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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Lua Ter 10 Nov 2015 - 11:30

O ano de 2015 começou com uma vida diferente para Klauss.

Agora ele vivia no Brasil, tinha deixado sua matilha e já percebia os benefícios e responsabilidades do novo posto.

Kamau lhe havia encarregado de organizar o vigilância da noite, o que consistia em liderar um grupo bastante heterogêneo. Raul já estava com a cabeça em Serpente do Brejo, caern que passaria a servir em fevereiro, se tudo corresse bem; Mão-Sangrenta, a ahroun fianna irlandesa, ainda se adaptava a Fonte Fria; e finalmente Silas era um balam de poucos palavras, que preferia trabalhar sozinho.

O Vigia Kamau gostava de idéias novas e estava disposto a implementar muitas das sugestões de Klauss. Mas esbarrava no conservadorismo de Anton. Controlador, ele continuava dando palpite como se ainda fosse o Vigia e Kamau, apesar do respeito pelo ancião, revidava de uma maneira que parecia arrogante ao presa de prata. Os dois viviam às turras.

Rapidamente Klauss percebeu que, dependendo da situação, era mais prático falar com Julián.

Por isso conversavam calmamente na varanda da casa sede, quando uma visita chegou.

Era uma mulher negra, de baixa estatura, que usava óculos escuros redondos, blusa branca com saia estampada e uma inconveniente correntinha de prata, atada a duas pedras brilhantes em seu colarinho. Andava com cuidado, aproximando-se lentamente da casa.

Spoiler:

- Aretha!... -  murmurou Julián consigo mesmo ao vê-la.

Depois disse, voltando-se a Klauss.

- É uma velha amiga corax. Uma figura, Klauss! Você vai gostar de conhecê-la.

Mas quando ela chegou até eles, nao parecia uma pessoa assim tao divertida. Apesar dos cumprimentos carinhosos entre os dois, quando Julián, sem se importar com a prata, abraçou-a, foi ela quem encolheu-se toda, ficando rígida.

- Tudo bem com você? – perguntou Julián - Está ferida?

A corax desviou o olhar e assentiu:

- Muito mais do que parece.
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Mensagem  Klauss Krugger Ter 10 Nov 2015 - 12:59

- Aretha!... - murmurou Julián consigo mesmo ao vê-la.

Depois disse, voltando-se a Klauss.

- É uma velha amiga corax. Uma figura, Klauss! Você vai gostar de conhecê-la.

*Sorrio ao responder o filodox.*

-- Nunca conheci uma corax, realmente você merece o titulo de amigo das feras...

Mas quando ela chegou até eles, nao parecia uma pessoa assim tao divertida. Apesar dos cumprimentos carinhosos entre os dois, quando Julián, sem se importar com a prata, abraçou-a, foi ela quem encolheu-se toda, ficando rígida.

- Tudo bem com você? – perguntou Julián - Está ferida?

A corax desviou o olhar e assentiu:

- Muito mais do que parece.

*Quando Julian faz menção sobre ela estar ferida me levanto imediatamente sedendo meu lugar a ela.*

-- Acredito que queiram falar a sós, se precisar de alguma coisa Julian-rya é só me chamar.
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Mensagem  Lua Sex 13 Nov 2015 - 9:47

-- Acredito que queiram falar a sós, se precisar de alguma coisa Julian-rya é só me chamar.
- Não se preocupe. – disse Aretha suavemente, enquanto puxava uma outra cadeira e se sentava nela com uma leveza impressionante – Não sou de esconder nada.

Então inclinou a cabeça para um lado e observou Klauss por uns segundos.

- Americano, não? – disse sorrindo – Julián, você tem mesmo um fraco pelos gringos, heim? Ainda me lembro da história do seu amigo fomor. Como se chamava? Hum… algo como Johnson & Johnson…

- John Johnson. – respondeu Julián com cara de “ai, ai, ai”.  E, voltando-se a Klauss, explicou:

- Isso faz mas de vinte anos, eu era um garoto. Vivia quase isolado na Amazônia e tinha um amigo de quem gostava muito. Ao fim descobri que era um fomor. De verdade que me doeu matá-lo… e ganhei essas cicatrizes para recordar – Julián indicou a pele esburacada de seu rosto e pescoço – Mas tudo é um aprendizado.

- Biopiratas americanos. – disse Aretha – Naquela ocasião eram lacaios da Wyrm mas nem sempre é assim. Muitas vezes são só cidadãos do seu país, Klauss, como sempre pilhando a terra dos outros sob o pretexto de salvá-las. Vi tanto disso, inclusive de garous, que me dá asco.

- Todos os povos têm seus pecados. – disse Julián em tom conciliador.

- Isso sim! – disse Aretha – Russos e chineses são ainda piores, mas pelo menos estão longe.

- Nem tanto... – disse Julián olhando em direção a Administração. – Mas Aretha…

- O que me irrita nos americanos ou estadunidenses como você diz, em espanhol é bem mais correto, o que me irrita neles é a desinformação que plantam com sua cultura rasteira. Filmes, livros, videoclipes… latinos são sempre narcotraficantes, franceses sedutores afetados… nós negros, já não. Agora estamos bem na fita. Os gringos finalmente descobriram a miscigenação e agora acham que sao o único país multicultural do mundo..

E blá blá blá blá. Aretha continuou falando mal dos EUA até que Julián a cortou:

- Aretha, eu estou muito feliz de revê-la mas acho que você não veio aqui só me visitar.

De repente, ela ficou séria.

- Nao... Eu queria revê-lo e morria por conhecer um caern de fertilidade, mas a razão é outra.

Faz uns meses um grupo de fomori me atacou. Acabaram comigo... Quando caí no asfalto, empapada de sangue e com todos os ossos quebrados, pensei que era meu fim. Mas o pesadelo só estava começando, se é que vocês me entendem… Havia um daqueles fomor…


Aretha limpou uma lágrima que escorreu debaixo de seus óculos escuros e nao conseguiu terminar a frase. Depois respirou fundo e prosseguiu.

- Não sei como sobrevivi. Recuperei-me me fisicamente mas esses meses não têm sido fáceis. Então me lembrei de você e pensei que aqui deveria haver umas tantas fúrias negras… com aqueles rituais capazes de fazer esquecer abusos.

Mas quando estava chegando, mudei de opinião. Esquecer é perder informação, não quero isso. Então tenho outro pedido.

Eu continuo sendo perseguida. De uns tempos para cá percebi que quando procurava um contato, ou ele havia desaparecido, ou acabara de morrer. Alguém se antecipava à minha chegada e os eliminava. Caramba, virei o próprio corvo agourento que leva a morte! Troquei computador, provedor, celular, e a coisa seguia. Então comecei a fazer do jeito tradicional. Aparecendo sem avisar, acampando em vez de registrar-me em hotéis. Só vim aquí quando estive segura que nao ia trazer desgraça para o caern.

Mas eu fiquei covarde, Julián. Tenho que admitir. Essa vida me dá medo. Tenho que investigar o que ocorre, buscar contatos em vários pontos do país, mas é uma tortura. Por mais vergonha que me dê confessar, estou evitando de procurar informações por medo de um novo ataque.

Então, em vez do ritual, preciso que você me “empreste” uma fúria negra para me acompanhar na investigação.


- Tem que ser fúria negra? – perguntou Julián.

- Só elas me entenderiam. – disse Aretha.

- Eu tenho três fúrias aqui. Mas há questões. Agnella é a Vigia da Terra e com razão. É um tanque de guerra na proteção do caern mas pouco versátil para o que você precisa. E cuida de filhos pequenos..

- Filhos? Com “o”. Uma fúria que conserva os meninos? – Aretha se inclinou para frente, a curiosidade falando mais forte.

- Sim. Depois tem a Íria, mas ela a Mestra dos Rituais. Quem eu teria disponível é a Monalisa, mas ela é uma ragabash melhor em espionagem que em combate. E esperta você sabe ser sozinha, Aretha. Precisa é de quem a proteja.

- Mas ela pode virar um crinos de três metros, ora. Já é melhor que meu ridículo Rara Avis.

- Eu pensei em Klauss. – disse Julián apontando o fenrir – É o melhor reforço que nós recebemos em anos e ainda não está preso ao caern. Sem falar que deseja conhecer o país, seria perfeito.

- Sem ofensa… - disse Aretha – Mas eu prefiro a Monalisa.

- Você está ameaçada por alguém que manda bandos de fomori. Precisa de proteçao de verdade, a de um ahroun cria de fenris.

- Ahhhh, não! – interrompeu Aretha – Desculpe, eu respeito muito os crias de fenris, sao nossos aliadas tradicionais. Mas, neste momento, não aguentaria a companhia de um brutamontes machista…

- Você está me subestimando?! – irritou-se Julian – Se indico Klauss é porque ele é um fenrir diferente, muito acima da média. Eu conheço meus garous, sei o que estou fazendo.

- Estou ouvindo isso de um philodox que era amigo de um fomor? – provocou Aretha com uma cara de criança que fez arte.

teste de fúria:

Foi demais para Klauss. Aquela mulher estava pedindo um favor e ainda assim era arrogante, disparava preconceitos por toda parte apesar de se queixar deles e, como se nao bastasse, agora estava jogando na cara do líder um erro do começo de sua vida de garou.

A lua corcunda* que começava a insinuar-se no céu deu o impulso que faltava à sua raiva e Klauss sentiu-se entrar em frenesi.



* estimo que vocês estejam no fim da segunda semana de janeiro.
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Mensagem  Klauss Krugger Ter 17 Nov 2015 - 10:53

- Não se preocupe. – disse Aretha suavemente, enquanto puxava uma outra cadeira e se sentava nela com uma leveza impressionante – Não sou de esconder nada.

Então inclinou a cabeça para um lado e observou Klauss por uns segundos.

- Americano, não? – disse sorrindo – Julián, você tem mesmo um fraco pelos gringos, heim? Ainda me lembro da história do seu amigo fomor. Como se chamava? Hum… algo como Johnson & Johnson…

- John Johnson. – respondeu Julián com cara de “ai, ai, ai”. E, voltando-se a Klauss, explicou:

- Isso faz mas de vinte anos, eu era um garoto. Vivia quase isolado na Amazônia e tinha um amigo de quem gostava muito. Ao fim descobri que era um fomor. De verdade que me doeu matá-lo… e ganhei essas cicatrizes para recordar – Julián indicou a pele esburacada de seu rosto e pescoço – Mas tudo é um aprendizado.

-- Não me deve explicações Julian-rya se o senhor fez o que deveria ser feito está correto.


- Biopiratas americanos. – disse Aretha – Naquela ocasião eram lacaios da Wyrm mas nem sempre é assim. Muitas vezes são só cidadãos do seu país, Klauss, como sempre pilhando a terra dos outros sob o pretexto de salvá-las. Vi tanto disso, inclusive de garous, que me dá asco.

- Todos os povos têm seus pecados. – disse Julián em tom conciliador.

- Isso sim! – disse Aretha – Russos e chineses são ainda piores, mas pelo menos estão longe.

- Nem tanto... – disse Julián olhando em direção a Administração. – Mas Aretha…

- O que me irrita nos americanos ou estadunidenses como você diz, em espanhol é bem mais correto, o que me irrita neles é a desinformação que plantam com sua cultura rasteira. Filmes, livros, videoclipes… latinos são sempre narcotraficantes, franceses sedutores afetados… nós negros, já não. Agora estamos bem na fita. Os gringos finalmente descobriram a miscigenação e agora acham que sao o único país multicultural do mundo..

-- Pois tive a infelicidade de nascer nos Estados Unidos, mas vivi a maior parte de minha vida no Canadá... e como dizemos por lá, se os "Estadunidenses" querem explorar o 3º mundo eles vão para o sul... os Canadenses quando querem explorar o 3º Mundo, também vão para o sul, mas não tanto quanto os americanos.

Faz uns meses um grupo de fomori me atacou. Acabaram comigo... Quando caí no asfalto, empapada de sangue e com todos os ossos quebrados, pensei que era meu fim. Mas o pesadelo só estava começando, se é que vocês me entendem… Havia um daqueles fomor…

Aretha limpou uma lágrima que escorreu debaixo de seus óculos escuros e nao conseguiu terminar a frase. Depois respirou fundo e prosseguiu.

