vomitar. Do garou adormecido emanava uma sensaçao de asco e podridao impossível de descrever para quem nunca a sentiu.
Contendo a vontade de vomitar, levantou-se e olhou para o beliche sobre o seu. Mislav dormia serenamente, parecia tao límpido como qualquer outro garou. O mesmo passou com o gigante Davor, que dormia de boca aberta e roncando alto, e o silencioso e esguio Anúbis.
Momentos depois o ancestral abandonou Vincenzo, mas sua dúvida estava sanada. E muitas outras surgiram em seu lugar.
…
Na manha seguinte discutiam o seguinte passo enquanto tomavam o desjejum.
Só Davor opinava que deveriam esperar que a batalha terminasse para tocaiar os garous que por ventura sobrevissem no caminho de volta. Mephi e Anubis pareciam ansiosos por estar próximos à caverna. Mislav parecia tender por atacar os garous tao logo deixassem a caverna, apesar dos riscos envolvidos em estar tao perto do poço.
No fim das contas essa opiniao prevaleceu. Preparam-se para sair e tentar achar o rastro dos presas de prata, o que nao seria difícil pois só havia um caminho possível até a caverna. Mislav perguntou:
- E você, caro Vincenzo… vem conosco?
- YURI:
- Ao fim das palavras de Anton, um protesto mudo espalhou-se entre os garous. Nao só Alain e Yuri mostraram indignaçao no semblante, também Ahmed, Leyda e sobretudo Oleg, que fulminou o líder com um olhar e engoliu em seco para nao desobedecer a Litania.
Anton comprendia-os. Nao se prepara lobisomens para uma batalha e depois se lhes nega a oportunidade de lutar. Mas ele nao teria chegado a athtro se tivesse medo de tomar decisoes impopulares.
Sereno, acompanhou Joe e Alain para a umbra.
Oleg expôs o plano e imediatamente Yuri retrucou:Eu não posso acreditar no que acabo de ouvir. Esse, então, era o plano desde o início? Dar um beliscão nos bastardos, tentarmos pegar o maior punhado possível de Parentes e fugirmos o quão rápido nossas patas permitirem?
-Não posso exercer influência sobre suas decisões acerca disso, presumo, não impedirei que recuem, mas enquanto houver caminho a minha frente, e neste caminho puder encontrar carne maldita, eu seguirei em frente, não poderia fazer menos sendo quem sou. É meu dever como um Presas de Prata, é minha Sina como um Brachiev.
Oleg já estava irritado com a decisao de Anton; as críticas de Yuri caíram como gasolina no fogo. Se fosse menos maduro, Oleg o teria atacado. Mas se conteve, mostrando a raiva que sentia apenas com um ranger da poderosa mandíbula.
Yuri teria recuperado a sensatez sozinho se o deixassem esfriar a cabeça. Mas Oleg estava longe de ter a paciência de Anton - e era um galliard eloquente - de modo que Yuri teve que ouvir um loongo sermão . Basicamente dizia que seu dever como presa de prata era guiar as demais tribos, e a sina como Brachiev, procriar - coisas que só se podem fazer vivo. Que lutando sem saber parar e por excesso de autoconfiança, Yuri encontraria a morte ainda jovem. Que isso nao era heroísmo, e sim um estúpido desperdício de talento, do qual Gaia nao necessitava. Que ao creer-se invencível ele encontraria a morte antes de tornar-se sábio, condiçao necessária para um herói saber o momento certo do autossacrifício, se ele fosse necessário. E que morrendo nas primeiras batalhas ele se juntaria a todos os outros cliaths que pereceram antes de chegar a fostern e tiveram seus nomes esquecidos, afundando-se em um anonimato que nao distinguia garous geniais, garous medíocres e irremediáveis ineptos.
- Entao, garoto, nós vamos invadir aquele Poço, resgatar os reféns, matar o máximo de espirais e tentar regressar com vida. Só isso já é uma temeridade, já é quase suicídio. Já é uma façanha enorme, digna da juventude de qualquer herói. – concluíu Oleg - Escolhi você e Alaín por serem os mais leais, confiáveis e disciplinados. Espero nao me decepcionar.
E o adren afastou-se zangado por ter que lidar com mais rebeldia antes de uma batalha de vida e morte.
Mais tarde Yuri recuperou a calma e iniciou seu turno de vigilia. Ainda refletia sobre o assunto, quando foi interrompido pela chegada de Ahmed, próximo ao amanhecer.
- Lhe parece um bom dia para morrer? – perguntou, em certo momento, ao peregrino silencioso.
- Nunca me parece um bom dia para morrer. – respondeu Ahmed sorrindo. - Eu nunca fui desses peregrinos fascinados pela morte. Eu amo a vida! O sol nas estradas, as batalhas, as mulheres… Talvez por ser um impuro. A princípio, eu nao deveria existir. Só entrei nesta festa porque alguém se equivocou e me mandou um convite! – Ahmed abriu os braços para o amanhecer, rindo sem nenhum sinal de autopiedade – E uma vez que existi, só continuei vivo porque minha mae era uma mocinha valente. Por isso eu valorizo a vida como um presente inesperado. Nao é que seja um covarde, senao nao estaria nesta missao. Mas de cada batalha que entro, eu quero regressar. Para viver outras batalhas diferentes, em outros lugares e lutando melhor.
O sol nascente tingia a paisagem nevada com um leve alaranjado, dando–lhe uma aparência mais cálida e suave. Ahmed falou sobre a morte de Christian Hernandez.
- Ele e Kiril conseguiram ludibriar os espirais e, graças ao tremendo conhecimento geológico de Kiril, a muita sorte e à ajuda secreta de uma das reféns, Marina, puderam viver escondidos na caverna. Hernandez e Kiril planejaram uma fuga para buscar ajuda, mas só Hernandez conseguiu escapar. Os espirais nao o perseguiram, parecem nao pensar que podem ser atacados. Estao enlouquecidos.
“Disse ainda que a cabeça da hidra é formada pelo líder, um lobo enorme chamado Uoulahr, seguido de duas mulheres, Bealutraa, que Hernandez pensa que pode ter sido uma theurge uktena, e Auubahr. Esta última é muito agressiva e comumente ataca outros espirais; é esquiva e só se relaciona com o líder. Disse ainda para termos cuidado com Ginoocraa, aparentemente um ômega desengonçado e escorraçado pelos outros, mas que se pode desforrar-se com alguém mais fraco é um tremendo sádico.”
Ahmed encerrou dizendo que esperaria todos se reunirem para dar detalhes, deixando Yuri com algo mais em que pensar.
Lua- Admin
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Re: Ásia Central
Dependendo do que Alain fizer Joe tentar impedi-lo, mas ele nao cre que Alain seria tao insensato entao ele criara quantas borboletas puder para acalmar a todos e tomara a dianteira e falara ao Leslhy:
Acalme-se meu nobre amigo, vidas demais se perderam por orgulho paixao, intrigas, e muitos outros sentimentos, hoje nao e o dia de nos matar-mos e sim expurgar a terra deste mal , nao interessa como eu nao deixarei que voces se degladiem aqui, por favor e iisso que a Wirm quer nos dividir, por favor, eu mantenho a minha promessa dou minha vida em troca do perdao deles, e se isso nao for possivel na outra vida servirei atye limpar seus pecados, assim como tudo acabar ficarei um tempo nestas terras como prometido se o senhor nos ajudar, nao quermos nada alem de justica esta terra e de quem as pertence e nehum outro dono deve ser auto aclamado , enquanto estamos aqui eles estao la se refastelando com inocentes, e mais florestas serao arrancadas de seus lares e seu lar sera extinto e isso nao pode acontecer se vais nos matar tera de carregar nosso sangue em seus ramos e entao comece por mim e deix-os ir
offf considere esta acao depois de alain!!!
Acalme-se meu nobre amigo, vidas demais se perderam por orgulho paixao, intrigas, e muitos outros sentimentos, hoje nao e o dia de nos matar-mos e sim expurgar a terra deste mal , nao interessa como eu nao deixarei que voces se degladiem aqui, por favor e iisso que a Wirm quer nos dividir, por favor, eu mantenho a minha promessa dou minha vida em troca do perdao deles, e se isso nao for possivel na outra vida servirei atye limpar seus pecados, assim como tudo acabar ficarei um tempo nestas terras como prometido se o senhor nos ajudar, nao quermos nada alem de justica esta terra e de quem as pertence e nehum outro dono deve ser auto aclamado , enquanto estamos aqui eles estao la se refastelando com inocentes, e mais florestas serao arrancadas de seus lares e seu lar sera extinto e isso nao pode acontecer se vais nos matar tera de carregar nosso sangue em seus ramos e entao comece por mim e deix-os ir
offf considere esta acao depois de alain!!!
