PRIMEIRO PRESSAGIO

Triunfo-de-Gaia tinha esgotado sua Fúria e agora estava limitado a atacar na mesma velocidade que qualquer humano comum.

Com Nadira caída, Mitsuki quase inofensiva e o dom de Abismo-da-Wyrm mostrando-se inefetivo, as opções dos garous pareciam desfavoráveis.

"Essa couraça de metal é bem resistente, até pra gasrras de metamorfos. Atacar agora ia causar queimaduras, a carapaça metálica deve estar superaquecida pelas chamas do Abismo. Precisamos usar a cabeça"

- Recuem pra clareira! Vamos fazer a aranha lutar dentro da água! Talvez possamos usar as árvores pra nos ajudar!

Alaín ajudou Nadira a se levantar e carregou a bastet pelo caminho de volta, observando a movimentação da aranha e procurando mais fraquezas que pudesse explorar.

Alaín ajudou Nadira a se levantar e carregou a bastet pelo caminho de volta, observando a movimentação da aranha e procurando mais fraquezas que pudesse explorar

Nadira nem teve muitas chances de agir quando fora rapidamente golpeada pela criatura fraturando alguns ossos ao se chocar em uma árvore. Nadira quando voltava à si notava Allain levando-a de volta de onde viam.

-- Allain... o que.. houve..cade aquela.. aberração... Nadira ainda um pouco tonta procurava a aranha com os seus olhos..

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Avisa quando ela estiver pronta para o combate de novo

Nadira já estava melhor, retomando o controle apesar de sentir as dores da pancada ainda. E quando observavam as duas criaturas, notavam que a arvore parecia não possuir muita chance de lhes ajudar, as laminas que contia o corpo da Aranha estavam cortando os galhos que tentavam a segurar, a medida que a arvore tentava apertar mais. A Aranha não estava totalmente presa, provavelmente com um pouco de esforço conseguira atacar os quatro ou até a própria arvore.

Sentindo-se um pouco melhor, mas com algumas dores nas costelas, Nadira se levantava com dificuldade e olhava ainda um pouco confusa com as árvores que estavam agarrando e atacando aquela aranha metálica. Nadira se preparava para atacar novamente, a felina estava sob efeito da fúria e rapidamente se colocava em combate correndo em direção à aranha, a felina tentaria novamente soltar sobre ela e usar suas presas potentes contra o 'casco' metálico dela.

Em meio aquela bagunça, Alaín observava um ponto que talvez fosse falho na aranha, na lateral esquerda da criatura havia uma marca quadrada, como se ali fosse uma pequena porta ou alçapão, porém o mesmo não tinha maçaneta ou lugar para se segurar, apenas pequenas brechas.

Alaín não podia mais contar com a velocidade da Fúria, e por isso sabia que seu próximo golpe tinha que ser preciso e certeiro. Aquelas fresta na lateral parecia uma entrada para o interior do monstro de metal que, ele esperava, era mais vulnerável por dentro.

"Aquelas brechas! Parece um fechamento hermético! Vamos arrancar essa coisa e abrir caminho!"

Alaín atacou concentrado, fazendo o movimento de "cavar", golpeando com as garras de baixo pra cima a fim de rasgar a lataria para o alto, na esperança de abrir um buraco na caparaça.

Alaín viu as defesas do monstro virarem-se contra ele, e soube que estava no caminho certo. A dor era lancinante, e o feria como nada mais já tinha feito antes.

Mas em vez de a dor conseguir distraí-lo, ela o levou a se focar ainda mais no eu alvo.

Concentrando sua Força de Vontade para ignorar a dor e direcionar seus golpes, ele atacou os fios à sua frente, rompendo-os, arrancando-os e despedaçando tudo que encontrasse no interior daquele monstro artificial. Suas defesas contra os ataques da aranha se resumiam ao mínimo que lhe permitisse continuar atacando.

Alaín sabia estar sendo golpeado, e seu corpo com certeza sentia os danos que os apêndices da aranha estavam causando, mas sua mente estava focada em seus punhos, direcionando suas garras para continuarem a atacar o interior do construto da Weaver, destruindo tudo que encontravam, sem parar enquanto houvesse força para lutar.

Ele percebeu a bastet juntar-se ao seu foco no ataque, e do mesmo modo, também dividir a resiliência aos danos. Ainda menor que ele, ela também não aguentaria aquelas aguilhoadas por muito tempo, o que tornava urgente a derrota do monstro.

Enquanto as faíscas voavam e a aberração metálica estremecia, Alaín também percebia suas forças minguarem. Não havia mais Fúria para impulsioná-lo, e mesmo sua Força de Vontade já estava rareando. Com o poder muscular o abandonando rapidamente, ele procurava focar sua mente em seu objetivo, forçando seu corpo até o limite, obcecado com a vitória.

Mas o escuro caiu sobre ele antes que pudesse ver o triunfo se consolidar.

Em sua forma de grande felina, a bastet mordia tudo que seu focinho encontrava porém ao mesmo tempo que tal manobra era devastadora contra seus inimigos ela não permitia a bastet se proteger de qualquer ataque do inimigo. Por um momento a felina acreditou que somente ela e Alaín seriam suficientes para deterem aquela aberração...Quando a bastet sentia a agulha da criatura perfurar o seu corpo, o corpo da gata cambaleava...sua visão escurecia...ela estava perdendo a consciência e justo durante a batalha. A bastet não podia se sentir pior...falhou em proteger seus companheiro e em sua missão com os Uktenas. " Não... agora não... não quando estava.. tão perto.." A última coisa que sentira era a aranha metálica suspender o seu corpo e arremessa-lo ao ar como se fosse nada.. a visão da felina se fechava ao cair no chão tomada pela trevas da inconsciência.