- Não sei como sobrevivi. Recuperei-me me fisicamente mas esses meses não têm sido fáceis. Então me lembrei de você e pensei que aqui deveria haver umas tantas fúrias negras… com aqueles rituais capazes de fazer esquecer abusos.

Mas quando estava chegando, mudei de opinião. Esquecer é perder informação, não quero isso. Então tenho outro pedido.

*Inconcientemente fecho o punho com força, e me vem a mente a visão dos fomori se alimentando e tendo relações sexuais com cadaveres dentro de Babel, porém me mantenho em silencio.*

Eu continuo sendo perseguida. De uns tempos para cá percebi que quando procurava um contato, ou ele havia desaparecido, ou acabara de morrer. Alguém se antecipava à minha chegada e os eliminava. Caramba, virei o próprio corvo agourento que leva a morte! Troquei computador, provedor, celular, e a coisa seguia. Então comecei a fazer do jeito tradicional. Aparecendo sem avisar, acampando em vez de registrar-me em hotéis. Só vim aquí quando estive segura que nao ia trazer desgraça para o caern.

Mas eu fiquei covarde, Julián. Tenho que admitir. Essa vida me dá medo. Tenho que investigar o que ocorre, buscar contatos em vários pontos do país, mas é uma tortura. Por mais vergonha que me dê confessar, estou evitando de procurar informações por medo de um novo ataque.

Então, em vez do ritual, preciso que você me “empreste” uma fúria negra para me acompanhar na investigação.

- Tem que ser fúria negra? – perguntou Julián.

- Só elas me entenderiam. – disse Aretha.

- Eu tenho três fúrias aqui. Mas há questões. Agnella é a Vigia da Terra e com razão. É um tanque de guerra na proteção do caern mas pouco versátil para o que você precisa. E cuida de filhos pequenos..

- Filhos? Com “o”. Uma fúria que conserva os meninos? – Aretha se inclinou para frente, a curiosidade falando mais forte.

- Sim. Depois tem a Íria, mas ela a Mestra dos Rituais. Quem eu teria disponível é a Monalisa, mas ela é uma ragabash melhor em espionagem que em combate. E esperta você sabe ser sozinha, Aretha. Precisa é de quem a proteja.

- Mas ela pode virar um crinos de três metros, ora. Já é melhor que meu ridículo Rara Avis.

- Eu pensei em Klauss. – disse Julián apontando o fenrir – É o melhor reforço que nós recebemos em anos e ainda não está preso ao caern. Sem falar que deseja conhecer o país, seria perfeito.

*A menção de meu nome da parte de Julian me atinge como uma marreta me trazendo a realidade novamente.*

Você está ameaçada por alguém que manda bandos de fomori. Precisa de proteçao de verdade, a de um ahroun cria de fenris.

- Ahhhh, não! – interrompeu Aretha – Desculpe, eu respeito muito os crias de fenris, sao nossos aliadas tradicionais. Mas, neste momento, não aguentaria a companhia de um brutamontes machista…

- Você está me subestimando?! – irritou-se Julian – Se indico Klauss é porque ele é um fenrir diferente, muito acima da média. Eu conheço meus garous, sei o que estou fazendo.

- Estou ouvindo isso de um philodox que era amigo de um fomor? – provocou Aretha com uma cara de criança que fez arte.

* Esfrego minha mão com força na parte de trás de meu pescoço enquanto respiro fundo.*

-- Me desculpe Aretha sei que a principal arma de seu povo é justamente a lingua afiada... mas acredito que me provocando dessa forma não conseguirá a ajuda que precisa... posso ser um dos Presas de Garm, mas ainda há sangue dos Crias de Fenris correndo em minhas veias e ele fala mais alto muitas vezes... *respiro fundo enquanto a encaro* sendo sincero eu gostaria de direcionar minha fúria para os desgraçados que a estão caçando, se quiser minha ajuda a teŕa, caso contrário peço que meça suas palavras. pois se respeita tanto os crias de fenris não deveria falar com um dessa forma. Se me derem licença...

*Levanto e saio da area da casa.*

off
Gasto de "PONTOS" de força de vontade para evitar o frenesi, até a quantidade para superar os sucessos do teste de fúria.





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Mensagem  Lua Ter 17 Nov 2015 - 15:32

-- Não me deve explicações Julian-rya se o senhor fez o que deveria ser feito está correto.
- Por supuesto que eu não lhe devo explicações. Se estou contando é porque gosto dos relatos, como bom peregrino silencioso, e de esclarecer todas as coisas, como bom philodox.

As palavras firmes de Julián voltaram à mente de Klauss. Não é que ele tivesse pensado muito nelas, mas agora causavam certa preocupação. Klauss havia visto como umas caretas e poucas palavras tinham indisposto Laura com Alain na missão que concluíram. Os anciões podiam ser realmente melindrosos.

Pensou nisso quando viu Julián caminhando em sua direção.

- Tudo bem? – disse ele,  sentando-se ao seu lado. – Ela realmente soube como ser chata, não?

Já não parecia irritado, ao contrário, tinha o mesmo jeito boa praça de sempre.

- A moça quer se desculpar, Klauss. Não se zangue com ela. Pode ser insuportavelmente curiosa e tagarela, mas esse tom agressivo não é de sua personalidade. Eu a conheço bem, só está tentando não desmoronar.

Gostaria muito que você a ajudasse. É uma excelente pessoa e muito boa amiga e eu gostaria de dar-lhe a melhor opção de guardião que tenho.

E também acho que será benéfico para você. Não lhe estaria propondo esta nova missão se não soubesse que podem se dar bem.  Agora venha, por favor. Vamos ouvir seu pedido de desculpas e o que mais ela tem a dizer.


Julián levantou-se e ficou esperando Klauss fazer o mesmo.
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Mensagem  Klauss Krugger Ter 17 Nov 2015 - 18:19

- Tudo bem? – disse ele, sentando-se ao seu lado. – Ela realmente soube como ser chata, não?

-- Peço desculpas por ter sido desrespeitoso Julian-rya e eu o fiz duas vezes a primeira quando disse que não me deve explicações a segunda ao me retirar foi para conter minha fúria, o senhor em a reputação de amigo das feras e eu não queria mancha-la derramando sangue de sua aliada...

- A moça quer se desculpar, Klauss. Não se zangue com ela. Pode ser insuportavelmente curiosa e tagarela, mas esse tom agressivo não é de sua personalidade. Eu a conheço bem, só está tentando não desmoronar.

Gostaria muito que você a ajudasse. É uma excelente pessoa e muito boa amiga e eu gostaria de dar-lhe a melhor opção de guardião que tenho.

E também acho que será benéfico para você. Não lhe estaria propondo esta nova missão se não soubesse que podem se dar bem. Agora venha, por favor. Vamos ouvir seu pedido de desculpas e o que mais ela tem a dizer.

Julián levantou-se e ficou esperando Klauss fazer o mesmo.

*Levanto-me imediatamente.*

-- Todos erramos algum dia, e ter uma segunda chance de levantar a cabeça e seguir em frente são poucos que o fazem. E ela não precisa pedir desculpas... quem deve desculpas a ela sou eu, afinal de contas fui obrigado a me retirar para me conter... e não posso simplesmente virar as costas a quem precisa como o senhor ja percebeu... não é de minha natureza.
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Mensagem  Lua Qua 18 Nov 2015 - 13:28

-
- Todos erramos algum dia, e ter uma segunda chance de levantar a cabeça e seguir em frente são poucos que o fazem. E ela não precisa pedir desculpas… quem deve desculpas a ela sou eu, afinal de contas fui obrigado a me retirar para me conter... e não posso simplesmente virar as costas a quem precisa como o senhor ja percebeu... não é de minha natureza.
Julián sorriu satisfeito.

- Esse é o espírito da seita: dar segundas chances. Sempre tentar recuperar um garou ou outro metamorfo antes de descartá-lo, seja da maneira que for. Pode ser contra o pensamento de muitos lobisomens, mas a verdade é que ninguém sabe tao bem o quanto é rara e valiosa a vida de cada guerreiro de Gaia como a seita de um caern de fertilidade.

Felizmente Aretha está viva e tomou o susto que precisava. Se ela falasse dessa maneira com outros garous, em outras circunstâncias, ia acabar morta.

Eu sei que você nao lhe dará as costas no momento em que precisa, Klauss. Nao levei muito tempo para ver de que fibra é você é feito.


Caminharam até a casa sede em silêncio. Mas antes de entrar, Julián se deteve e disse:

- Todos dizem que sou amigo das feras, nao é  mesmo? Alguns até com maldade, embora nao seja, em absoluto, seu caso. Mas se tem um conselho que eu posso lhe dar é: nao perca a oportunidade de ser amigo de outro tipo de metamorfo. Nunca. Sobretudo na América do Sul. Pode fazer toda a diferença em algum momento.

Entraram na sede e encontraram Aretha sentada encolhida em um sofá. Havia retirado os óculos, de modo que seus grandes olhos ressaltavam na cabeça redonda e de cabelos curtos como os de um verdadeiro pássaro.

- Desculpa, Klauss. – disse ela com simplicidade – Ás vezes eu falo demais. Ajude-me, por favor.

****

(após Klauss aceitar a missão)

Na manha seguinte, Klauss despertou muito cedo, pensando na viagem que fariam em busca dos contatos de Aretha.

Iam nas motos de Nádia e Raul, seguindo uma rota que, basicamente, partia de Sao Paulo em direçao Curitiba, depois um parque nacional chamado Caraça, em Minas Gerais, Salvador e finalmente, Rio de Janeiro, de onde voltariam.

Julián lhe havia entregado um envelope com dinheiro suficiente para fazerem a viagem sem preocupar-se com custos.

Klauss ainda ia falar com Julían e Aretha, mas como nao era do tipo que apenas fica esperando ordens, já tinha começado a elencar tudo o que precisava fazer, perguntar e organizar antes de saírem para a longa viagem.



(Off: ainda que Klauss nao conheça o Brasil, ele já estava com idéia de viajar e pode ter se informado sobre lugares e coisas. Entao, se quiser percorrer uma estrada em particular, comprar equipamento, tomar alguma providência, etc. fique à vontade.)
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Mensagem  Klauss Krugger Qua 18 Nov 2015 - 13:50

Entraram na sede e encontraram Aretha sentada encolhida em um sofá. Havia retirado os óculos, de modo que seus grandes olhos ressaltavam na cabeça redonda e de cabelos curtos como os de um verdadeiro pássaro.

- Desculpa, Klauss. – disse ela com simplicidade – Ás vezes eu falo demais. Ajude-me, por favor.

-- Não precisa se desculpar... qualquer pessoa na sua situação agiria da mesma forma...

-- ... Bem você falou que foi obrigada a sumir, aparecer do nada e sem avisar, pois eles estavam o tempo todo lhe caçando... pois agora vamos fazer o contrario, você vai se tornar publica novamente, você vai chamar a atenção, eu gostaria de mochilar e acampar por onde formos, mas vamos precisar que seu nome apareça na rede novamente ficar em hoteis, pagar com cartão de crédito eu vou segui-la sempre me registrando com outros nomes por onde passar para não levantar suspeitas de que voce arranjou um guarda costas, mais cedo ou mais tarde eles vão tentar pega-la novamente e é nessa hora que resolveremos seu problema. Concorda comigo?

--------

*Organizo meus poucos pertences na mochila, guardo parte do dinheiro que Julian me deu na mochila, uma pequena parte carrego comigo, me despeço de Virna e dos demais desejando boa sorte no vestibular, conto a Virna sobre a missão que Julian me atribuiu prometendo me comunicar quando pudesse e com tudo pronto iniciamos nossa viajem ao sul... Curitiba.*

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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Lua Qui 19 Nov 2015 - 13:55

Klauss e Aretha partiram de moto rumo a São Paulo.

Ela não estava acostumada, então, mais ou menos na metade do trajeto pararam para tomar um refrigerante e descansar as pernas.