Última edição por Veu Cinza em Sáb 11 Abr 2015 - 16:11, editado 1 vez(es)
Veu Cinza- Portadores da Luz Interior
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Re: Ásia Central
Alaín aceitou o comando de Anton embora já questionasse em silêncio a sabedoria de sua liderança. Ele se preparou para fazer a paz em vez da guerra com os espíritos, guardando o espírito combativo para a guerra contra os Espirais Negras.
Quando o Leshy surgiu, Alaín impressionou-se com a manifestação arbórea dele. Para um jovem presa de prata com inclinações à casa do Sol, era realmente bastante inquietante o contato com esse tipo de espírito. Guardando sua posição com discrição, Triunfo-de-Gaia aguardou enquanto Joe tomava a palavra na língua dos espíritos.
"Joe parece estar se virando bem..."
Mas assim que o pensamento lhe ocorreu, o Leshy virou-se para os presas de prata, falando em idioma garou, e intimando-os. A defesa de Anton soou mal até para Alaín, e o espírito reagiu com um pequeno safanão aéreo no mais velho.
"Graaande, Anton, acha que o Leshy vai se impressionar com alguns nomes antigos que não impediram a tragédia atual? Será que dá pra consertar ainda?"
Ainda que em alerta, Alaín aguardou a intercessão de Joe, esperando pela iniciativa dele, que tentou restabelecer o diálogo. Após o theurge, Alaín ainda tentou reforçar proposição dele:
- Grande e poderoso Leshy, ouça a verdade em minhas palavras! Ainda que nós nos preocupemos com aqueles que têm o mesmo sangue que nós, não sabemos se eles estão vivos nem se ainda pertencem à Gaia! Desde o início, nossa principal motivação foi livrar essas paragens dos corruptores que a dominaram. Se a vigilância dos presas de prata daqui não foi suficiente para impedir esse contágio da Wyrm, eis aqui na sua frente outros presas de prata, dispostos a arriscar suas vidas por uma chance de redenção e vingança! Nós acreditamos em sua devoção à Gaia, grandioso Leshy, e por isso não o atacamos em nenhum momento. Confiamos em sua sabedoria e esperamos que não apenas permita, mas também una-se a nós em nossa missão para levar o terror aos corações dos inimigos de Gaia antes que eles exalem seus últimos suspiros!
Alaín terminou seu apelo fitando os olhos do Leshy, aguardando que ele ponderasse suas palavras e anunciasse sua decisão.
Quando o Leshy surgiu, Alaín impressionou-se com a manifestação arbórea dele. Para um jovem presa de prata com inclinações à casa do Sol, era realmente bastante inquietante o contato com esse tipo de espírito. Guardando sua posição com discrição, Triunfo-de-Gaia aguardou enquanto Joe tomava a palavra na língua dos espíritos.
"Joe parece estar se virando bem..."
Mas assim que o pensamento lhe ocorreu, o Leshy virou-se para os presas de prata, falando em idioma garou, e intimando-os. A defesa de Anton soou mal até para Alaín, e o espírito reagiu com um pequeno safanão aéreo no mais velho.
"Graaande, Anton, acha que o Leshy vai se impressionar com alguns nomes antigos que não impediram a tragédia atual? Será que dá pra consertar ainda?"
Ainda que em alerta, Alaín aguardou a intercessão de Joe, esperando pela iniciativa dele, que tentou restabelecer o diálogo. Após o theurge, Alaín ainda tentou reforçar proposição dele:
- Grande e poderoso Leshy, ouça a verdade em minhas palavras! Ainda que nós nos preocupemos com aqueles que têm o mesmo sangue que nós, não sabemos se eles estão vivos nem se ainda pertencem à Gaia! Desde o início, nossa principal motivação foi livrar essas paragens dos corruptores que a dominaram. Se a vigilância dos presas de prata daqui não foi suficiente para impedir esse contágio da Wyrm, eis aqui na sua frente outros presas de prata, dispostos a arriscar suas vidas por uma chance de redenção e vingança! Nós acreditamos em sua devoção à Gaia, grandioso Leshy, e por isso não o atacamos em nenhum momento. Confiamos em sua sabedoria e esperamos que não apenas permita, mas também una-se a nós em nossa missão para levar o terror aos corações dos inimigos de Gaia antes que eles exalem seus últimos suspiros!
Alaín terminou seu apelo fitando os olhos do Leshy, aguardando que ele ponderasse suas palavras e anunciasse sua decisão.
Alexyus- Presas de Prata
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Re: Ásia Central
As palavras de Oleg, no final das contas, tinham uma pesada carga de razão, mas aquilo não era algo que eu desse muita atenção naquele estado em que me encontrava. A lembrança do momento aida era fresca, aquela pontada pelo orgulho ferido que incomodava sem proporçõe sou direções exatas não deveria me abandonar até eu achar um sentimento mais quente para aplacá-la. O rosnado perene que brotava de minha garganta demonstrava nítida insatisfação com tudo o que ele dizia, a insanidade faz dessas coisas, no final das contas, assumir o preço que pago pelo erro que cometi torna o fardo menos pesado. Mesmo que eu assuma apenas para mim. Independente de como fosse, como se a razão me fosse trazida novamente pela sensatez, meu rosto se desviou lentamente, o rosnado desapareceu, e eu estava mostrando o pescoço. A linguagem corporal era clara: ele tinha o posto e a coerência em seu favor, a insanidade dera trégua, apenas a vergonha da rebeldia infantil ficaria.
O discurso de Ahmed corou minhas conclusões a respeito da represália feita por Oleg à mim. De fato eram poucos os Ahrouns que viviam para terem tempo de vida o suficiente de serem nomeados Anciões, e entender mais profundamente as causas disso em uma hora como aquelas fora providencial. Talvez tivesse escondido minha insatisfação com todo o plano não fosse pelo domínio de Luna sobre meus atos diante do Oleg, e isso poderia me levar a agir de forma imprudente em um momento em que não poderia. Estava mais aliviado e confiante, depois de tudo estar mais esclarecido para mim, e acompanhei as demais instruções de Ahmed com feições mais amenas.
Acompanhei cada palavra de Ahmed com uma atenção suave, e por fim respondi, tentando amainar a tensão, após avaliar toda a situação, desde os feitos improváveis dos parentes até a convivência turbulenta dos Dançarinos da Espiral Negra: -Não sou muito bom com sinais sobrenaturais, mas não me parece errado afirmar que Gaia se mostra favorável à nossa empreitada, por mais insana que ela pareça ao resto do mundo.- Dei um sorriso leve, porém descontraído, deixando claro ter superado os atritos ocorridos anteriormente e finalizei a conversa dizendo antes dele partir:[color] [/color=green]-Estarei a disposição quando a hora de nos reunirmos para a luta chegar, e enfrentarei cada um dos bastardos que me for possível antes de sairmos do poço. E ficaria feliz em ter a cabeça do líder dos miseráveis rolando diante de minhas garras, parece o último pilar de sustentação desse grupo decadente. Talvez, em um futuro não tão distante assim, essa terra possa ser retomada, afinal.- E eu quis voltar ali na hora certa, para fazer o que era certo. Para devolver à Gaia o que lhe era de direito.
O discurso de Ahmed corou minhas conclusões a respeito da represália feita por Oleg à mim. De fato eram poucos os Ahrouns que viviam para terem tempo de vida o suficiente de serem nomeados Anciões, e entender mais profundamente as causas disso em uma hora como aquelas fora providencial. Talvez tivesse escondido minha insatisfação com todo o plano não fosse pelo domínio de Luna sobre meus atos diante do Oleg, e isso poderia me levar a agir de forma imprudente em um momento em que não poderia. Estava mais aliviado e confiante, depois de tudo estar mais esclarecido para mim, e acompanhei as demais instruções de Ahmed com feições mais amenas.
Acompanhei cada palavra de Ahmed com uma atenção suave, e por fim respondi, tentando amainar a tensão, após avaliar toda a situação, desde os feitos improváveis dos parentes até a convivência turbulenta dos Dançarinos da Espiral Negra: -Não sou muito bom com sinais sobrenaturais, mas não me parece errado afirmar que Gaia se mostra favorável à nossa empreitada, por mais insana que ela pareça ao resto do mundo.- Dei um sorriso leve, porém descontraído, deixando claro ter superado os atritos ocorridos anteriormente e finalizei a conversa dizendo antes dele partir:[color] [/color=green]-Estarei a disposição quando a hora de nos reunirmos para a luta chegar, e enfrentarei cada um dos bastardos que me for possível antes de sairmos do poço. E ficaria feliz em ter a cabeça do líder dos miseráveis rolando diante de minhas garras, parece o último pilar de sustentação desse grupo decadente. Talvez, em um futuro não tão distante assim, essa terra possa ser retomada, afinal.- E eu quis voltar ali na hora certa, para fazer o que era certo. Para devolver à Gaia o que lhe era de direito.
Midnight- Mensagens : 136
Data de inscrição : 09/01/2015
Re: Ásia Central
Achei que era um bom sinal quando senti a brisa fria, sabia que havia algo de místico naquilo e que provavelmente meus ancestrais me ouviram. Em seguida veio o canto, que se não fosse pelo momento preocupante, me levaria de volta a minha terra natal.