Alaín acordou ainda assombrado pelos últimos momentos de consciência, sentindo os efeitos remanescentes da luta até a morte da aranha.

As palavras de Folhas-do-Futuro foram tão espantosas quanto reconfortantes.

- Quer dizer que a morte da aranha libertou os garous que estavam presos em forma de árvore? Isso é muito bom! Não entendo exatamente como isso aconteceu, as coisas místicas não são o meu forte, mas presumo que vocês continuarão a investigar, certo? Mas é sempre um prazer ajudar irmãos garous, contem comigo se precisarem!

A bastet acordava lentamente, se esforçando em montar alguma lógica em meio as memórias que teve ontem durante a luta contra a serva da Weaver, as palavras de Folhas-do-Futuro lhe pareciam assombrosas devido ao tempo em que ficaram inconscientes. " Três dias... inconsciente... " Nadira se sentia mal, era para eles terem os ajudado ao invés de lhes darem trabalho, a felina se levantava e sentava no chão preparando-se para as desculpas quando Folhas-do-Futuro lhes dizia que os garou foram salvos fazendo um sorriso surgir em seu rosto. -- Isso é ótimo! Fico feliz em termos ajudados. Mas... então os garou realmente estavam sendo usados como cobaias.. isso é terrível. Nadira esperava mais respostas de Folhas-do-Futuro sobre o caso e provavelmente iria pedir ao velho ancião que lhe compartilhasse um segredo de sua tribo em forma de gratidão. -- Entendo que sua tribo respeite os segredos assim como os Bastes, porém renome entre os garou não é o que procuro... Claro que ajudar os nosso primos e estreitar nossos laços tão separados me reconforta, mas sou uma coletora de segredos e para mim não haveria honra maior se compartilhassem um segredo comigo.

Alaín achou extremamente descortês da parte da bastet pedir pra conhecer os segredos dos uktenas. Aquilo lhe parecia não somente uma ingratidão com seus anfitriões, mas também um risco desnecessário aos protocolos de defesa dos garous. Não conseguiu disfarçar sua expressão de desagrado, mas não disse nada.

Já ao pensar sobre o mistério dos garous presos no subterrâneo, ele intuiu mais perigos guardados ali. Havia muitas coisas que ainda precisariam ser esclarecidas, e a área estava perto demais da seita dos uktenas para ignorarem os riscos potenciais.

Ele fez uma mesura para folhas-do-Futuro:

- Eu agradeço sua hospitalidade prolongada, Folhas-rhya! Aprenderei tanto quanto puder com vocês! Quando voltar aos meus, procurarei quem possa ajudar na investigações sobre os ocorridos naquele subterrâneo sinistro. E continuarei a ajudá-los em tudo que puder.

O presa de prata já repassava mentalmente todos os conhecidos que tinha entre os andarilhos do asfalto, filhos de Gaia, peregrinos silenciosos e quaisquer outros que ele achasse que poderiam ser úteis no desvendar daquele mistério.

A jovem bastet não se sentira incomodada com o seu pedido, pois assim eram os bastet... os segredos eram mais do que meras moedas com que se pagavam serviços, mas sim questão de vida e de morte para um povo que era tão independente e isolados entre si. A bastet notava o desconforto que seu comentário havia causado entre os lobos e sem demonstrar arrependimento algum falava de forma firme e com um odioso olhar sereno no rosto. -- Não entendo o por que desses rostos... apenas fazemos o que Gaia nos mandou fazer...e... O semblante calmo dava lugar a um sorriso singelo. --...Nós bastes sabemos guardar nossos segredos tão bem quanto protegemos nossos amigos, eu não quero a gratidão de vocês por um simples motivos... para mim já somos amigos...e protegeria qualquer Uktena de Vancouver com a minha própria vida.. A amizade de um Bastes é por toda a vida... e claro que isso se aplica à você Alaín e a Mitzuki. Mesmo quando se desculpava, a aura elegante da felina era evidente até mesmo nos mais simples gestos. -- Não foi minha intenção ofende-los... acho que seria incapaz disso ainda mais estando em sua casa. Seria muito descortês de minha parte.

Após se desculpar, a felina se concentrava nas palavras de Folhas-do-Futuro acerca do misterioso laboratório nas entranhas de Vancouver. -- Em funcionamento à tanto tempo...O que mais me preocupa é a proximidade com a seu povo...Os responsáveis devem ser detidos...A felina agradecia a hospitalidade dos Uktenas sempre mostrando certa preocupação com os garou feridos já que ela mesma deslumbrou o terror pelo qual eles passaram, Nadira se lembrava do sonho que a árvore lhe dera e decidia compartilhar com o velho garou Folhas-do-Futuro como demonstração de bom grado. Muito obrigada por ter cuidado de nós e pela ótima hospitalidade com a qual nos acolheu e...irei adorar ficar um pouco mais entre vocês lobos e gostaria de lhe compartilhar uma visão que tive quando uma daquelas árvores me pegou... Quando os garou deslizaram pela Umbra, eu pude ouvir uma música muito semelhante a dos Uktenas, aquele som me deixara intrigada e a segui... ao que parecia era uma emboscada e o espirito corrompido dala tomou forma e me atacou, eu lutei como pude porém ele injetou alguma substância estranha que me fez... ter uma visão do laboratório onde os Uktenas estavam... ao que pareciam servindo de cobaias, porém o que mais me intrigou foi ver uma aranha gigantesca...ela parecia conduzir os experimentos... Quando acordei. Nadira terminava o seu relato compartilhando com Folhas-do-Futuro aquela informação em sinal de desculpas pelo seu comportamento levemente obsessivo.