Klauss ficou observando as semelhanças e diferenças do mesmo tipo de estabelecimento no Canadá. Aretha fuçava nas revistas e cds que estavam à venda.

Então uma canção começou a tocar e ela riu consigo mesma:

“Sei que você quer voltar
Quem sou eu pra recusar
O amor supera tudo
Preciso do teu olhar

Não tenha medo da sorte
Ela não vai castigar
Quem ama sempre perdoa
Por isso vou perdoar

O frio da madrugada já surrou meu corpo
Nessa cidade quase fiquei louco
Saudade é fogo e vai queimando aos poucos o coração…


- Eiiita, é música de corno mais eu gosto. - disse ela rindo.

Klauss já entendia mais o menos o português e conseguiu compreender a razão do rótulo.

- Agora os cantores sertanejos usam chapéu de cowboy. Para você deve parecer engraçado. – disse Aretha – Mas antigamente era pior, usavam uns cabelos compridos que você não imagina. Eram assim…

E foi descrevendo. Os dois riram. Mas quando saíram ao ar livre e ela viu que não havia ninguém em volta, tocou em um assunto mais sério:

- Sobre seu plano, Klauss,  a questão é que não castigam só a mim, Estão eliminando meus contatos quando eu tento buscá-los. Se eu fizer como você disse, podem vir até nós. Mas também podem matar o próximo contato que busco, entende?
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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Klauss Krugger Ter 24 Nov 2015 - 6:00

- Eiiita, é música de corno mais eu gosto. - disse ela rindo.

Klauss já entendia mais o menos o português e conseguiu compreender a razão do rótulo.

- Agora os cantores sertanejos usam chapéu de cowboy. Para você deve parecer engraçado. – disse Aretha – Mas antigamente era pior, usavam uns cabelos compridos que você não imagina. Eram assim…

*Sem conter o riso.*

-- Você acabou de me descrever o Raul... incluindo a dor de cotovelo de corno... tenho que me lembrar disso mais tarde...

- Sobre seu plano, Klauss,  a questão é que não castigam só a mim, Estão eliminando meus contatos quando eu tento buscá-los. Se eu fizer como você disse, podem vir até nós. Mas também podem matar o próximo contato que busco, entende?

*Pego um dos mapas rodoviários que provavelmente estaria a venda nesse tipo de estabelecimento, o abro e coloco sobre a mesa e mostro no mapa e falo serio com ela.*

-- Nesse caso não vamos atrás de nenhum contato, quando chegarmos a Curitiba vamos ligar para cá...Foz do Iguaçu... reserva em hotel, você reserva com seu cartão de crédito... ligando de seu celular eu ligo de um telefone publico e faço a reserva... se for necessário fazemos um deposito para garantir minha hospedagem, tentaremos pegar os quartos no mesmo andar para facilitar nossa comunicação e sempre que você for sair, irei logo em seguida, chegaremos ao hotel com alguns minutos de diferença para não levantarmos suspeita de quem a está caçando... programa de turista mesmo... passeio nas Cataratas do Iguaçu e tudo mais...

*Volto a sorrir.*

-- Mas até la não tem porque não aproveitarmos a viagem... afinal de contas de Curitiba a Foz do Iguaçu são mais de 800 km, então faremos as paradas habituais para lanche e esticar as pernas... caso você queira passar a noite em algum lugar... *mostro o mapa lendo as legendas da parte turística* temos aqui ... Prudentópolis... terra das cachoeiras gigantes... se você tiver afim de um passeio diferente... pelo que vejo a cidade é pequena... caso queira uma cidade um pouco maior... vejamos...  Ponta Grossa... o que vem a ser essa Vila Velha... ah ... legal formações rochosas... o que você recomenda???

Spoiler:

Off. Recomendo o rapel no Salto São Franciso, são aproximadamente 196 metros de cachoeira... o inconveniente a água é extremamente gelada
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Mensagem  Lua Qua 25 Nov 2015 - 14:55

Aretha olhou para o mapa enquanto Klauss explicava e foi assentindo com a cabeça.

Quando ele falou de fazer algum turismo e apontou para as fotos, a corax se abaixou mais sobre o mapa e ficou inclinando a cabeça em movimentos curtos e rápidos, como se quisesse ver com cada um dos olhos independentemente, à moda dos pássaros. Era engraçado e Klauss pensou se ele também não teria algum gesto vagamente lupino na forma hominídea.

A foto da cachoeira a fascinou.

- Aqui! – disse cutucando o mapa com o dedo – Prudentópolis. Aí quero ir!

Depois disse em um tom mais comedido:

- Tenho que falar com dois contatos antes de chegarmos a Curitiba. E Julián me fez memorizar endereços de parentes que podem nos dar abrigo e informações. No mais, vamos parando onde as caibras, o sono e o estômago mandarem. E onde for bonito e nos der vontade, pois em todos os lugares há o que ver e aprender!

***

Voltaram à estrada em direçao à Sao Paulo.

Klauss reconheceu a feiúra intimidante de Guarulhos, sua porta de entrada no país devido ao aeroporto. E quando chegaram a Sao Paulo, sentiu que a capital do Estado nao era nem um pouco melhor. A mesma feiúra cinzenta, pichaçoes, lixo espalhado, tralhas sob os viadutos e pobreza.

As ruas foram se tornando mais agradáveis e arborizadas à medida que se aproximaram do seu destino, no bairro do Ipiranga, mas a impressão geral deixada por São Paulo ainda era a de uma imensidade opressiva.

Chegaram a um bonito edifício, onde os pais de Jamile os esperavam. Ficariam no apartamento deles pois, depois da saída da filha, tinham muito espaço para receber convidados.

- Além disso, Virna está hospedada com meu cunhado para ver se faz a avoada da Najla estudar, então é melhor não juntar os namorados, não é mesmo, Klauss? – disse d. Esperança enquanto guiava-os até os respectivos quartos -  Para não distraí-las, vamos roubar o prazer de receber vocês para nós.

Era uma mulher de uns quarenta anos, bonita, franca e simpática que, de algum modo, lembrava uma feiticeira do bem.

Klauss viu os olhos de Aretha se voltarem para ele, arregalados como os de um corvo diante da carniça:

- Entao você tem namorada? Virna? Virna de quê? De onde ela é? Ela é…

- É parente, como nós. – disse d. Esperança fazendo um movimento enfático com os braços cheias de pulseiras - Podem falar, sabemos dos garous.

Aretha só faltava pular. Nao sabia se ficava mais doida com as jóias e penduricalhos brilhantes do traje d. Esperança ou com a sua língua-solta.

Mas nao tinham vindo para conversar. Após instalarem-se, tomarem uma ducha e almoçarem, d. Esperança levou-os até a USP.

Foi o primeiro contato de Klauss com a Cidade Universitária. Mas foi quase todo de dentro de um carro e sem ir muito além da entrada.

O destino era Centro de Tecnologia da Informação de São Paulo, onde Aretha tinha um amigo.

Após despedirem-se de d. Esperança, que viria buscá-los mais tarde, entraram no prédio e foram recebidos por um jovem de cabelos compridos e óculos, que Aretha apresentou apenas como Ralf, ragabash dos Andarilhos do Asfalto.

Ele levou-os a um pequeno escritório, onde fez um monte de perguntas a Aretha e foi digitando em seu computador enquanto ela respondia.

- Nenhum rastro… - murmurou ele ao final – Vamos tentar outra coisa…

Então concentrou-se, afastou-se do teclado e com o olhar perdido em algum ponto distante, começou a digitar no ar.

rolagem Ralf:

- Nem um mínimo rastro! – disse Ralf jogando o corpo para trás na cadeira e cruzando as mãos atrás da cabeça – Posso dizer com certeza que, se houvesse alguma coisa na rede eu a teria descoberto. Quem quer que a persiga, Aretha, ou não o faz através da informática ou é ajudado por um gênio na área.

- Que pensa disso, Klauss? – disse Aretha voltando-se para o Cria de Fenris.  
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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Klauss Krugger Qui 26 Nov 2015 - 6:11

- Aqui! – disse cutucando o mapa com o dedo – Prudentópolis. Aí quero ir!

Depois disse em um tom mais comedido:

- Tenho que falar com dois contatos antes de chegarmos a Curitiba. E Julián me fez memorizar endereços de parentes que podem nos dar abrigo e informações. No mais, vamos parando onde as caibras, o sono e o estômago mandarem. E onde for bonito e nos der vontade, pois em todos os lugares há o que ver e aprender!

*Não consigo conter o sorriso enquanto a observo e sigo lendo o rodapé ao lado da foto...*

-- O Salto São Francisco é a maior queda d'água da região sul do Brasil e uma das maiores do país. A queda está localizada na Serra da Boa Esperança, numa região de tríplice fronteira entre os municípios de Guarapuava, Prudentópolis e Turvo, no estado do Paraná, dentro da Área de Preservação Ambiental da Serra da Esperança. Na região, pertencente ao município de Guarapuava foi criado, pela prefeitura, o Parque Municipal São Francisco da Esperança, com trilhas para caminhada e vista panorâmica do salto. Possui aproximadamente 196 metros de queda livre, o que equivale a um prédio de 60 andares, onde a água transforma-se em névoa antes de tocar no chão... seria legal fazer rapel num lugar desses...

*Coço a cabeça enquanto sorrio para ela*

-- Não que você precise de cordas para aproveitar um lugar desses... Aretha... sei que nos conhecemos a pouco tempo e posso estar sendo indelicado mas minha curiosidade me obriga a perguntar... qual a sensação de voar???

----------------------------------------------

- Além disso, Virna está hospedada com meu cunhado para ver se faz a avoada da Najla estudar, então é melhor não juntar os namorados, não é mesmo, Klauss? – disse d. Esperança enquanto guiava-os até os respectivos quartos -  Para não distraí-las, vamos roubar o prazer de receber vocês para nós.

Era uma mulher de uns quarenta anos, bonita, franca e simpática que, de algum modo, lembrava uma feiticeira do bem.

Klauss viu os olhos de Aretha se voltarem para ele, arregalados como os de um corvo diante da carniça:

- Entao você tem namorada? Virna? Virna de quê? De onde ela é? Ela é…

- É parente, como nós. – disse d. Esperança fazendo um movimento enfático com os braços cheias de pulseiras - Podem falar, sabemos dos garous.

*Me pego sorrindo novamente e noto que isso se tornou normal depois que vim ao Brasil e olho para Aretha.*

--Virna Tunstall, neta do finado theurge Espirito Rompante... ela é parente dos crias de fenris, sei que a familia dela é da região sul do pais, não sei especificamente de onde... e é melhor mesmo que não nos encontremos por enquanto... não quero tirar o foco dela dos estudos...

*Aproveito a ducha e o almoço, Por gaia com isso é raro para mim, acostumado e perambular de cidade em cidade dormindo onde dá e comendo quando as caçadas tinham sucesso, estava acostumado a caçar servos da wyrm apenas para limpar-lhes o bolso e conseguir uma refeição decente, começo a ver qual é o verdadeiro pais chamado de subdesenvolvido.*

-------------------------------

*Cumprimento Ralf e me apresento normalmente.*

- Nem um mínimo rastro! – disse Ralf jogando o corpo para trás na cadeira e cruzando as mãos atrás da cabeça – Posso dizer com certeza que, se houvesse alguma coisa na rede eu a teria descoberto. Quem quer que a persiga, Aretha, ou não o faz através da informática ou é ajudado por um gênio na área.

- Que pensa disso, Klauss? – disse Aretha voltando-se para o Cria de Fenris.  

-- Seu celular pode estar grampeado e isso acaba facilitando as coisas para eles, ainda há possibilidade de algum aliado ou conhecido que você tenha pisado na bola em algum momento  querendo ferrar com você... Ralf pode dar uma olhada no celular?? Pense Aretha... há alguem que possa querer você morta???