As sensações eram indescritíveis, eu sabia serem devido ao toque de meus ancestrais, suas lembranças e suas impressões agora eram minhas, assim como as minhas pertenciam a eles agora. Desta forma desfrutei de seu poder, usando o dom Sentir a Wyrm sobre aqueles Senhores das Sombras.
De todos, o único a acusar a presença da Wyrm foi Mephi.
"Esse homem..." pensei.
No outro dia foram discutidos o plano a se seguir. Tomei café de forma calma e silenciosa, sem deixar transparecer o que eu havia descoberto na noite passada.
"Mislav e Anubis são Theurges. Ou eles são muito ruins, ou sabem exatamente quem é Mephi." pensei "Posso me arriscar a pegar o corrompido, mas além de ele ser um Ahroun potencialmente perigoso, ainda que eu o matasse ficaria a mercê do julgamento dos outros."
Ainda não era hora de agir, a oportunidade apareceria. O que eu preciso descobrir é como evitar que mortes aconteçam de ambos os lados. Se bem que alguns Presas de Prata de lá não fariam a mínima falta para os planos de Gaia.
- Claro, eu vou sim. - Respondi.
As sensações eram indescritíveis, eu sabia serem devido ao toque de meus ancestrais, suas lembranças e suas impressões agora eram minhas, assim como as minhas pertenciam a eles agora. Desta forma desfrutei de seu poder, usando o dom Sentir a Wyrm sobre aqueles Senhores das Sombras.
De todos, o único a acusar a presença da Wyrm foi Mephi.
"Esse homem..." pensei.
No outro dia foram discutidos o plano a se seguir. Tomei café de forma calma e silenciosa, sem deixar transparecer o que eu havia descoberto na noite passada.
"Mislav e Anubis são Theurges. Ou eles são muito ruins, ou sabem exatamente quem é Mephi." pensei "Posso me arriscar a pegar o corrompido, mas além de ele ser um Ahroun potencialmente perigoso, ainda que eu o matasse ficaria a mercê do julgamento dos outros."
Ainda não era hora de agir, a oportunidade apareceria. O que eu preciso descobrir é como evitar que mortes aconteçam de ambos os lados. Se bem que alguns Presas de Prata de lá não fariam a mínima falta para os planos de Gaia.
- Claro, eu vou sim. - Respondi.
Daniel Ramone- Senhores das Sombras
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Idade : 36
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Re: Ásia Central
- ALAÍN E JOE:
- Joe volta a criar borboletas para acalmar o espírito.
- Rolagem:
- Joe rolou 4 dados de 10 lados com dificuldade 6 para Dom Borboletas de Papel e obteve: 8 2 1 7 Joe obteve 1 sucesso!
O artifício, no entanto, já nao tem o mesmo efeito. Uma dúzia de borboletas coloridas revoam entre Joe e a forma arbórea do Leshy, trazendo um ar de primavera àquela umbra desolada e invernal.
O Leshy acompanha algumas com o olhar, mas rapidamente se entedia e pousa o olhar em Joe, como quem espera um truque novo.
Joe, a essa altura, lhe dirigia suas palavras.Acalme-se meu nobre amigo, vidas demais se perderam por orgulho paixao, intrigas, e muitos outros sentimentos, hoje nao e o dia de nos matar-mos e sim expurgar a terra deste mal , nao interessa como eu nao deixarei que voces se degladiem aqui, por favor e iisso que a Wirm quer nos dividir, por favor, eu mantenho a minha promessa dou minha vida em troca do perdao deles, e se isso nao for possivel na outra vida servirei atye limpar seus pecados, assim como tudo acabar ficarei um tempo nestas terras como prometido se o senhor nos ajudar, nao quermos nada alem de justica esta terra e de quem as pertence e nehum outro dono deve ser auto aclamado , enquanto estamos aqui eles estao la se refastelando com inocentes, e mais florestas serao arrancadas de seus lares e seu lar sera extinto e isso nao pode acontecer se vais nos matar tera de carregar nosso sangue em seus ramos e entao comece por mim e deix-os ir.- Rolagem:
- Joe rolou 3 dados de 10 lados com dificuldade 5 para Convencer espírito e obteve: 5 5 2 Joe obteve 2 sucessos!
- Hummm… - respondeu o Leshy em sua voz de madeira que range. – Nao vou matar nenhum de vocês… Nao quero sua vida, pequeno amigo, mas aceito sua ajuda para recuperar o bosque.
Joe se mantinha calmo, mas entre os presas de prata havia tensao. Alaín nao se sentia cômodo frente ao espírito e a insatisfaçao com o líder transparecia sutilmente em seu semblante.
Anton regressava devagar, tentando nao quebrar o bom estado de ânimo entre o espírito e Joe. Mas seu rosto vermelho, a respiraçao profunda e as veias saltadas mostravam que a custo continha a fúria. Tinha sido humilhado no que costumava ser bom, por um espírito caprichoso que ignorara seus antepassados e o esforço em eliminar os lobos corrompidos.
Alaín esperava consertar as malogradas palavras do líder e representar melhor sua tribo.Grande e poderoso Leshy, ouça a verdade em minhas palavras! Ainda que nós nos preocupemos com aqueles que têm o mesmo sangue que nós, não sabemos se eles estão vivos nem se ainda pertencem à Gaia! Desde o início, nossa principal motivação foi livrar essas paragens dos corruptores que a dominaram. Se a vigilância dos presas de prata daqui não foi suficiente para impedir esse contágio da Wyrm, eis aqui na sua frente outros presas de prata, dispostos a arriscar suas vidas por uma chance de redenção e vingança! Nós acreditamos em sua devoção à Gaia, grandioso Leshy, e por isso não o atacamos em nenhum momento. Confiamos em sua sabedoria e esperamos que não apenas permita, mas também una-se a nós em nossa missão para levar o terror aos corações dos inimigos de Gaia antes que eles exalem seus últimos suspiros!- Rolagem:
- Alain rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 9 para Convencer espírito e obteve: 5 4 6 2 3 8 7 Que pena, Alain não obteve sucesso!
Alaín era um orador claro, lógico e extremamente habilidoso. Mas o trabalho dos senhores das sombras havia sido perfeito. E a mente do Leshy era tao dura como as rochas e o tronco das velhas árvores; uma vez torcida em uma direçao, dificilmente se voltaria a outro lado. O Leshy ignorou-o.
Anton respirou fundo e fez uma última tentativa:
- Endosso as palavras do jovem. Mas se nao pode confiar nos presas de prata, ao menos entregue sua confiança a Joe. Ajude-o em seu intento de livrar estas terras da Wyrm, que é o que todos nós queremos.- Rolagem:
- Anton rolou 8 dados de 10 lados com dificuldade 9 para Convencer espírito e obteve: 3 8 5 10 7 10 5 10 Anton obteve 3 sucessos!
Dados de especializaçao: 9, 6, 1.
Funcionou. O espírito assentiu e disse a Joe:
- Confio em sua promessa de servir-me. Prometo nao fazer nada que possa ferir seus amigos e ajudá-los a combater a Wyrm. Quando precisarem de minha ajuda, me invoque.
Em seguida involuiu até uma árvore jovem, que foi ficando cada vez menor até alcançar o tamanho de um broto e, ao final, de uma semente, que penetrou na neve e desapareceu.
- ALAIN, JOE E YURI:
- O dia amanheceu.
A vigília terminou e Yuri, acompanhado de Ahmed, entrou na casa ao lado da muralha, onde passaram a noite os garous.
Alaín, Joe e Anton chegaram um pouco depois.
Sentaram-se em círculo e, enquanto repartiam um pouco de comida, puseram-se a par dos acontecimentos.
O grupo que regressava da umbra informou que finalmente o Leshy aceitara cooperar, desde que fosse invocado por Joe e sob a condiçao do theurge serví-lo por algum tempo quando a missao acabasse.
- Aproveite para aprender dons, Joe. – disse Afanasiy com brandura. - E talvez o limao se torne uma bela limonada.
Em seguida Ahmed relatou o que vira na aldeia.
- Em minha vida vi poucos lugares onde a palavra “dantesco” pudesse ser tao bem aplicada. Dezenas e dezenas de almas sem descanso vagando atônitas, gemendo baixo, chorando sem consolo, implorando, bradando com ira. Nao podem ir-se sem saber o destino de seus seres queridos; outros estao atados por sentimentos de culpa e vingança.
“Eles me levaram a Hernandez. Ele e Kiril escaparam e ficaram refugiados um tempo dentro da caverna, no verao. Kiril aprendeu a conhecê-la muito bem, pode ser útil se ainda estiver vivo e mentalmente sao. Marina ajudava-os deixando comida. “
Os olhos de Oleg brilharam. Ahmed continuou seu relato:
- Tentaram fugir, mas só Hernandez conseguiu. Nao foi seguido. Ficou uns dias no bosque, acostumando a vista à luz e rumou para a aldeia de parentes. Pensava sobreviver por lá, mas no local nao havia nada: nem alimentos, nem estoques de graos, nenhum animal doméstico. Nem mesmo ratos.