Última edição por Klauss Krugger em Qui 26 Nov 2015 - 7:41, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : sinal do colegio me fez sair antes da hora/edição de cores)
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Mensagem  Lua Qua 2 Dez 2015 - 11:08

-- Seu celular pode estar grampeado e isso acaba facilitando as coisas para eles, ainda há possibilidade de algum aliado ou conhecido que você tenha pisado na bola em algum momento  querendo ferrar com você... Ralf pode dar uma olhada no celular?? Pense Aretha... há alguem que possa querer você morta???


- Eu pesquisei a companhia do celular, mas vamos ver mais a fundo. - disse Ralf - Tenho aqui um especialista que pode nos ajudar, me deem licença que vou verificar com ele.

Ralf tomou o celular de Aretha e saiu do escritório

- Eu estou pensando e não me lembro de ter pisado na bola com ninguém. – disse Aretha segurando o rosto com as mãos – Eu sempre procuro ser legal com todos.

"Agora… eu conto segredos. Foi para isso que Gaia criou os corax. E isso incomoda.  Há seres sobrenaturais que vivem de guardar segredos e, de um modo geral, todos gostam de ocultar suas fraquezas, seus podres, as coisas pouco gloriosas do passado. Eu conheci Julián em um bordel na Colômbia, sozinho como todos os peregrinos e mais triste que a fome. Agora ele é líder de um bonito caern. Mas confundiu um fomor com um amigo uma vez, e daí? Sem falar em um monte de burradas na vida pessoal e um certo gosto por parceiras estranhas. E o Ralf, que acaba de sair, ele nunca teve namorada. Não fica olhando o computador com as mãozinhas fora do teclado só para investigar a umbra, he he. Qual o problema em contar? Mas as pessoas não vêem assim, sejam humanos, metamorfos ou outros seres sobrenaturais.

E aí entramos em outra questão, mais séria. É minha obrigação contar coisas: garous que saíram saíram da linha, vampiros com planos demasiado malignos, magos xeretando onde não devem, e assim por diante. Muitas vezes tenho que entregar uns para os outros. E também cultivar os contatos bons, sejam quem forem. Não posso ter preconceitos. Isso que dizer que mantenho relações, ao menos por algum tempo, com criaturas bem sórdidas, como um fomor dentro de uma subsidiária, por exemplo. Eu vou jogando milho para as pombas, entende? E no meio delas há algumas bem escuras. Não escuras como eu
– Aretha olhou para sua pele e riu – Mas escuras de verdade, por dentro.

Então pode ser qualquer um que eu tenha conhecido.

Há um ditado hispânico com que Julián adora me provocar, mas que neste caso se aplica: “cria cuervos e te sacarán los ojos”. Cria corvos e te arrancarão os olhos.

E eu já criei milhares de “corvos”."


Ralf voltou com o celular e uma negativa: aparentemente não estava grampeado.

***

No dia seguinte saíram bem cedo rumo a Curitiba.

Dona Esperança, não satisfeita de haver cozinhado para eles todas as delícias libanesas que conhecia, ainda preparou um fornido lanche de viagem que exalava cuidado materno.

Em um trecho bonito da estrada, onde havia uma espécie de mirante e algumas mesas de cimento, eles pararam para descansar e comer.

Aretha olhou a paisagem abaixo e disse:

-  Você me pergunto como era voar. É a melhor sensação que existe! Um pouco como quando estamos na moto, sabe? Você sente o vento no rosto, a paisagem correndo e aquela sensação boa na barriga,  de velocidade, como se suas tripas não tivessem peso. É como se você começasse a andar de moto e então se erguesse sobre ela, inclinando o corpo na horizontal e então a moto desaparecesse e você ganhasse altura. Todas as sensações boas estão lá, mas a moto é você, você dirige seu corpo e ele está muito alto e se move nas três dimensões. Humm… muito bom… planar é o melhor.

Aretha mantinha os olhos fechados, rememorando o prazer. Então se deteve e encarou Klauss com os olhos grandes e espertos de pássaro.

- Você não é tããããã pesado, eu tenho muita força nas asas e uns pés que quando seguram, não soltam por nada. Se quiser experimentar em algum momento…

Voltaram a viajar e na próxima vez que pararam, Aretha comentou:

- Você não me falou muito da sua namorada, será por minha fama de fofoqueira? Sabe, há uma Tuntall na lista de parentes que nos vão ajudar. Rovena Tunstall. Eu a não conheço, mas depois de Curitiba vamos dar uma olhada nessa outra Tunstall. Para você ver onde está amarrando seu barco, he he.

Mas, ao contrário do que Klauss esperava, a viagem não foi direto a Curitiba. Quando estavam chegando à divisa entre de São Paulo e Paraná, Aretha indicou o rumo de uma pequena cidade chamada Iporanga.

- Aqui há umas cavernas espetaculares. – disse ela quando baixaram das motos - Mas não foi por isso que viemos. Meu amigo andarilho dos asfalto não encontrou nada, então vamos recorrer a outro tipo de bisbilhoteiro: um gato.
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Mensagem  Klauss Krugger Qua 2 Dez 2015 - 11:33

- Eu estou pensando e não me lembro de ter pisado na bola com ninguém. – disse Aretha segurando o rosto com as mãos – Eu sempre procuro ser legal com todos.

"Agora… eu conto segredos. Foi para isso que Gaia criou os corax. E isso incomoda. Há seres sobrenaturais que vivem de guardar segredos e, de um modo geral, todos gostam de ocultar suas fraquezas, seus podres, as coisas pouco gloriosas do passado. Eu conheci Julián em um bordel na Colômbia, sozinho como todos os peregrinos e mais triste que a fome. Agora ele é líder de um bonito caern. Mas confundiu um fomor com um amigo uma vez, e daí? Sem falar em um monte de burradas na vida pessoal e um certo gosto por parceiras estranhas. E o Ralf, que acaba de sair, ele nunca teve namorada. Não fica olhando o computador com as mãozinhas fora do teclado só para investigar a umbra, he he. Qual o problema em contar? Mas as pessoas não vêem assim, sejam humanos, metamorfos ou outros seres sobrenaturais.

E aí entramos em outra questão, mais séria. É minha obrigação contar coisas: garous que saíram saíram da linha, vampiros com planos demasiado malignos, magos xeretando onde não devem, e assim por diante. Muitas vezes tenho que entregar uns para os outros. E também cultivar os contatos bons, sejam quem forem. Não posso ter preconceitos. Isso que dizer que mantenho relações, ao menos por algum tempo, com criaturas bem sórdidas, como um fomor dentro de uma subsidiária, por exemplo. Eu vou jogando milho para as pombas, entende? E no meio delas há algumas bem escuras. Não escuras como eu – Aretha olhou para sua pele e riu – Mas escuras de verdade, por dentro.

Então pode ser qualquer um que eu tenha conhecido.

Há um ditado hispânico com que Julián adora me provocar, mas que neste caso se aplica: “cria cuervos e te sacarán los ojos”. Cria corvos e te arrancarão os olhos.

E eu já criei milhares de “corvos”."

-- E quando o primeiro ataque iniciou você tinha "fofocado" de quem? Alguém que pode ter contato com fomoris, afinal foram eles que a atacaram.

Ralf voltou com o celular e uma negativa: aparentemente não estava grampeado.

*Aperto a mão de Ralf agradecendo.*

-- Se precisar de alguma coisa pode entrar em contato, se Aretha confia em você eu também confio.

--------------------------------------------

- Você me pergunto como era voar. É a melhor sensação que existe! Um pouco como quando estamos na moto, sabe? Você sente o vento no rosto, a paisagem correndo e aquela sensação boa na barriga, de velocidade, como se suas tripas não tivessem peso. É como se você começasse a andar de moto e então se erguesse sobre ela, inclinando o corpo na horizontal e então a moto desaparecesse e você ganhasse altura. Todas as sensações boas estão lá, mas a moto é você, você dirige seu corpo e ele está muito alto e se move nas três dimensões. Humm… muito bom… planar é o melhor.

*Não consigo conter o sorriso enquanto ela descreve.*

- Você não é tããããã pesado, eu tenho muita força nas asas e uns pés que quando seguram, não soltam por nada. Se quiser experimentar em algum momento…

-- Podemos tentar sim... quem sabe depois de resolvermos o seu problema.

- Você não me falou muito da sua namorada, será por minha fama de fofoqueira? Sabe, há uma Tuntall na lista de parentes que nos vão ajudar. Rovena Tunstall. Eu a não conheço, mas depois de Curitiba vamos dar uma olhada nessa outra Tunstall. Para você ver onde está amarrando seu barco, he he.

-- Não sei muito sobre ela também sei pouco de sua familia, a conheci na festa de Fonte Fria, sei que é neta de um theurge e que sua mãe faleceu quando ainda era jovem, criada pelo pai e por uma avó, tem mais alguns irmãos, nenhum deles garou até agora, o relacionamento nasceu espontaneamente, ela pediu para passar as festas de fim de ano comigo e mais tarde resolvi que não voltaria para o Canadá, abandonando minha antiga matilha... ah ela é apaixonada pelo mar... isso me lembra de nossos antepassados vikings mas... como sei que você também deve ter feito sua pesquisa *encaro-a mas mantenho um sorriso sem vergonha nos labios.* o que descobriu sobre mim?

- Aqui há umas cavernas espetaculares. – disse ela quando baixaram das motos - Mas não foi por isso que viemos. Meu amigo andarilho dos asfalto não encontrou nada, então vamos recorrer a outro tipo de bisbilhoteiro: um gato.

-- Se você achar que um garou junto a você pode fazer com que ele não fique tão amistoso posso esperar você voltar. Lógico que se tiver algum problema basta me chamar...
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Mensagem  Lua Sex 4 Dez 2015 - 12:11

Com as motos estacionadas percorreram a pé o centro da pequena cidade, procurando informaçoes sobre pousadas. Nao foi muito fácil, todas estavam cheias, mas encontraram lugar em uma decente.

O local era rústico e com grande trafego de turista saindo ou voltando das caminhadas pelas mata, dos passeios às cavernas, do rapel e dos esportes feitos no rio. Deixaram a conta paga em dinheiro e em nome de Klauss. Mesmo assim quando Aretha viu a recepcionista ingressar os dados no computador a apreensao tomou conta de seu rosto.

Almoçaram uma boa comida caseira, farta e saborosa. Aretha nao perdeu o sentido de humor e pediu um escondidinho, “em homenagem a nós mesmos”, como ela disse.

Depois passearam pelo centro histórico da cidade, conversando como dois turistas quaisquer. Quando nao havia ninguém por perto, o assunto mudava:

- Você me havia perguntado sobre minhas “fofocas” quando do primeiro ataque. Eu te digo que faz muito, muito tempo que não cutuco um fomor ou mesmo a Pentex diretamente. E nunca revelei algo tão espetacular a ponto de alguém planejar uma vingança por anos.
Poderia ter sido o caso de me esbarrar com um deles por acidente. Nem todos os fomori saem cuspindo vermes por aí, você sabe. Eu me mantenho com investigações particulares, contra-espionagem empresarial, infidelidades, essas coisas. Então podia ser uma vingança por uma fraude revelada, amantes descobertos ou mesmo alguém traído querendo matar o portador da má notícia. Eu não seria o primeiro corvo a morrer por ser agourento, hehe.

Não exatamente um fomor, mas alguém com influência e acesso a eles.

Mas Ralf patrulha toda essa porcaria urbana se ele não achou nada então é algo mais sutil. Penso em outro metamorfo, talvez. E nem precisa estar corrompido, basta ser manipulador o suficiente para direcionar um ataque contra mim. E no caso dos metamorfos, sim, eu tenho fofocado bastante. De todos e com todos!"


Pararam para comprar sorvetes. Sentados em uma mesa isolada sob uma árvore e saboreando as delícias, ela prosseguiu:

- De qualquer forma, este foi um ataque passional. Não queriam só me me apagar, mas me fazer sofrer, me humilhar. Alguém me odeia visceralmente e eu, de verdade, não consigo me lembrar de haver dado causa.