- Limpamos tudo… - murmurou Oleg.
- Sobreviveu de ervas até que apareceram as cabras. - prosseguiu Ahmed-Primeiro se alimentou delas e entao teve a idéia de amarrar os bilhetes. Pedia ajuda para ele, mas conforme sentiu que seu corpo ferido e debilitado definhava e que o papel escasseava, limitou-se ao “estamos vivos”, que ao fim os pastores encontraram. Hernandez já falecera.
"Quando fugiu todas as reféns estava vivas… mas preferiam morrer. Ele mesmo fugiu porque nao tinha mais uma vida que temesse perder. Nem os homens foram poupados pelos espirais, se é que vocês me entendem…
Disse que os espirais nao sao muitos, resta pouco mais de uma dúzia. “
- Nossos ataques nao foram em vao. – alegrou-se Oleg.
- E aquele espírito de merd… , que nao moveu um dedo para defender o bosque, nos desmerece. – resmungou Anton, com o orgulho ainda ferido. Oleg, ao contrário, lançou um olhar cúmplice a Yuri. Ambos sabiam o que aquele número significava: talvez a ambiçao do jovem ahroun nao estivesse tao longe de ser alcançada.
- E finalmente, a cabeça da hidra é formada pelo líder, um lobo enorme chamado Uoulahr, seguido de duas mulheres, Bealutraa, que Hernandez pensa que pode ter sido uma theurge uktena, e Auubahr. Esta última é muito agressiva e comumente ataca outros espirais; é esquiva e só se relaciona com o líder. Hernandez disse também para termos cuidado com Ginoocraa, um ômega desengonçado e escorraçado pelos outros, mas furtivo e extremamente sádico com os mais fracos. - concluiu Ahmed.
Em seguida os presas relembraram as informaçoes da caverna.- Revisao das característica da caverna:
- A caverna fica a 180 km de Lua Crescente, aos pés de uma montanha e próxima ao rio Chitaya. No inverno está congelada, inclusive os vários lagos que tem dentro. Há duas entradas, uma a noroeste e outra a sudeste.
Da ENTRADA NOROESTE, caminhando ao sul se chega ao imenso salão onde ficava o centro do caern. Do salão saem tres caminhos:
O mais ao norte é inundado/congelado e nunca cruzamos.
O caminho do meio percorre 1 km até entrada sudeste e, obvio, por aí se sai.
O caminho mais ao sul é um pouco menos e frio e termina formando três saloes sem saída.
Pela ENTRADA SUDESTE
o caminho mais ao norte se bifurca.
- O lado direito dá num desfiladeiro de gelo perene. Escorregar aí é uma morte lenta por congelamento, não há como resgatar nem sair.
- O lado esquerdo leva a um salão comprido e muito frio, que nunca cruzamos.
Por fim, o caminho ao sul percorre 1km em direção ao salão onde estava o centro do caern e à entrada noroeste.
Ahmed mostrou o mapa acrescido dos três saloes a sudoeste, descritos como “dormitórios” por Hernandez.- Mapa atualizado:
- Para vocês terem uma noçao de escala, esse pontinho minúsculo é um garou. Os saloes sao altos e na maioria dos caminhos dá para estar em crinos tranquilamente. – continuou Oleg. – Nunca está demais dizer que teremos que ser rápidos. Se Anton concorda, Afanasiy e eu seremos os líderes, porque conhecemos a caverna.
Anton assentiu. Oleg continuou:
- O grupo liderado por Afanasiy irá pela entrada noroeste, seguindo caminho sul em direçao aos três saloes. É o grupo com mais chances de encontrar as reféns, nele estarao garous mais aptos a lidar com gente ferida e traumatizada: Anton, Joe e Leyda. Ahmed dará apoio.
“O outro grupo será liderado por mim, Oleg. Vamos pelo caminho mais frio, mais complexo e perigoso. É o grupo com perfil mais guerreiro: Yuri, Lorcan; e Alain, bom de briga e também de conversa, no caso de encontrarmos reféns. Se nao encontrarmos, mataremos os espirais que pudermos, idealmente a cabeça da hidra, e sairemos rápido.
Alguma pergunta?
Ah, antes que me esqueça – Oleg retirou do bolso o colar que havia mostrado no primeiro encontro e entregou-o a Joe. – Isso pertencia à Marina e pode ajudá-los a localizá-la.- Colar:
***
O resto do dia foi uma corrida sem fim em direçao à caverna. O caminho se tornava cada vez mais desolado e agressivo e a presença da Wyrm estava em todos os lados. Nao encontraram nenhum espiral no caminho, nem mesmo ao começarem a se aproximar do Poço, o que confirmava que eram poucos, mas ao mesmo tempo gerava uma sensaçao inquietante.
Chegaram à caverna ao entardecer. No céu a lua cheia surgia. Uma sombra sutil insinuava-se de um dos lados, indicando sua despedida. Na noite seguinte já apareceria corcunda e minguante.
Os dois grupos se dividiram, rumando às respectivas entradas. Naquele momento estavam superadas as divergências e os desintendimentos. Ao ver os companheiros de jornada partirem, cada garou só pensava se veria aqueles rostos novamente.
- VINCENZO - a hora da verdade começa:
- Vincenzo afirmou que acompanharia a matilha. Mislav sorriu satisfeito.
O dia seguinte foi gasto correndo até a caverna. Os dois peregrinos impunham um ritmo puxado, contido apenas pelo imenso e pesado Davor, que refreava um pouco a corrida.
Chegaram de noite. A lua cheia estava alta no céu, mas Vincenzo notou uma ligeira sombra que se insinuava em um dos lados do astro. Começava a transiçao para a lua corcunda minguante.
A entrada da caverna era imperceptível para quem nao a conhecesse. Mas a matilha caminhou confiante pelo bosque até alcançar uma porçao rochosa, perigosamente lisa devido à neve. Rastejaram por ela. Quando chegaram a ponta, Vincenzo viu que uns 15 metros abaixo havia um vale, iluminado pela luz da lua refletida na neve. Neste vale erguia-se alta e imponente a entrada da caverna. Soturnamente bela, era a Casa de Pedra – uma casa assombrada naquele momento.
Mas o que interessou Vincenzo foi a luta que se desenrolava diante da entrada. Reconheceu o crinos negro e esguio de Ahmed atracado com um espiral albino. Ao lado, dois corpos grandes e blancos lutavam. Um dos presas de prata, pensou. Entao um sutil movimento na entrada da caverna chamou sua atençao: eram Afanasiy e Joe, que entravam furtivamente.
- Esses nao vao nem entrar na caverna. – riu Mephi ao seu lado, apontando os garous que lutavam. Davor se mantinha em silêncio.
Um pouco mais afastados, também deitados na borda da pedra, Mislav e Anúbis cochichavam.
Vincenzo olhou novamente para baixo. Os garous estavam vencendo os guardas espirais. Afanasiy e Joe já haviam desaparecido na escuridao da caverna. A invasao havia começado.
- JOE - a hora da verdade começa:
- O grupo de Joe caminhou até a entrada noroeste da caverna, que ficava em um pequeño vale, 15 metros abaixo do nível do bosque.
A luz da lua cheia refletia na neve, e a visibilidade era razoável.
Antes de descerem pela encosta, Anton falou:- Discurso de Anton:
- - Seremos nós a resgatar as reféns. Temos a parte mais bela e delicada da missao. A luta em defesa de Gaia e contra a Wyrm é nossa grande tarefa e permeia todos os nossos atos até a morte. Mas em meio a essa luta, circula a parte mais frágil e indispensável de nossa gente: os parentes. Também é um dever sagrado zelar pelos que geram e cuidam dos futuros defensores de Gaia. Sobretudo quando nossa raça mingua.
Nós somos garous especiais. Todo lobisomem pode transformar-se em uma máquina de matar; mas poucos conseguem lidar com a dor e o desespero humano sem serem consumidos pela fúria. Poucos conseguem curar os mais frágeis e purificá-los do mal.
Somos filhos amados de Gaia. Nossa tarefa é lutar por ela e defender seus filhos mais humildes. Necessitamos fúria e compaixao.
Nesta noite vamos salvar as reféns. Vamos devolver o carinho materno ao garotinho da foto. Vamos resgatar mulheres que sofrem abusos de seres pelos quais até o mais duro garou teme ser escravizado.
Vamos lutar! Vamos usar todo nosso poder para combater a Wyrm e liberar inocentes! Por Gaia e por eles vamos nos entregar ao prazer da luta. Por Gaia e por eles vamos dilacerar e sentir o gosto do sangue inimigo em nossas bocas. Vamos devolver a esses malditos espirais cada lágrima, cada dor causada aos parentes e cada profanaçao cometida contra o ventre de Gaia. Vamos vê-los ganir. Vamos vê-los debater-se, vamos vê-los implorar. Nao teremos piedade deles como eles nao tiveram piedade dos nossos irmaos mais fracos e de nossa Mae! Vamos destroça-los e limpar Gaia da ferida que representa a vida desses seres repugnantes!
Gaia está conosco e vamos vencer!!
- Rolagem Anton - gosto da marcha:
- Anton rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 8 para Ativar Dom “O Gosto da Marcha” e obteve: 7 4 2 6 5 9 8 Anton obteve 2 sucessos!
Animados pelo discurso * foram descendo pelo vale, escondidos pelas árvores cobertas de neve. Dois dançarinos da espiral negra guardaram a caverna.
- Anton e Ahmed, vocês cuidam deles enquanto Joe e eu entramos na caverna. – disse Afanasiy.
Assim fizeram. Enquanto Anton e Ahmed furtivamente atacavam os espirais, Afanasiy e Joe se esgueiraram pela caverna. Mal entraram e o impacto do ar podre os atingiu. O mal cheiro era horrível, misturava odor a mofo, urina, excremento e gente suja, dando vontade vomitar. O luar que entrava garantia alguma visibilidade. Ali estavam as estalactites e estalagmites de gelo, mas o lugar em nada lembrava a bela caverna vista nas fotos. Mais adiante uma luz avermelhada de tochas tremulava, formando sombras que conferiam ao lugar uma aparência de inferno.
Os garous caminhavam atentos a tudo.- Rolagem:
- Afanasiy rolou 5 dados de 10 lados com dificuldade 6 para Perceber inimigos e obteve: 7 5 9 9 7 Afanasiy obteve 4 sucessos!
Joe rolou 5 dados de 10 lados com dificuldade 6 para Perceber inimigos e obteve: 9 7 3 6 1 Joe obteve 2 sucessos!
Cric! Um pequeño ruido alertou os garous, que se viraram imediatamente.
- Ali! – gritou Afanasiy.
Joe olhou na direçao e viu o vulto de dois espirais, que corriam na direçao deles. Estavam em crinos. Pelos contornos pareciam ser um jovem e uma mulher adulta
* Joe e seus companheiros ganharam 2 dados a mais em em todas as jogadas que envolvam Força, Briga e Armas Brancas e iniciativa +1, válidos por toda a cena.
- Alaín e Yuri - a hora da verdade começa:
- O grupo de Afanasiy penetrava no bosque que escondia a entrada noroeste. Os garous guiados por Oleg cruzariam a estepe uns 2 kilometros em diagonal, num caminho descendente que levava à outra entrada da caverna.
Antes de saírem porém, Oleg esfregou as maos e disse:
- Temos boas chances aquí. Nao quero ninguém fazendo loucuras nem buscando a morte prematura. Mas isso nao significa que nao vamos nos entregar de corpo e alma à essa batalha.
Depois dessa jornada interminável, de enfrentar espíritos e nos chocarmos contra nós mesmos, acredito que, como eu, vocês devem estar ansiosos por cravar as garras em carne quente e fazer escorrer o sangue inimigo!
Chegou o momento! A hora em que tudo se definiará. A hora da adrenalina e da açao. De massacrar os espirais dessa caverna porque nao se trata só de reféns inocentes, mas das próprias entranhas de Gaia que estao sendo violadas.
Vamos sentir seus ossos quebrarem com nossos golpes. Vamos esmagar esses parasitas com as maos e curar a ferida no corpo de Nossa Mae.
Os olhos de Oleg se escureceram e era possível sentir sua fúria aflorando. Ele continuou se discurso, procurando atingir as mais profundas motivaçoes dos garous.- Rolagem :
- Oleg rolou 8 dados de 10 lados com dificuldade 8 para Dom “O Gosto da Marcha” e obteve: 5 3 10 1 6 6 9 3 Oleg obteve 1 sucesso!
Oleg era um garou valoroso e dedicado a Gaia, mas sua motivaçao nessa batalha era pessoal. Confiava muito em seu grupo, mas estava apreensivo quanto ao êxito dos outros garous, responsáveis por resgatar Marina, e essa apreensao contaminou o discurso. Os garous se animaram com expectativa de lutar, mas nao tanto como ele queria*.
Em seguida Oleg e Lorcan passaram a crinos. O galliard mandou um uivo mental a Anton, que respondeu. Os dois grupos, entao, começaram a invasao simultaneamente.
Penetraram na caverna. Parecia muito menos acessível que no mapa, devido à profusao de estalactites, estalagmites e figuras formadas de gelo. Também nao era bela como nas fotos bem iluminadas que viram. A caverna era escura. E fedia. Uma horrível mistura de mofo, urina, excrementos, corpos sujos e orgias, o que no final das contas os beneficiaria pois seu próprio odor nao sobressairia naquela orquestra de mau cheiros.
Os garous sentiam seu coraçao bater em um ritmo compassado.
Cruzaram as duas gigantescas pilastras. Ao lado delas, um caminho novo, que nao existia no mapa, abria-se como uma boca escura. Iam pelo caminho da esquerda quando outro som compassado alertou-os. Eram tambores. Ali estavam os espirais, no caminho escorregadiço à direita, que baixava até o abismo de gelo perene. Mudaram de rumo, seguindo os tambores.
Caminharam um bom tempo, cruzando colunas de pedra e gelo e apreciando o lago congelado, que à luz das tochas parecia um imenso espelho negro. O som se tornava cada vez mais auto: tum tum, tum tum.
Nenhum guardiao surgia… A idéia de uma armadilha crescia na mente de todos. Era preciso estar preparado.
* Alain e Yuri têm 1 dado a mais em todas as jogadas que envolvam Força, Briga e Armas Brancas e iniciativa + 1 durante esta cena.
Off: movi meu post para depois do post do Ramone, para ficar mais organizado.
Lua- Admin
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Re: Ásia Central
Alaín não ficou chateado por ter sido ignorado pelo Leshy, ficou foi contente de não ter tomado um espirro de árvore como Anton.
"Isso é mesmo coisa de theurges..."
Quando o espírito sumiu e eles se reuniram com os outros garous, Alaín ficou mais otimista por terem informações concretas e poderem formular um plano. Ele prestou detida atenção nas explicações e argumentos de cada um, até entender toda a operação e se preparar para seu papel no assalto.
Alaín disfarçou sua surpresa com a descrição do outro sobre ele. Não era um dos melhores guerreiros, mas logo se lembrou que eles o tinham visto dominar Victor facilmente. Não era uma grande demonstração de habilidade de luta, ainda mais dada a diferença de um cliath presas de prata pra espirais negras experientes e impiedosos. Mas ficou quieto pra não comprometer o moral do grupo, precisavam de toda a motivação que pudessem.
A partida rumo à caverna foi feita com concentração e circunspecção. Alaín se mantinha como um segundo beta, consciente da posição de comando dos outros. Ele jamais seria o lobo ômega, mesmo limitado pelo renome de outros ele estava pronto a provar seu valor e tomar o centro no momento apropriado.
Correr na forma de lobo até a caverna foi instigante no começo, mas logo pareceu se tornar massante, tédio quebrado apenas pela mudança paulatina na paisagem. Triunfo-de-Gaia estava mais consciente a cada passo de estar chegando ao lugar mais infecto que já estivera na vida.
O discurso de Oleg, embora razoável, tinha as motivações erradas, e Alaín teve a impressão de que não apenas ele, mas todos os outros se preparavam para dar o seu melhor independente do líder. Ao adentrar naquele lugar fedido, Alaín teve uma certeza:
"Eu não vou morrer nesse lugar nojento! Apareçam logo, seus vermes da espiral Negra, e vamos acabar com isso rápido!"
Ao ouvirem o ribombar dos tambores, eles souberam qual caminho tomar para encontrar seus inimigos. O avanço cauteloso e estudado não foi interrompido me momento nenhum, e Alaín tentava descobrir que tipo de armadilha os Espirais teriam preparadas para eles. Se conseguisse evitar que ele ou um de seus companheiros caísse na armadilha, ele teria mais convicção de chegar forte para a batalha final.
"Isso é mesmo coisa de theurges..."
Quando o espírito sumiu e eles se reuniram com os outros garous, Alaín ficou mais otimista por terem informações concretas e poderem formular um plano. Ele prestou detida atenção nas explicações e argumentos de cada um, até entender toda a operação e se preparar para seu papel no assalto.
e Alain, bom de briga e também de conversa, no caso de encontrarmos reféns.
Alaín disfarçou sua surpresa com a descrição do outro sobre ele. Não era um dos melhores guerreiros, mas logo se lembrou que eles o tinham visto dominar Victor facilmente. Não era uma grande demonstração de habilidade de luta, ainda mais dada a diferença de um cliath presas de prata pra espirais negras experientes e impiedosos. Mas ficou quieto pra não comprometer o moral do grupo, precisavam de toda a motivação que pudessem.