Quando o sol começou a baixar, voltaram para a pousada para banhar-se e jantar antes de saírem em busca do amigo bastet de Aretha. Após jantarem, sparramada em uma cama com a sem-cerimônia dos brasileiros, Aretha voltou à conversa:

- Como eu te disse durante a viagem, eu não sabia nada de você antes de Julián nos apresentar. Não sei se dói no ego, mas você ainda não é assunto entre os corax, hehe.

"Agora, o que eu sei é que Julián falou muito bem de você em privado.

O desejo dele é que você permaneça em Fonte Fria. Acha que você é bem experimentado em batalhas e pode ser um bom apoio para Kamau.

Ele não vê com bons olhos a rixa entre Kamau e Anton.  Acha que o caern do amigo de Anton, Oleg, vai cair para os espiriais negras e que se isso ocorrer, Oleg irá para Fonte Fria, pois já não tem espaço em Lua Crescente. Neste caso, Oleg acabaria tomando o posto de Vigia. E seriam dois presas de prata em cargos de poder, entende? Três com Laura.

Ao longo dos anos Julián vem construíndo alianças com os metamorfos brasileiros, inclusive aqueles que nunca ouviram falar em Gogol Fangs First. Uma maioria de presas na liderança ameaçaria essas alianças, por razoes obvias. Entao Julián quer fortalecer Kamau e, a longo prazo, colocar alguém de “sua gente” no posto. E ele te vê como bom candidato a ser “sua gente”.

Ele me pediu para não contar mas, crá!, quem pede isso a um corax?  Vou te dizer uma coisa. Ele foi autruista ao ceder você para me proteger mas quando eu falei dos contatos que iria encontrar, seu olho brilhou e ele me disse que entao ele estava fazendo um favor para mim e eu um favor para ele, pois a missao serviria para testar como você se sai lidando com metamorfos.

Por isso, respondendo à sua outra pregunta, eu prefiro que você vá comigo ao encontro com meu amigo bastet. Ele não vai gostar, mas acho que isso não chega a nos prejudicar."


Aretha olhou para Klauss com curiosidade:

- Não sei o que você pensa disso tudo, mas é o que esta rolando nos bastidores.
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Mensagem  Klauss Krugger Ter 8 Dez 2015 - 18:27

- Você me havia perguntado sobre minhas “fofocas” quando do primeiro ataque. Eu te digo que faz muito, muito tempo que não cutuco um fomor ou mesmo a Pentex diretamente. E nunca revelei algo tão espetacular a ponto de alguém planejar uma vingança por anos.
Poderia ter sido o caso de me esbarrar com um deles por acidente. Nem todos os fomori saem cuspindo vermes por aí, você sabe. Eu me mantenho com investigações particulares, contra-espionagem empresarial, infidelidades, essas coisas. Então podia ser uma vingança por uma fraude revelada, amantes descobertos ou mesmo alguém traído querendo matar o portador da má notícia. Eu não seria o primeiro corvo a morrer por ser agourento, hehe.

Não exatamente um fomor, mas alguém com influência e acesso a eles.

Mas Ralf patrulha toda essa porcaria urbana se ele não achou nada então é algo mais sutil. Penso em outro metamorfo, talvez. E nem precisa estar corrompido, basta ser manipulador o suficiente para direcionar um ataque contra mim. E no caso dos metamorfos, sim, eu tenho fofocado bastante. De todos e com todos!"

-- Acredito que logo teremos nossas respostas... quando atacarem novamente quero que se afaste... voe... acompanhe o combate, mas se mantenha afastada, sua segurança em primeiro lugar.

- Como eu te disse durante a viagem, eu não sabia nada de você antes de Julián nos apresentar. Não sei se dói no ego, mas você ainda não é assunto entre os corax, hehe.

*Não contenho o sorriso.*

-- Poderia te ajudar com isso sei coisas terriveis sobre mim...

Agora, o que eu sei é que Julián falou muito bem de você em privado.

O desejo dele é que você permaneça em Fonte Fria. Acha que você é bem experimentado em batalhas e pode ser um bom apoio para Kamau.

Ele não vê com bons olhos a rixa entre Kamau e Anton. Acha que o caern do amigo de Anton, Oleg, vai cair para os espiriais negras e que se isso ocorrer, Oleg irá para Fonte Fria, pois já não tem espaço em Lua Crescente. Neste caso, Oleg acabaria tomando o posto de Vigia. E seriam dois presas de prata em cargos de poder, entende? Três com Laura.

Ao longo dos anos Julián vem construíndo alianças com os metamorfos brasileiros, inclusive aqueles que nunca ouviram falar em Gogol Fangs First. Uma maioria de presas na liderança ameaçaria essas alianças, por razoes obvias. Entao Julián quer fortalecer Kamau e, a longo prazo, colocar alguém de “sua gente” no posto. E ele te vê como bom candidato a ser “sua gente”.

Ele me pediu para não contar mas, crá!, quem pede isso a um corax? Vou te dizer uma coisa. Ele foi autruista ao ceder você para me proteger mas quando eu falei dos contatos que iria encontrar, seu olho brilhou e ele me disse que entao ele estava fazendo um favor para mim e eu um favor para ele, pois a missao serviria para testar como você se sai lidando com metamorfos.

Por isso, respondendo à sua outra pregunta, eu prefiro que você vá comigo ao encontro com meu amigo bastet. Ele não vai gostar, mas acho que isso não chega a nos prejudicar.

- Não sei o que você pensa disso tudo, mas é o que esta rolando nos bastidores."

*Não consigo esconder a surpresa.*

-- Não me vejo preso a um caern pelo menos por enquanto... quando meu avô caiu, jurei que um dia voltaria ao caern onde ele liderava e recuperaria seu posto eu dia eu terei a honra de ser o mestre de Caça Lança, mas até esse dia chegar, vou ficar pelo Brasil e quem sabe não ajudo mesmo Julian com seus jogos com os Presas. Vi em Fonte Fria uma familia como fazia o que... quase um ano que não tenho... daqui 10 dias fico mais velho, ainda não faz um ano que mudei... e ja sou fostern... então o futuro a gaia pertence...

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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Lua Qua 9 Dez 2015 - 8:56

*Não consigo esconder a surpresa.*

-- Não me vejo preso a um caern pelo menos por enquanto... quando meu avô caiu, jurei que um dia voltaria ao caern onde ele liderava e recuperaria seu posto eu dia eu terei a honra de ser o mestre de Caça Lança, mas até esse dia chegar, vou ficar pelo Brasil e quem sabe não ajudo mesmo Julian com seus jogos com os Presas. Vi em Fonte Fria uma familia como fazia o que... quase um ano que não tenho... daqui 10 dias fico mais velho, ainda não faz um ano que mudei... e ja sou fostern... então o futuro a gaia pertence...

Aretha ouviu em silêncio; às vezes com uma expressão meio cética, mas em geral demonstrando compreendê-lo. Depois disse:

- Crá! Nós somos seres terríveis, Klauss. Todos nós, mesmo os Corax. Uma parte de mim, a maior, a melhor, deseja muito que meu amigo resolva seus problemas com os presas de prata e mantenha o equilíbrio na seita. Mas outra parte, escura e carniceira, não resiste ao cheiro de confusão e tem vontade de ficar sobrevoando em círculos aquele caern – enfatizou girando o dedo lentamente no ar - à espera de uma boa história para contar.

Depois sorriu.

- Mas Julián é mais esperto que um punhado de presas de prata. Eu sei que ele vai se sair bem dessa. E, se pudermos, daremos uma mãozinha.

Então inclinou-se para frente com os grandes olhos bem abertos e vibrando de curiosidade:

- Agora diga-me: quais foram as coisas terríveis que você fez?

***

A noite havia caído. No céu, a lua já engordava sua barriga em direção à cheia e lançava sobre a terra um manto de luar. Os sons das cigarras e dos pássaros noturnos aumentavam o clima de mistério.

Klauss e Aretha caminhavam rumo a uma antiga área de mineração, hoje uma vila abandonada.

spoiler:

- É por aqui que Caetano entra na umbra, fizemos isso juntos muitas vezes antes.

“Nos conhecemos desde crianças. Somos daqui. Eu, ele e mais uma moça que eu creio que você jamais conhecerá, pois ela é um dos segredos dos bastet.

Esta região se chama Vale do Ribeira. É a maior área contínua do que resta da Mata Atlântica, que ladeia nosso litoral, e é quase tão diversa quanto a Amazônia… inclusive em termos sobrenaturais. Aqui estão descendentes dos escravos africanos que vieram ser explorados nas minas de ouro e que mais tarde fugiram ou ficaram nas fazendas abandonadas por seus donos quando o ciclo do mineral acabou. E também índios guaranis e caboclos e caiçaras, que são mesclas do colonizador português com índios e negros. Acrescente imigrantes açorianos e uma pitadinha de estadunidenses, irlandeses, alemães, austríacos e inclusive japoneses, que chegaram em diversos e fracassados programas governamentais de povoamento, ao longo dos séculos.

Esse sangue está todo aqui, puro ou se misturando. Ê uma riqueza, pode nascer qualquer coisa neste lugar. Bastets, uktenas… Até uma criatura rara como eu. Deixa eu te mostrar uma coisa."


Aretha afastou-se um pouco de Klauss e mudou para corvídeo, pousando em uma árvore.  Não era negra por inteiro como os outros corax: tinha uma faixa branca que se extendia do pescoço até a barriga.

Aretha:

Deixou-se ver e então voltou a hominídeo.

- Eu sou um corvo africano. Alguém sabia de minha origem e criou um ovo na umbra para mim.

"Desde a primeira infância, Caetano, eu e a outra garota nos sentíamos unidos. Sabíamos que éramos diferentes, com uma inclinação maior para o mágico, para o espiritual e para o amor à natureza.

Mas ao chegar à adolescência, Gaia nos pregou uma peça. Eu me transformei em corax e eles dois em gatos. Ainda éramos amigos, mas foi como se um fosso de incompreensão tivesse sido aberto entre nós. Eles se aferraram ainda mais ao território e tudo o que eu queria era voar para longe e conhecer o mundo. Acho que o ouro debaixo dos meus pés também ajudou um pouco. Mas foi assim como nos separamos. Ainda que, de vez em quando, nos reencontramos, como agora."


Aretha calou-se e continuaram a circular pela vila abandonada e fantasmagórica em busca do bastet.

Então ouviram um ruído na mata ao redor e dela surgiu um homem negro.

Caetano:

- Aretha? O que você quer aqui? Quem é esse cara? – disse ele com uma voz grave e profunda, que parecia o rugir dos grandes gatos.

- Eu também estou feliz em vê-lo, Caetano. – ironizou Aretha -  Vim porque estou em grandes problemas e preciso de sua ajuda. Este aqui é Klauss Krugger, garou de Fonte Fria…

- Ahhhh. – Caetano fez um gesto de impaciência ao mesmo tempo em que contraía os músculos ostensivamente. – Eu pensei que tivesse ficado claro para Julián que ele ter poupado a vida de Inaê não significa que nós bastet lhe devemos um favor…

- Julián não está pedindo um favor, está me fazendo um favor ao ceder seu melhor guerreiro para proteger-me. Klauss é confiável e…

- Convença-me. – disse Caetano, afastando Aretha para um lado com um gesto felino, ao mesmo tempo ágil, elástico e um tanto rude; e encarando Klauss. Ele foi aumentando seu tamanho, passando a shokto* enquanto se aproximava graciosamente do garou até quase colar seu rosto no dele. Então rosnou como uma fera, enrrugando o dorso do nariz e mostrando as presas alvas, que brilharam ameaçadoramente ao luar.


*mais ou menos equivalente a glabro.
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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Klauss Krugger Qui 10 Dez 2015 - 6:08

Aretha ouviu em silêncio; às vezes com uma expressão meio cética, mas em geral demonstrando compreendê-lo. Depois disse:

- Crá! Nós somos seres terríveis, Klauss. Todos nós, mesmo os Corax. Uma parte de mim, a maior, a melhor, deseja muito que meu amigo resolva seus problemas com os presas de prata e mantenha o equilíbrio na seita. Mas outra parte, escura e carniceira, não resiste ao cheiro de confusão e tem vontade de ficar sobrevoando em círculos aquele caern – enfatizou girando o dedo lentamente no ar - à espera de uma boa história para contar.

Depois sorriu.

- Mas Julián é mais esperto que um punhado de presas de prata. Eu sei que ele vai se sair bem dessa. E, se pudermos, daremos uma mãozinha.

Então inclinou-se para frente com os grandes olhos bem abertos e vibrando de curiosidade:

- Agora diga-me: quais foram as coisas terríveis que você fez?

*Sorrio enquanto a olho de canto *

-- Sabia que não resistiria... Vou fazer um resumo rápido... Dançarinos da Pele em Vancouver... foi logo após minha primeira mudança e deixar tudo para trás... incidente com os Garras Vermelhas na Columbia Britânica... o sequestro dos parentes em Toronto... e antes de vir para o Brasil o centro de pesquisas Babel, nesse meio tempo ainda fiz uma jornada espiritual junto a meus ancestrais que me ensinaram a importância de Presa de Fenris *mostro a klaive e a guardo em seguida* as histórias dizem que o cabo foi feito de uma das presas do grande Fenris... tentei me aproximar novamente de minha família onde descobri sequestro de parentes pelos Espirais Negras... entrei para os Presas de Garm, salvei um filhote garra vermelha de um zoologico, contei uma historia num casamento fianna e fiz uma filho de gaia lutar de verdade... durante esse caminho derramei mais sangue do que conseguiria imaginar... sei que você vai perguntar... meu avô Martelo da Justiça veio com seus pais fugindo da primeira guerra mundial para os EUA da Alemanhã, na segunda guerra ele lutou contra irmãos crias pelos aliados, nesse processo ele recuperou 2 martelos de Jarl e inúmeros outros fetiches, um dos martelos é o Caça Lança, quando voltou aos EUA assumir o posto de Jarl da costa Oeste Norte Americana foi algo natural, e até o ano passado ele mantinha o posto quando morreu para me salvar, eu mal tinha passado pelo ritual de passagem, suas ultimas palavras foi meu nome Justiça de Prata... o que aconteceu em Fonte Fria tenho certeza que Julian já lhe contou.

---------------------------------------------------------------

- É por aqui que Caetano entra na umbra, fizemos isso juntos muitas vezes antes.

“Nos conhecemos desde crianças. Somos daqui. Eu, ele e mais uma moça que eu creio que você jamais conhecerá, pois ela é um dos segredos dos bastet.

Esta região se chama Vale do Ribeira. É a maior área contínua do que resta da Mata Atlântica, que ladeia nosso litoral, e é quase tão diversa quanto a Amazônia… inclusive em termos sobrenaturais. Aqui estão descendentes dos escravos africanos que vieram ser explorados nas minas de ouro e que mais tarde fugiram ou ficaram nas fazendas abandonadas por seus donos quando o ciclo do mineral acabou. E também índios guaranis e caboclos e caiçaras, que são mesclas do colonizador português com índios e negros. Acrescente imigrantes açorianos e uma pitadinha de estadunidenses, irlandeses, alemães, austríacos e inclusive japoneses, que chegaram em diversos e fracassados programas governamentais de povoamento, ao longo dos séculos.

Esse sangue está todo aqui, puro ou se misturando. Ê uma riqueza, pode nascer qualquer coisa neste lugar. Bastets, uktenas… Até uma criatura rara como eu. Deixa eu te mostrar uma coisa."

-- Ouvi dizer sobre muitas seitas de Crias de Fenris na região sul do pais, pelo jeito o pais é tão multicultural que posso esperar qualquer coisa...

Eu sou um corvo africano. Alguém sabia de minha origem e criou um ovo na umbra para mim.

"Desde a primeira infância, Caetano, eu e a outra garota nos sentíamos unidos. Sabíamos que éramos diferentes, com uma inclinação maior para o mágico, para o espiritual e para o amor à natureza.

Mas ao chegar à adolescência, Gaia nos pregou uma peça. Eu me transformei em corax e eles dois em gatos. Ainda éramos amigos, mas foi como se um fosso de incompreensão tivesse sido aberto entre nós. Eles se aferraram ainda mais ao território e tudo o que eu queria era voar para longe e conhecer o mundo. Acho que o ouro debaixo dos meus pés também ajudou um pouco. Mas foi assim como nos separamos. Ainda que, de vez em quando, nos reencontramos, como agora."


*A observo atentamente.*

-- Não será dificil de reconhece-la ...

- Aretha? O que você quer aqui? Quem é esse cara? – disse ele com uma voz grave e profunda, que parecia o rugir dos grandes gatos.

- Eu também estou feliz em vê-lo, Caetano. – ironizou Aretha - Vim porque estou em grandes problemas e preciso de sua ajuda. Este aqui é Klauss Krugger, garou de Fonte Fria…

- Ahhhh. – Caetano fez um gesto de impaciência ao mesmo tempo em que contraía os músculos ostensivamente. – Eu pensei que tivesse ficado claro para Julián que ele ter poupado a vida de Inaê não significa que nós bastet lhe devemos um favor…

- Julián não está pedindo um favor, está me fazendo um favor ao ceder seu melhor guerreiro para proteger-me. Klauss é confiável e…

- Convença-me.

*Deixo Presa de Fenris emergir em minha mão e primeiramente a encosto no abdômen de Caetano.*

-- Convence-lo de que sou um bom guerreiro... não vejo necessidade para isso...

*Retiro a klaive e a giro em minha mão oferecendo o cabo a Caetano.*

-- Convence-lo que sou confiável... se eu não fosse confiável não abriria mão de minha arma entregando-a você enquanto conversamos, não estou aqui para lutar contra você Caetano, estou aqui para proteger Aretha, e se você for realmente amigo dela como ela me disse que era, estaria a ouvindo e não perdendo tempo com testes... sei que você quer defender seu território acima de tudo, mas não sou seu inimigo.
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Mensagem  Lua Sex 11 Dez 2015 - 12:49

-- Sabia que não resistiria... Vou fazer um resumo rápido... Dançarinos da Pele em Vancouver... foi logo após minha primeira mudança e deixar tudo para trás... incidente com os Garras Vermelhas na Columbia Britânica... o sequestro dos parentes em Toronto... e antes de vir para o Brasil o centro de pesquisas Babel, nesse meio tempo ainda fiz uma jornada espiritual junto a meus ancestrais que me ensinaram a importância de Presa de Fenris *mostro a klaive e a guardo em seguida* as histórias dizem que o cabo foi feito de uma das presas do grande Fenris... tentei me aproximar novamente de minha família onde descobri sequestro de parentes pelos Espirais Negras... entrei para os Presas de Garm, salvei um filhote garra vermelha de um zoologico, contei uma historia num casamento fianna e fiz uma filho de gaia lutar de verdade... durante esse caminho derramei mais sangue do que conseguiria imaginar... sei que você vai perguntar... meu avô Martelo da Justiça veio com seus pais fugindo da primeira guerra mundial para os EUA da Alemanhã, na segunda guerra ele lutou contra irmãos crias pelos aliados, nesse processo ele recuperou 2 martelos de Jarl e inúmeros outros fetiches, um dos martelos é o Caça Lança, quando voltou aos EUA assumir o posto de Jarl da costa Oeste Norte Americana foi algo natural, e até o ano passado ele mantinha o posto quando morreu para me salvar, eu mal tinha passado pelo ritual de passagem, suas ultimas palavras foi meu nome Justiça de Prata... o que aconteceu em Fonte Fria tenho certeza que Julian já lhe contou.


- Ahhh, mas esses são seus êxitos. – disse Aretha – Aquilo que você quer contar. Reconheço que é um “curriculum” impressionate para alguém tão jovem, mas isso é assunto para os galliards de sua tribo, não para os corax. O que te põe na boca dos corax é o que você esconde. Não haverá um segredo oculto no meio dessas conquistas todas?

Aretha encarou Klauss por uns segundos antes de continuar:

- Os segredos são pássaros fortes com bicos afiados. Querem escapar e por isso ficam golpeando o interior do  coração como um pardal batendo na vidraça.

Machucam e fazem sujeira enquanto estão presos; e quanto mais tempo ficam,  maior o dano. Só quando você os liberta é que seu coração pode recuperar-se e ficar limpo de novo.

"Qual é seu segredo, Klauss?"


****


-- Ouvi dizer sobre muitas seitas de Crias de Fenris na região sul do pais, pelo jeito o pais é tão multicultural que posso esperar qualquer coisa...


- Este é um continente maravilhoso, onde a magia, a selvageria e a desorganização imperam.  Quase todos os povos do mundo estão representados aqui e há espíritos e seres sobrenaturais que os garous nem suspeitam. Busque sua gente, você a encontrará em São Paulo e sobretudo no sul. Mas não feche os olhos para o novo.

"Este é um segredo que eu te dou de presente: o que os garous sabem sobre a América do Sul é quase nada e está contaminado pela maneira como os EUA vêem o mundo. E se você acha que os seres sobrenaturais daqui se inocodam com isso, está enganado. Eles se beneficiam da ignorância dos garous do norte e a alimentam sempre que podem. Assim, se um de vocês descobrir alguma coisa importante e relatar a seus pares, eles vão dizer: “impossíííível, todos sabemos que… e blá blá blá” e o sujeito ficará desacreditado. Isso têm protegido muitos lugares e seres daqui."


*Deixo Presa de Fenris emergir em minha mão e primeiramente a encosto no abdômen de Caetano.*

-- Convence-lo de que sou um bom guerreiro... não vejo necessidade para isso...

*Retiro a klaive e a giro em minha mão oferecendo o cabo a Caetano.*

-- Convence-lo que sou confiável... se eu não fosse confiável não abriria mão de minha arma entregando-a você enquanto conversamos, não estou aqui para lutar contra você Caetano, estou aqui para proteger Aretha, e se você for realmente amigo dela como ela me disse que era, estaria a ouvindo e não perdendo tempo com testes... sei que você quer defender seu território acima de tudo, mas não sou seu inimigo.

Caetano deu um urro de ódio quando a Klaive tocou sua barriga mas não atacou . Tampouco tocou no cabo da Klaive:

- Eu sou amigo da mata, só isso. – grunhiu em resposta

- Mas eu sei que a mim você vai ajudar. – interveio Aretha rapidamente -  Pela infância que tivemos juntos.

Ela então contou-lhe o que havia acontecido.

- Eu sei que não sou a criatura mais bondosa nem a mais simpática. – concluiu - Mas se alguém está se empenhando em me matar, deve ser por um segredo que revelei ou que eu não quis revelar e suas consequências. Uktenas, senhores das sombras, bastets, vocês são o pessoal dos segredos. E eu sei que mesmo sem sair daqui você sabe de muita coisa, Caetano. Não precisa me revelar mais do que acha que deve, apenas me ajude a me livrar desta ameaça… por favor.

Caetano escutou impassível e, ao fim, só balançou a cabeça afirmativamente.

- Vai levar tempo. – disse – Fiquem por aí, eu encontro vocês quando souber de alguma coisa.

Klauss e Aretha voltaram para a pousada em silêncio.

- Caetano não é muito simpático, mas se ele se comprometeu, vai fazer o melhor que puder. – disse Aretha por fim. – Bem, amanhã somos turistas. Que quer fazer? Quer conhecer o PETAR e suas cavernas?
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Mensagem  Klauss Krugger Sex 11 Dez 2015 - 17:38

- Ahhh, mas esses são seus êxitos. – disse Aretha – Aquilo que você quer contar. Reconheço que é um “curriculum” impressionate para alguém tão jovem, mas isso é assunto para os galliards de sua tribo, não para os corax. O que te põe na boca dos corax é o que você esconde. Não haverá um segredo oculto no meio dessas conquistas todas?

Aretha encarou Klauss por uns segundos antes de continuar:

- Os segredos são pássaros fortes com bicos afiados. Querem escapar e por isso ficam golpeando o interior do coração como um pardal batendo na vidraça.

Machucam e fazem sujeira enquanto estão presos; e quanto mais tempo ficam, maior o dano. Só quando você os liberta é que seu coração pode recuperar-se e ficar limpo de novo.

"Qual é seu segredo, Klauss?"