A partida rumo à caverna foi feita com concentração e circunspecção. Alaín se mantinha como um segundo beta, consciente da posição de comando dos outros. Ele jamais seria o lobo ômega, mesmo limitado pelo renome de outros ele estava pronto a provar seu valor e tomar o centro no momento apropriado.
Correr na forma de lobo até a caverna foi instigante no começo, mas logo pareceu se tornar massante, tédio quebrado apenas pela mudança paulatina na paisagem. Triunfo-de-Gaia estava mais consciente a cada passo de estar chegando ao lugar mais infecto que já estivera na vida.
O discurso de Oleg, embora razoável, tinha as motivações erradas, e Alaín teve a impressão de que não apenas ele, mas todos os outros se preparavam para dar o seu melhor independente do líder. Ao adentrar naquele lugar fedido, Alaín teve uma certeza:
"Eu não vou morrer nesse lugar nojento! Apareçam logo, seus vermes da espiral Negra, e vamos acabar com isso rápido!"
Ao ouvirem o ribombar dos tambores, eles souberam qual caminho tomar para encontrar seus inimigos. O avanço cauteloso e estudado não foi interrompido me momento nenhum, e Alaín tentava descobrir que tipo de armadilha os Espirais teriam preparadas para eles. Se conseguisse evitar que ele ou um de seus companheiros caísse na armadilha, ele teria mais convicção de chegar forte para a batalha final.
Alexyus- Presas de Prata
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Re: Ásia Central
Joe assumira a forma hispo e avancara com cuidado e assim que avistar seu oponente avancara sobre o mesmo tentando atropelar e em seguida mordera seu inimigo
Off gastarei um ponto de furia
Off gastarei um ponto de furia
Veu Cinza- Portadores da Luz Interior
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Localização : sao paulo
Re: Ásia Central
Era um processo exaustivo, ao menos para mim. Talvez eu pudesse ser considerado preguiços, mas realmente minha cabeça fritava quando precisava pensar nos planos de invasão. Poderia atribuir isso ao muito que desconhecia -terreno, inimigos e as surpresas que costumam acontecer em situações tensas como aquelas, o favor dos deuses, como costumam chamar- afinal de contas, fotos e especulações não eram informações exatamente confiáveis quando se está indo em direção a porta do inimigo, mas aquele não era um caso isolado. Não era que eu não gostasse de fazer aquele tipo de trabalho, exatamente, ou que sentisse que meu esforço acabava sendo inútil, os elogios que havia recebido até então do grupo eram uma contraprova disto, mas sempre sentia como se aquilo me rendesse mais trabalho do que a maioria. No entanto, um dia eu ouvir que líderes não são nascidos, são forjados. Não sei se eu seria um bom líder -nem mesmo se quero ser um- mas não acredito que seja um Presas de Prata por acaso. Talvez aquela dor de cabeça, no final das contas, fosse um mal necessário. O fato é que, sendo ou não, o pensamento correto poderia salvar uma vida em circunstâncias como a que estávamos prestes a encarar, infelizmente eu havia chegado ao meu limite, minha cabeça estava um caos, meus pensamentos embaralhados demais para ter uma mão minimamente decente. Eu só queria matar alguém, ninguém precisava saber disso naquele momento - muito menos ser alvo da tentativa após algumas palavras mal escolhidas.
Acabei aceitando que não tinha mais nada a dizer, talvez tivesse ficado meio intimidado com o atrito com Oleg, não queria gerar um sentimento ruim no grupo, e quando eu falo demais pode ser um sinal de que não sou realmente eu quem está falando. Preferi deixar para agir -atos me são mais agradáveis, e ainda mais efetivos, do que palavras- e teria permanecido praticamente invisível enquanto as últimas informações agregadas ao plano final eram esclarecidas, mas me senti estranhamente acolhido ao encontrar o olhar de Oleg após sabermos de maneira aproximada da quantidade de Dançarinos da Espiral Negra no Caern. Acabei me perguntando se o que Luna havia usado para me marcar era realmente uma maldição, parecia uma bênção naquele momento. É claro, Garous são emotivos, logo a razão falou mais alto e aceitei o peso de meu fardo, ele não seria amenisado por uma visão mais poética da cicatriz que estva por trás do pecado que tinha cometido contra a Litania. Acho que eu teria sido perdoado genuinamente dele... Se eu me arrependesse do que tinha feito. Eu morreria antes de que pudesse fazê-lo.
É dito que é possível saber o tamanho das rivalidades entre determinados homens se estes forem colocados em uma embarcação sob tempestade, ou seja: diante da morte, ou colaborarão para a vida múltua ou se matarão pelas desavenças. Esse tipo de coisa é sentido de uma forma unicamente pura nos momentos em que se antecedem uma batalha pela qual você luta não só pela sua vida, mas pela de cada guerreiro ao seu lado. Nada mais parece importar, porque realmente nada importa. Nada garante que você não seja arrastado do campo de batalha morto sobre os ombros dos seus amigos -isso se der sorte- ou que não tenha que levar notícias funébres para uma uma esposa, um filho... Ou mais famílias do que seus dedos das mãos possam contar. A certeza de que quem quer que caia em uma batalha como aquela vai ter pavimentado seu caminho para os braços quentes de Gaia torna as fatalidades aparentemente mais amenas, mas quem vive essa atmosfera sabe que as coisas não são assim. No momento em que nos despedíamos, senti um aperto no peito estranho, simplesmente por termer pela vida de todos ali, e mesmo pela minha. Não queria que ninguém morresse, e ao mesmo tempo sabia o quão improvável era de que isso não acontecesse. Um turbilhão de possibilidades me passou naturalmente pela cabeça, lembrei dos dois Garous que não estavam mais com o grupo e me perguntei em como eles poderiam interferir na batalha vindoura, pois sentia que eles iriam ter alguma influência nela e a morte me pareceu algo iminente. Aquilo eriçou meus pelos: eu não estava disposto a chorar a morte de ninguém, nem mesmo permitir que outros o fizessem pela minha. Eu iria lutar com cada pedaço do meu ser, iria me banhar em fúria e daria orgulho à Gaia. Ou qualquer coisa que aplacasse seu sentimento. Qualquer sentimento que fosse conduzido pelo ódio que eu sentia daqueles que queriam tirar a vida daqueles ao meu lado.
O discurso de Oleg tinha palavras fortes, mas não precisas. Talvez fosse a tensão do momento que não me permitisse sentir aquilo de uma maneira mais profunda. Independentemente disso, assumi a forma Crinos junto com os demais seguindo na vanguarda do grupo. A caverna tinha uma beleza perigosa que refletia bem nossa campanha, acabei notando isso de forma detalhada, pois dava atenção a cada pedaço do lugar, todos os sentido inquietos atrás dos nossos alvos. Quando os tambores começam a ser ouvidos e passamos a tomar a direção do som, me senti indo em direção ao centro de um alvo. Aquela sensação me deixou inquieto, mas não estava em posição de demonstrar insatisfação naquele momento, me contentei em fazer uma observação após ativar o Dom Mordida de Prata [1 Ponto de Gnose] na voz aterradora que adquiria naquela forma: -Se for uma armadilha, já estamos ferrados. Se não for, e não pode ser, temos que ir com tudo.- Apressei o passo, mas me manteria em unidade com o restante do grupo, correndo para um assalto rápido somente com a carta branca do líder.
Acabei aceitando que não tinha mais nada a dizer, talvez tivesse ficado meio intimidado com o atrito com Oleg, não queria gerar um sentimento ruim no grupo, e quando eu falo demais pode ser um sinal de que não sou realmente eu quem está falando. Preferi deixar para agir -atos me são mais agradáveis, e ainda mais efetivos, do que palavras- e teria permanecido praticamente invisível enquanto as últimas informações agregadas ao plano final eram esclarecidas, mas me senti estranhamente acolhido ao encontrar o olhar de Oleg após sabermos de maneira aproximada da quantidade de Dançarinos da Espiral Negra no Caern. Acabei me perguntando se o que Luna havia usado para me marcar era realmente uma maldição, parecia uma bênção naquele momento. É claro, Garous são emotivos, logo a razão falou mais alto e aceitei o peso de meu fardo, ele não seria amenisado por uma visão mais poética da cicatriz que estva por trás do pecado que tinha cometido contra a Litania. Acho que eu teria sido perdoado genuinamente dele... Se eu me arrependesse do que tinha feito. Eu morreria antes de que pudesse fazê-lo.