*A olho com tristeza.*

-- Então você quer saber dos parentes que foram mutilados e violentados pelos espirais negras que não pude fazer nada para ajudar, da parente em especial que tive a visão e ela veio a ser desmembrada depois de estuprada várias vezes até ela implorar para que eu acabasse com seu sofrimento? Da forma como tive que manipular os garras vermelhas para afasta-los de seu território, ou ainda quer falar de minha matilha desfeita porque não tive a capacidade de ser um bom lider, ou ainda das criaturas inocentes que tive que ceifar a vida em Babel, muitos deles nem sequer sabiam o que faziam ou tiveram a vida toda em contato somente com a maldade humana que não sabiam fazer outra coisa... ou ainda... saber que Martelo da Justiça caiu para salvar um cliath irresponsável que acreditava ser forte o suficiente para encarar alguns espirais sozinho... caiu para ... me salvar...

*Fico em silencio.*

-----------------------------------------------------------------------------------


- Este é um continente maravilhoso, onde a magia, a selvageria e a desorganização imperam. Quase todos os povos do mundo estão representados aqui e há espíritos e seres sobrenaturais que os garous nem suspeitam. Busque sua gente, você a encontrará em São Paulo e sobretudo no sul. Mas não feche os olhos para o novo.

"Este é um segredo que eu te dou de presente: o que os garous sabem sobre a América do Sul é quase nada e está contaminado pela maneira como os EUA vêem o mundo. E se você acha que os seres sobrenaturais daqui se inocodam com isso, está enganado. Eles se beneficiam da ignorância dos garous do norte e a alimentam sempre que podem. Assim, se um de vocês descobrir alguma coisa importante e relatar a seus pares, eles vão dizer: “impossíííível, todos sabemos que… e blá blá blá” e o sujeito ficará desacreditado. Isso têm protegido muitos lugares e seres daqui."

*Sorrio*

--Ótima estrategia, criar uma falsa realidade até que acreditem que ela realmente é verdadeira.

----------------------------------------------------------------------------

Caetano deu um urro de ódio quando a Klaive tocou sua barriga mas não atacou . Tampouco tocou no cabo da Klaive:

*Deixo Presa de Fenris ser absorvida pelo meu corpo novamente.*

- Eu sou amigo da mata, só isso. – grunhiu em resposta

- Mas eu sei que a mim você vai ajudar. – interveio Aretha rapidamente - Pela infância que tivemos juntos.


- Eu sei que não sou a criatura mais bondosa nem a mais simpática. – concluiu - Mas se alguém está se empenhando em me matar, deve ser por um segredo que revelei ou que eu não quis revelar e suas consequências. Uktenas, senhores das sombras, bastets, vocês são o pessoal dos segredos. E eu sei que mesmo sem sair daqui você sabe de muita coisa, Caetano. Não precisa me revelar mais do que acha que deve, apenas me ajude a me livrar desta ameaça… por favor.

Caetano escutou impassível e, ao fim, só balançou a cabeça afirmativamente.

- Vai levar tempo. – disse – Fiquem por aí, eu encontro vocês quando souber de alguma coisa.

*Falo enquanto estendo a mão em direção a Caetano.*

-- Repito, não sou seu inimigo Caetano, apenas quero ajudar sua amiga.

- Caetano não é muito simpático, mas se ele se comprometeu, vai fazer o melhor que puder. – disse Aretha por fim. – Bem, amanhã somos turistas. Que quer fazer? Quer conhecer o PETAR e suas cavernas?

-- Se temos tempo devemos aproveita-lo da melhor maneira possivel... você deve conhecer muita coisa aqui que os turistas nunca saberiam que existe.

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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Lua Seg 14 Dez 2015 - 15:43

*A olho com tristeza.*

-- Então você quer saber dos parentes que foram mutilados e violentados pelos espirais negras que não pude fazer nada para ajudar, da parente em especial que tive a visão e ela veio a ser desmembrada depois de estuprada várias vezes até ela implorar para que eu acabasse com seu sofrimento? Da forma como tive que manipular os garras vermelhas para afasta-los de seu território, ou ainda quer falar de minha matilha desfeita porque não tive a capacidade de ser um bom lider, ou ainda das criaturas inocentes que tive que ceifar a vida em Babel, muitos deles nem sequer sabiam o que faziam ou tiveram a vida toda em contato somente com a maldade humana que não sabiam fazer outra coisa... ou ainda... saber que Martelo da Justiça caiu para salvar um cliath irresponsável que acreditava ser forte o suficiente para encarar alguns espirais sozinho... caiu para ... me salvar...

*Fico em silencio.*

Aretha escutou com uma expressão séria. Então disse brandamente:

- Para cada grande conquista, uma dor equivalente, não é mesmo? E a maior das dores, a morte de seu avô.

"Nós Corax sabemos que as palavras são importantes; mas diante da dor, elas não são nada. Apesar disso, tenho que dizer que seu avô ter dado a vida por você foi valoroso e sábio e não algo a lamentar.

Teria sido uma decepção para ele se você não se lançasse com toda a gana e autoconfiança sobre o inimigo. E uma tragédia sobreviver, se você tivesse sido morto.

Ao morrer por você, ele manteve o ciclo da vida, onde o novo substitui o velho, e garantiu a continuidade de sua própria luta, linhagem e história, que do contário teriam perecido com ele ao fim de seus dias. Ao te salvar, ele garantiu que continuaria combatendo por Gaia e todas essas coisas mais, através de você. E estou segura que morreu orgulhoso de ambos.

O fardo de sobreviver ao outro foi entregue a você, que é jovem, e não a seu avô. Mais justo assim, não é mesmo? Nesse sentido você também o salvou e não há porque sentir-se mal. Gaia sabe o que está fazendo.

Não sei se você pretende libertar esses segredos, Klauss. De minha parte, não tenho a intenção de contá-los a ninguém, a menos que você o faça. Só espero que eles já não lhe machuquem tanto Afinal de contas, têm mais espaço para voar agora que vivem em dois corações."


Aretha aproximou-se um pouco.

- Me permite fazer algo?

E deu um abraço fraternal em Klauss.

- Obrigada pela confiança. – murmurou.

***

Nos dias seguintes, eles não foram mais que turistas.

Atravessaram a mata deslumbrante em busca de cavernas e cachoeiras. Deleitaram-se com a fantastica beleza dos salões que Gaia esculpira na própria carne e as extravagantes formas de sua arquitetura natural. Banharam-se em piscinas de pedra, formadas por cascatas imensas, cercadas por uma vegetação que superava qualquer fantasia estrangeira sobre a exuberâncias dos trópicos.

Viveram momentos daqueles em que os metamorfos entendem plenamente pelo que lutam e se sentem orgulhosos de si mesmos.

Uma parente dos balam acompanhou-os todo o tempo. Era Delfina, parceira de Caetano, uma mescla de guia e vigilante. Aretha não se importou, se era o preço para Caetano estar traquilo com um garou perto de seu território estava bem. Além disso a jovem era uma companhia agradável e discreta.

Após alguns dias no parque, subiram à comunidade quilombola onde Aretha havia nascido. Ainda tinha alguns parentes distantes por lá.

Foram recebidos com muita hospitalidade. Era uma gente pobre, não da pobreza indigente das cidades e sim daquela humildade do campo, em que não se tem dinheiro na bolso e se trabalha a terra vestindo roupas velhas, mas se come e bebe melhor que os ricos da cidade, respira-se um ar puríssimo, disfruta-se do tempo e da paisagem e se pode confiar na solidariedade dos vizinhos.

Neste lugar, Klauss e Aretha acordavam com cantar do galo, tomavam café passado em coador de pano e adoçado com caldo de cana e comiam uma espécie de biscoito chamado “bolo de roda”. No jantar, arroz com frango caipira, feijão com toicinho (que Klauss descobriu que era beicon), farofa de carne seca e outras comidas fortes e saborosas. No meio do dia, pedaços de carne seca ou da linguiça produzida ali e bolo de mandioca, levados embrulhados em guardanapos e comidos ávidamente no meio da mata, entre uma trilha e outra.

Um dia alcançaram uma cachoeira belíssima, segundo Aretha conhecida apenas por nativos, já que estava fora da área do parque.

Klauss nadou nas águas cristalinas e geladas da piscina natural que a circundava, cujo fundo a vista não não podia alcançar, enquanto Delfina aquecia o corpo sobre uma das poucas rochas em que o sol dava direto, sem ter que atravessar as árvores, e Aretha deliciava-se na ducha natural formada por um jorro d´água desviado pelas pedras, que evitavam que caísse tão forte. A corax equilibrava-se sobre as pedras com suas pernas finas, o corpo pequeno e atarracado e uma cabeça grande e bem redonda. Era um perfeito pássaro e Klauss teve vontade de rir imaginando que ela ia se chacoalhar, espirrando água como os passarinhos nas fontes das praças.

Delfina começou então a cantarolar: “Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira”.

Aretha gargalhou:

- É… acho que se aplica.

E continuou a canção:

Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira.
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira.


Deixou a água golpear com força sua nuca e costas e então cantou, olhando para Klauss:

A ferida que formou, já está sendo curada..
a noite escura se foi, levando as trevas e trazendo luz a sua estrada…
A paz que nos roubaram, graças a Deus temos de volta…


- E clamo para ter algemas, apenas no meu amor – completou Delfina, rindo.

Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira.
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira.


***

Naquele noite Caetano apareceu no quilombo. As pessoas o conheciam e demonstravam um respeito ancestral, quase instintivo.

Trazia mais negativas. Não disse quase nada, mas garantiu a Aretha que o inimigo furioso não era bastet, nem uktena, peregrino silencioso ou senhor das sombras, ao menos até onde ele pôde verificar.

- Já que você trouxe um garou de Fonte Fria aqui, o que me conta para compensar? – perguntou Caetano a Aretha.

- Que eles estão por trazer presas de prata. – respondeu ela e contou o fato em linhas gerais.

Caetano despediu-se deles e partiu, levando Delfina docilmente pela mão.

Deitados sobre esteiras macias de fibra de bananeira, Klauss e Aretha fitavam o céu cheio de estrelas.

- Bem, seguimos viagem, então. – disse ela. – Destino: Curitiba.

Pensou um pouco e acrescentou:

- Klauss, eu disse a você que conheço e cultivo um monte de contatos. Não necessariamente amigos, muito menos só criaturas decentes. A nossa próxima visita é a alguém que sabe muito bem se defender e que tampouco seria uma perda lamentável se desaparecesse. Podemos nos arriscar a por em prática sua estratégia de deixar que meus inimigos nos localizem e ataquem. Quer tentar?
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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Klauss Krugger Ter 15 Dez 2015 - 10:51

- Para cada grande conquista, uma dor equivalente, não é mesmo? E a maior das dores, a morte de seu avô.

"Nós Corax sabemos que as palavras são importantes; mas diante da dor, elas não são nada. Apesar disso, tenho que dizer que seu avô ter dado a vida por você foi valoroso e sábio e não algo a lamentar.

Teria sido uma decepção para ele se você não se lançasse com toda a gana e autoconfiança sobre o inimigo. E uma tragédia sobreviver, se você tivesse sido morto.

Ao morrer por você, ele manteve o ciclo da vida, onde o novo substitui o velho, e garantiu a continuidade de sua própria luta, linhagem e história, que do contário teriam perecido com ele ao fim de seus dias. Ao te salvar, ele garantiu que continuaria combatendo por Gaia e todas essas coisas mais, através de você. E estou segura que morreu orgulhoso de ambos.

O fardo de sobreviver ao outro foi entregue a você, que é jovem, e não a seu avô. Mais justo assim, não é mesmo? Nesse sentido você também o salvou e não há porque sentir-se mal. Gaia sabe o que está fazendo.

Não sei se você pretende libertar esses segredos, Klauss. De minha parte, não tenho a intenção de contá-los a ninguém, a menos que você o faça. Só espero que eles já não lhe machuquem tanto Afinal de contas, têm mais espaço para voar agora que vivem em dois corações

Aretha aproximou-se um pouco.