É dito que é possível saber o tamanho das rivalidades entre determinados homens se estes forem colocados em uma embarcação sob tempestade, ou seja: diante da morte, ou colaborarão para a vida múltua ou se matarão pelas desavenças. Esse tipo de coisa é sentido de uma forma unicamente pura nos momentos em que se antecedem uma batalha pela qual você luta não só pela sua vida, mas pela de cada guerreiro ao seu lado. Nada mais parece importar, porque realmente nada importa. Nada garante que você não seja arrastado do campo de batalha morto sobre os ombros dos seus amigos -isso se der sorte- ou que não tenha que levar notícias funébres para uma uma esposa, um filho... Ou mais famílias do que seus dedos das mãos possam contar. A certeza de que quem quer que caia em uma batalha como aquela vai ter pavimentado seu caminho para os braços quentes de Gaia torna as fatalidades aparentemente mais amenas, mas quem vive essa atmosfera sabe que as coisas não são assim. No momento em que nos despedíamos, senti um aperto no peito estranho, simplesmente por termer pela vida de todos ali, e mesmo pela minha. Não queria que ninguém morresse, e ao mesmo tempo sabia o quão improvável era de que isso não acontecesse. Um turbilhão de possibilidades me passou naturalmente pela cabeça, lembrei dos dois Garous que não estavam mais com o grupo e me perguntei em como eles poderiam interferir na batalha vindoura, pois sentia que eles iriam ter alguma influência nela e a morte me pareceu algo iminente. Aquilo eriçou meus pelos: eu não estava disposto a chorar a morte de ninguém, nem mesmo permitir que outros o fizessem pela minha. Eu iria lutar com cada pedaço do meu ser, iria me banhar em fúria e daria orgulho à Gaia. Ou qualquer coisa que aplacasse seu sentimento. Qualquer sentimento que fosse conduzido pelo ódio que eu sentia daqueles que queriam tirar a vida daqueles ao meu lado.
O discurso de Oleg tinha palavras fortes, mas não precisas. Talvez fosse a tensão do momento que não me permitisse sentir aquilo de uma maneira mais profunda. Independentemente disso, assumi a forma Crinos junto com os demais seguindo na vanguarda do grupo. A caverna tinha uma beleza perigosa que refletia bem nossa campanha, acabei notando isso de forma detalhada, pois dava atenção a cada pedaço do lugar, todos os sentido inquietos atrás dos nossos alvos. Quando os tambores começam a ser ouvidos e passamos a tomar a direção do som, me senti indo em direção ao centro de um alvo. Aquela sensação me deixou inquieto, mas não estava em posição de demonstrar insatisfação naquele momento, me contentei em fazer uma observação após ativar o Dom Mordida de Prata [1 Ponto de Gnose] na voz aterradora que adquiria naquela forma: -Se for uma armadilha, já estamos ferrados. Se não for, e não pode ser, temos que ir com tudo.- Apressei o passo, mas me manteria em unidade com o restante do grupo, correndo para um assalto rápido somente com a carta branca do líder.
Midnight- Mensagens : 136
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Re: Ásia Central
- Joe - a hora da verdade:
- Joe deixa a fúria fluir por seu corpo e passa a hispo. Em seguida avança cuidadosamente em direçao aos espirais, sem visar nenhum em particular. A mulher se adianta e vem em sua direçao. Joe se lança sobre ela e ataca com uma mordida.
- Rolagem:
- Joe rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 5 para Ataque com Presas e obteve: 7 9 9 1 8 9 2 Joe obteve 4 sucessos!
Seu ataque é formidável.
A mulher tenta esquivar-se mas fracassa. A mordida de Joe é poderosíssima. O theurge sente seus dentes rasgarem a carne mal-cheirosa da espiral como se fosse um bife apodrecido e mole. Apesar de vigorosa, a espiral cae ao solo, esvaindo-se em sangue.
Joe olhou para o lado e viu Afanasiy terminando erguer-se e deixando no chao o corpo agonizante do jovenzinho, que nao representou dificuldade para ele.
Leyda veio atrás e terminou de matar os dois espirais. Anton e Ahmed também chegaram correndo, já haviam terminado com os guardas.
- Vamos! Vamos!– disse Afanasiy..
Desceram até o salao, passando por imensas colunas de pedra. O caminho era semeado de estalagmites e irregularidades e foi bastante difícil. Afanasiy ia na frente, tinha ativado Dança Gélida o que tornava mais fácil caminhar e apoiar-se na caverna congelada. Leyda ativou Correr no Esterco e tinha a mesma vantagem. Ahmed, por sua vez, estava usando Olhos de Gato e, se nao podia evitar o chao escorregadio, ao menos via o caminho como se estivessem à luz do dia.
Anton caminhava com dificuldade mas nao caia. A forma quadrúpede dava estabilidade a Joe, mas ainda assim ele escorregava aquí e ali. Os dois vinham por último, numa caminhada enervante.
O salao era lindo. A luz dourada das tochas filtrava-se pelas figuras formadas pelo gelo, parecendo dar-lhes vida. Ladeando o caminho sul o lago de gelo era um espelho negro.
Entao chegaram. Finalmente estavam diante das entradas dos três saloes. Ahmed e Leyda foram pelo que estava à esquerda do grupo, Afanasiy pelo mais largo, à direita. Anton e Joe estavam atrás e tomaram o caminho mais estreito.
Era muito escuro. Anton tomou uma tocha, iluminando um pouco o corredor de pedra e gelo. Ouviram um movimento e algo como um murmúrio. Prosseguiram e, bem ao fundo, sob uma profusao de velhas mantas de pele e trapos, encontraram abraçadas e amontoadas quatro corpos trêmulos.
Anton chamou mentalmente os demais e disse às mulheres, em russo, que a ajuda havia chegado. Pouco a pouco elas se mostraram. A roupa de inverno masculina, grande e imunda dançava sobre seus corpos pequenos e magros. Tinham as faces encovadas, os olhos fundos e, ao moverem-se, começaram a tossir.
A mais velha tinha uns 18 anos, os cabelos louro escuros, grandes olhos azuis e sardas sobre o nariz. Outra, de uns 16, era castanha e tinha um rosto belíssimo. Da terceira sobressaíam olhos verdes imensos e assustados, e um rosto delicado e redondo. Finalmente, agarrada a um velho e estropiado animal de pelúcia, estava uma menina que nao tinha mais de 10 anos. Marina nao estava entre elas.
Joe notou os garous atrás dele. Leyda respirava com força, contendo um frenesi.
- Levaram as outras. – disse Anton, traduzindo o que disseram. – Elas estao “reservadas” para algo.
- Fazemos perguntas depois.– disse Afanasiy - Agora vamos. Rapidamente carregaram as jovens e correram para fora do salao. Subiam o caminho em direçao ao salao principal quando ouviram o som de passos e grunhidos vindos do grande corredor lateral, que levava à outra entrada.
Correram até o fim do salao, onde uma gigantesca coluna de pedra dividia o caminho em dois. Os garous com as jovens tomavam o caminho à esquerda. Uns 800 metros mais e estariam na saída.
Entao uma voz feminina e abafada gritou algo em russo no caminho congelado, à direita.
- É Marina! – disse Anton. – Vou buscá-la!
Afanasiy e Leyda já estavam na altura das pilastras. Ahmed retrocedeu um pouco e gritou:
- Joe, vem!
Joe sentiu o mundo em camara lenta e silencioso, como num sonho ou presságio. Tinha que decidir.
Do lado esquerdo, Ahmed, o impuro que mentia sobre seu defeito, entrava no caminho tortuoso, cheio de estalactites e pilastras de pedra, mas que o levaria imediatamente à liberdade e ao fim de seu compromisso com os presas de prata.
Do lado direito, diante do caminho congelado mas reto, estava Anton, o líder que, de tao verdadeiro, nao conseguira manipular o Leshy.
Joe estava no lugar onde caíram o colar de Marina e o amuleto, quando passou a hispo. Podia ver os objetos. Se no colar houvesse suor, uma mancha de sangue ou um fio de cabelo aderido, com um ritual ele descobriria a localizaçao de Marina; o amuleto podia derreter o gelo do caminho atrás deles em uma perseguição, afundando os espirais em um lago gelado, e permitindo sua fuga. Podia ser a diferença entre a vida e a morte para Anton e a refém.
Os dois caminhos tinham a mesma extençao e ambos levariam à saída. Daria na mesma, se nao fossem os espirais se aproximando-se rapidamente à direita.
- Joe! - Ahmed o chamava, enquanto Anton tentava heroicamente nao escorregar no gelo.
- ALAÍN E YURI - A HORA DA VERDADE:
- Os garous iam em direçao aos tambores. Alaín estava seguro que havia uma armadilha e, pragmático como sempre, tentava descobrir qual era. Yuri estava inquieto: sentia-se rumando ao centro de um alvo. Ativou Mordida de Prata e observou:-Se for uma armadilha, já estamos ferrados. Se não for, e não pode ser, temos que ir com tudo.
- Yuri… - disse Oleg em voz baixa e firme – Nossa ÚNICA ALTERNATIVA é ir com tudo.
- Shhhh. – fez Lorcan, temendo que o sangue-quente dos dois causasse um atrito.
Apressaram o passo, ainda que o chao escorregadiço prejudicasse seus movimentos, e seguiram o som até a entrada para o abismo de gelo eterno. Aí havia uma grande coluna de pedra e os garous se esconderam atrás.
O som foi ficando cada vez mais intenso. Entao gritos atrozes sobrepuseram o som dos tambores. Alguém tinha medo, muito medo.
Em poucos minutos viram uma estranha procissao passar pela coluna de pedra. Um grupo de espirais, deformados e em crinos, levava erguido nos braços outro espiral em crinos, pequeno, extremamente deforme e raquítico, e ainda bem jovem. A infeliz criatura urrava e se debatia, mas nao podia escapar.
Eram guiados por uma theurge, que tinha a roupa rasgada e ensanguentada. Pelas fendas da roupa via-se que segurava as próprias entranhas evisceradas, que emergiam de um corte reto e preciso, sem parecer sentir dor. De vez em quando dois espirais do cortejo, um negro com grandes orelhas de morcego e outro albino, abaixavam-se para lamber o chao e as pernas sangrentas da theurge, que os afastava com débeis chutes, enquanto empurrava as tripas de volta. O maior dos espirais levava o jovem aprisionado, enquanto outros dois tocavam tambores num ritmo tosco e monótono.
Os garous escondidos faziam um esforço para vê-los sem serem notados, mas rapidamente se deram conta que a procissao vinha em uma espécie de transe.
Dirigiam-se ao abismo de gelo eterno. O jovem gritava a plenos pulmoes, implorando piedade. Seus gritos eram perturbadores, sobretudo para garous com mais empatia, como Lorcan e Alaín. Nao se tratava de sentir pena, mas da inevitável capacidade de se por no lugar da vítima.- Rolagem:
- Lorcan rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 7 para (percepçao + empatia) e obteve: 2 6 7 2 4 5 1 Que pena, não obteve sucesso!
Alain rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 7 para (percepçao + empatia) e obteve: 5 4 3 4 1 9 3 Que pena, não obteve sucesso!
No entanto nem Lorcan nem Alaín perceberam algo que se passava no grupo.
Oleg, por sua vez, captou uma particularidade, e rosnou baixo:
- Todos sao jovens, e o lobo nao está com eles. Esses espirais sao de posto baixo. Vamos buscar os líderes no outro salao.
- Posso tentar derrubá-los com Emaranhamento da Meada. - sugeriu Lorcan, ao ver a pequena procissao aproximando-se da beira do abismo.
- Nao… - disse Oleg após uns segundos – Sao muitos, se você falhar perderemos o fator surpresa contra os líderes e teremos esses idiotas nos perseguindo.
Os garous esgueiraram-se até o salao ao lado. Era mais escuro e frio, e eles se esconderam atrás da profusao de estalagmites que ladeava o lago congelado.
Ainda na entrada, Oleg concentrou-se e ativou Visão do Campo de Batalha. (7 1 6 6 10 3 6 8, dif 5, 5 sucessos)
Mas antes que Oleg pudesse falar, os garous escutaram um ruído surdo e urros de alegria. Ouviram também gritos de terror abafados: o filhote já estava no fundo do abismo de gelo eterno. Seus gritos seriam ouvidos por muito tempo, até que finalmente se transformassem em um inaudível lamento. A crueldade do abismo estava em que a rampa de gelo liso impedia a morte imediata pela queda, assim como a fuga da vítima.
- Temos que ser rápidos, esses loucos podem vir em nossa direçao agora. – sussurrou Oleg. Em seguida rapidamente descreveu o “campo de batalha” ao companheiros.
- O salao tem um estreitamento no meio que, somado às estalagmites, quase o divide em duas câmaras. Próximo a entrada para a “segunda câmara” está um crinos grande. Perto dele há corpos imóveis no chao. No centro desta segunda câmara, atrás das algumas estalactites, estao o lobo e duas mulheres. Próximo à saída do salao, outro crinos poderoso e uma mulher grande e forte. A luz é suficiente para vermos, mas também forma sombras em que ocultarnos.
Alaín , você pegará o crinos da entrada da “segunda câmara”. Se sentir que nao pode enfrentá-lo, mantenha-o ocupado de alguma maneira.
Yuri e eu atacaremos a hidra. Eu pego o lobo e você parte para cima das mulheres, Yuri. Procure identificar e matar a theurge “uktena”. Se eu estiver perdendo, esqueça-as e me ajude com o lobo, ele é o mais importante. Lorcan vai em busca do casal na saída do salao e limpa o caminho para a fuga. Tudo rápido, quando a “procissao” chegar para ajudá-los a coisa se complicará.
E que Gaia nos ajude. Vamos!!!”
O grupo partiu com cuidado.
Avançaram pelo salao, cruzaram a primeira câmara e chegaram à entrada da segunda.
A luz das tochas era suave, quente, e seu tremular fazia dançar as sombras das colunas e estalagmites.
Com o coraçao aos saltos, Alaín viu que se aproximavam do grande espiral em crinos. Estava ajoelhado em meio a dois corpos femininos nus, imóveis no chao em horrendas e obscenas posiçoes. Deles ainda emanava calor e tinham a frescura da vida recente, mas o sangue que lhes manchava as coxas alvas escorria lento sem o bombear do coraçao.
Era a última noite de lua cheia e os dançarinos enlouquecidos avançavam sobre seu próprio tesouro humano, interessados somente em perpetrar suas perversidades.
Aquele cheiro horrível que nauseava Alaín persistia, e aqui era mais intenso e somava-se ao de sangue.
Ao ver Alaín , o espiral ergueu-se lentamente, com o corpo e a fúria esgotados pelas noites de excessos e orgias. Nao tinha pelos e seu braço direito era atrofiado. A musculatura perfeitamente desenhada sob a pele nua e escura e a violência com que se saciara indicaram a Alaín tratar-se de um ahroun.
Os outros três garous passaram atrás de Alaín e furtivamente buscaram seus alvos.
Oleg e Yuri esgueiraram-se pelas estalagmites.
No meio do salao, semi-oculto por estalagmites, um grande lobo avermelhado copulava com uma espiral em hominídeo, que fazia grotescas e lascivas caretas. A mulher era morena, de cabelos negros e lisos e tinha um belo corpo. A outra mulher era negra e, com braços anormalmente esticados, enroscando-se como serpentes escuras, acariciava luxuriosamente o infame casal. Estavam tao entregues que foram surpreendidos pelos garous.
Para azar de Yuri, qualquer uma podia haver sido uktena. Com Mordida de Prata ativado, ele tinha que decidir e atacar o mais rápido que pudesse.
- Entao era isso… – murmurou Oleg a seu lado. Tanto esforço, tantas perdas garous e o segredo estava na Lua que atiçou suas mais horrendas paixoes, vulnerando-os…- Açoes de Oleg e Lorcan:
- Oleg deixou sua raiva tomá-lo e rapidamente ativou Nas Garras do Falcao, atirando-se sobre o lobo vermelho, que apesar de muito forte, nao conseguiu escapar.
A essa altura Lorcan já estava diante de seus oponentes. O fianna era excepcionalmente destro e furtivo, e os dois espirais nem se deram conta.
A mulher loira, grande e forte, cavalgava um repugnante crinos com cabeça humana, que estava todo ensanguentado. De todos os espirais, era a única com roupa de inverno. Um detalhe, porém, destoava do traje: ela usava botas de couro negro com longas pontas de prata em vez de saltos. Com este “brinquedo” golpeava a barriga do impuro como se ele fosse um cavalo, sentada numa sela que debaixo também tinha pontas, as quais rasgavam a carne de sua montaria a cada movimento - o que o espiral parecia desfrutar muito
Lorcan teve um palpite e lançou o dom Dividir. (7 7 3 4 5 5 6 7 10 2, dif. 7, 4 sucessos)
Na mosca! O dom trouxe a tona a lembrança de ofensas e antigos rancores. A mulher ergueu sua perna e começou a passar o lado da bota na lateral da cara e do focinho do impuro, que a lambia, submisso e masoquista. Entao ela dobrou a perna e apoiou a ponta do pé suavemente na cabeça dele. O espiral rosnava baixinho. Com um movimento rápido de calcanhar, a mulher enterrou o salto-ponta na base do crânio do crinos. A lâmina atravessou o grande orifício formado pelo encaixe dos ossos e atingiu o encéfalo do infeliz.
Ela atacou o parceiro com tanto ódio e prazer que Lorcan teve certeza de que se tratava de Auubahr, a sádica que atacava os própios espirais.
Enquanto o crinos desabava com Aubaahr sentada na sela, Lorcan usou sua fúria e saltou em seu pescoço, tentando mordê-la. ( 1 1 3 2 9 9 2 8 10 6, dif. 4)
Teve um imenso êxito, e Auubahr sofrendo um dano terrível, agonizava no chao.
Lorcan terminou de matar os dois. Estava exausto, sentia a fúria abandonar seu corpo quando virou para ver como andavam os companheros.
Ao longe, os tambores voltaram a soar.
Off. Ramone, ver meu post anterior.
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