- Me permite fazer algo?

E deu um abraço fraternal em Klauss.

- Obrigada pela confiança. – murmurou.."

*Retribuo o abraço.*

-- Eu que tenho que agradecer por me fazer expulsar isso de mim... e não posso pedir que não comente isso com ninguém... pois iria contra a sua natureza...



--------------------------------------------------------

Nos dias seguintes, eles não foram mais que turistas.

Atravessaram a mata deslumbrante em busca de cavernas e cachoeiras. Deleitaram-se com a fantastica beleza dos salões que Gaia esculpira na própria carne e as extravagantes formas de sua arquitetura natural. Banharam-se em piscinas de pedra, formadas por cascatas imensas, cercadas por uma vegetação que superava qualquer fantasia estrangeira sobre a exuberâncias dos trópicos.

Viveram momentos daqueles em que os metamorfos entendem plenamente pelo que lutam e se sentem orgulhosos de si mesmos.

Uma parente dos balam acompanhou-os todo o tempo. Era Delfina, parceira de Caetano, uma mescla de guia e vigilante. Aretha não se importou, se era o preço para Caetano estar traquilo com um garou perto de seu território estava bem. Além disso a jovem era uma companhia agradável e discreta.

Após alguns dias no parque, subiram à comunidade quilombola onde Aretha havia nascido. Ainda tinha alguns parentes distantes por lá.

Foram recebidos com muita hospitalidade. Era uma gente pobre, não da pobreza indigente das cidades e sim daquela humildade do campo, em que não se tem dinheiro na bolso e se trabalha a terra vestindo roupas velhas, mas se come e bebe melhor que os ricos da cidade, respira-se um ar puríssimo, disfruta-se do tempo e da paisagem e se pode confiar na solidariedade dos vizinhos.

Neste lugar, Klauss e Aretha acordavam com cantar do galo, tomavam café passado em coador de pano e adoçado com caldo de cana e comiam uma espécie de biscoito chamado “bolo de roda”. No jantar, arroz com frango caipira, feijão com toicinho (que Klauss descobriu que era beicon), farofa de carne seca e outras comidas fortes e saborosas. No meio do dia, pedaços de carne seca ou da linguiça produzida ali e bolo de mandioca, levados embrulhados em guardanapos e comidos ávidamente no meio da mata, entre uma trilha e outra.

*Sempre que voltavam ao povoado ao invés de descansar como seria o que qualquer pessoa faria, saio caminhando a esmo, mesmo sabendo que era vigiado de perto por Delfina, sabia que era o preço a se pagar por estar em territorio bastet, e procuro ajudar a quem puder, ajudando a arar a terra, carregando sacos de mantimentos ou fazendo simplesmente o trabalho braçal para os mais idosos, seria minha maneira de dizer obrigado pela hospitalidade.*


Um dia alcançaram uma cachoeira belíssima, segundo Aretha conhecida apenas por nativos, já que estava fora da área do parque.

Klauss nadou nas águas cristalinas e geladas da piscina natural que a circundava, cujo fundo a vista não não podia alcançar, enquanto Delfina aquecia o corpo sobre uma das poucas rochas em que o sol dava direto, sem ter que atravessar as árvores, e Aretha deliciava-se na ducha natural formada por um jorro d´água desviado pelas pedras, que evitavam que caísse tão forte. A corax equilibrava-se sobre as pedras com suas pernas finas, o corpo pequeno e atarracado e uma cabeça grande e bem redonda. Era um perfeito pássaro e Klauss teve vontade de rir imaginando que ela ia se chacoalhar, espirrando água como os passarinhos nas fontes das praças.

Delfina começou então a cantarolar: “Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira”.

Aretha gargalhou:

- É… acho que se aplica.

E continuou a canção:

Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira.
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira.

Deixou a água golpear com força sua nuca e costas e então cantou, olhando para Klauss:

A ferida que formou, já está sendo curada..
a noite escura se foi, levando as trevas e trazendo luz a sua estrada…
A paz que nos roubaram, graças a Deus temos de volta…

- E clamo para ter algemas, apenas no meu amor – completou Delfina, rindo.

Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira.
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira.

*Sento em uma das pedras e observo as duas cantando juntas e quando elas acabam. E abro os braços como se fosse abraçar o lugar por inteiro.*

-- Obrigado por deixarem eu fazer parte disto tudo... realmente eu precisava disso.

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Já que você trouxe um garou de Fonte Fria aqui, o que me conta para compensar? – perguntou Caetano a Aretha.

- Que eles estão por trazer presas de prata.

-- Também não estou contente com isso, Fonte Fria nas mãos dos presas não durara muito, não que minha tribo tenha reputação melhor.... *estendo a mão para Caetano.* Desculpe por literalmente invadir seu território, mas prometi a Aretha que a protegeria e não iria deixa-la na mão.



Bem, seguimos viagem, então. – disse ela. – Destino: Curitiba.

Pensou um pouco e acrescentou:

- Klauss, eu disse a você que conheço e cultivo um monte de contatos. Não necessariamente amigos, muito menos só criaturas decentes. A nossa próxima visita é a alguém que sabe muito bem se defender e que tampouco seria uma perda lamentável se desaparecesse. Podemos nos arriscar a por em prática sua estratégia de deixar que meus inimigos nos localizem e ataquem. Quer tentar?

-- Curitiba aqui vamos nós... Aretha... depois das informações de Ralf e Caetano me resta perguntar... não seria outro corvo tentando lhe derrubar???
...

-- Bem se esse contato sabe se defender e não é alguém que vão sentir a perda você deve ligar para ele antes e prometo tentar me conter quando encontra-lo.
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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Lua Qua 16 Dez 2015 - 15:15

-- Curitiba aqui vamos nós... Aretha... depois das informações de Ralf e Caetano me resta perguntar... não seria outro corvo tentando lhe derrubar???

Aretha fez uma expressão de sofrimento, então disse:

- Isso passou pela minha cabeça, Klauss. Explicaria muita coisa. Mas esbarrei no motivo: não há razão alguma para outro corax querer me derrubar, como você diz.

"Entenda, nós não somos como vocês, garous, criaturas gregárias que muitas vezes entram em atrito. Nós não disputamos território ou posições hierárquicas. Nem ao menos convivemos o bastante para termos raiva uns dos outros. Em geral, quando nos reunimos é por diversão ou para trocarmos conhecimento. Além disso, somos muito poucos, menos ainda que vocês. Cada corax sabe o quanto as nossas vidas são valiosas."

Ficou olhando as estrelas por uns instantes e então continuou:

- Os corvos com quem tenho um contato mais direto e, por assim dizer, emocional são duas amigas, com as quais me uni pouco depois da mudança. Estivemos em bando por uns tempos e então cada uma seguiu seu rumo. Às vezes nos reunimos, tomamos uma cerveja ou um café, fofocamos, reclamamos dos amantes do momento, rimos como loucas e então nos despedimos felizes.  Por que iam querer me fazer mal?

"No entanto, se você achar que vale a pena, podemos visitar uma delas. A Safira passa boa parte do ano em Curitiba. Deixei-a de fora das visitas por causa dos fomori e porque tenho outro contato bem informado na cidade. Mas podemos vê-la para tirar a dúvida se você achar conveniente. Sem avisar antes, é claro."


Aretha voltou-se para Klauss com uma expressão preocupada:

- Que me diz? Corremos o risco?
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Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax) Empty Re: Klauss Krugger - Cria Cuervos… (Aliado Corax)

Mensagem  Klauss Krugger Qui 17 Dez 2015 - 5:59


- Isso passou pela minha cabeça, Klauss. Explicaria muita coisa. Mas esbarrei no motivo: não há razão alguma para outro corax querer me derrubar, como você diz.

"Entenda, nós não somos como vocês, garous, criaturas gregárias que muitas vezes entram em atrito. Nós não disputamos território ou posições hierárquicas. Nem ao menos convivemos o bastante para termos raiva uns dos outros. Em geral, quando nos reunimos é por diversão ou para trocarmos conhecimento. Além disso, somos muito poucos, menos ainda que vocês. Cada corax sabe o quanto as nossas vidas são valiosas."

-- Gostaria realmente que os garou também tivessem essa forma de pensamento.

- Os corvos com quem tenho um contato mais direto e, por assim dizer, emocional são duas amigas, com as quais me uni pouco depois da mudança. Estivemos em bando por uns tempos e então cada uma seguiu seu rumo. Às vezes nos reunimos, tomamos uma cerveja ou um café, fofocamos, reclamamos dos amantes do momento, rimos como loucas e então nos despedimos felizes. Por que iam querer me fazer mal?

"No entanto, se você achar que vale a pena, podemos visitar uma delas. A Safira passa boa parte do ano em Curitiba. Deixei-a de fora das visitas por causa dos fomori e porque tenho outro contato bem informado na cidade. Mas podemos vê-la para tirar a dúvida se você achar conveniente. Sem avisar antes, é claro."

-- Talvez uma visita solo, comigo a vigiando de perto é lógico, pois se ela estiver por trás dos ataques saberá que agora tem um guarda costas e enviará um ataque ainda mais forte, e ao saber que está em Curitiba e vai visitar seu outro contato e tivermos um ataque confirmamos a suspeita, caso contrário você vai matar a saudade de uma velha amiga e nossa busca continua.
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Mensagem  Lua Ter 22 Dez 2015 - 11:20

No outro dia bem cedo, Aretha e Klauss se despediram de Delfina e do pessoal do quilombo e partiram rumo a Curitiba.

Apesar do mau humor de Caetano, Aretha comentou que ele tinha ficado com uma boa impressão de Klauss. E também os parentes do quilombo, por sua humildade em ajudá-los nas tarefas cotidianas.

Viajaram sem muita pressa, admirando o céu azul e o verde da paisagem.

Safira não vivia na área urbana de Curitiba, mas em uma propriedade rural nos arredores da cidade. Ao aproximarem-se do lugar, Klauss pôde admirar mais e mais exemplares de uma curiosa árvore com os galhos voltados para o céu como um candelabro.

Aretha explicou que se chamava araucária, pinheiro brasileiro ou pinheiro do Paraná, o Estado em que estavam.

- É uma espécie em extinção. Safira têm feito uma enorme campanha junto aos meios de comunicação e à opinião pública para defendê-las, mas não é fácil. As pessoas querem plantas e animais que se reproduzam rápido e dêem lucro fácil. E a pressão para usar as terras em que os pinheiros estão para agricultura e pecuária é grande. Basicamente, a questão de sempre em conservação das espécies ameaçadas.

Safira insiste. Para ela é algo mais que cumprir nossa missão com Gaia. Ela disse que a própria Mãe encarregou-a de proteger os pinheiros, através de uma visão. Desde então vem plantando sementes e procurando conservar os exemplares adultos.

Faz uns anos conseguiu comprar uma área de mata com alguns pinheiros velhíssimos e ali construiu sua pequena cabana, próximo a eles. É para lá que estamos indo.


Algum tempo depois chegaram à entrada da propriedade. Aretha chamou e não apareceu ninguém. Decidiu entrar e dar uma olhada e pediu que Klauss a acompanhasse.

Enquanto percorriam o caminho entre os pinheiros, Klauss sentia um agradável cheiro de seiva, que foi ficando mais intenso conforme se aproximavam da cabana.

Mas era um mau agouro. Quando avistaram a cabana, viram também que vários pinheiros frondosos tinha sido cortados recentemente. Seus troncos mutilados jaziam sobre a terra, às vezes tendo arrastado outras árvores com eles na queda. Era uma paisagem desoladora.

- Eram os pinheiros mais antigos… Safira construiu sua cabana ali para velar por eles como filhos.

Uma rajada de vento trouxe outro cheiro, então. De carne se decompondo. Indo em direção à cabana, eles avistaram uma mulher sentada de modo esquisito em uma cadeira. Tinha cabelos negros, que quase ocultavam a cabeça tombada sobre o peito de forma antinatural, usava um vestido azul cobalto  e estava amarrada.

Aretha deu um grito horrível e correu para ela. Ergueu sua cabeça inerte e continuou gritando, chorando e debatendo-se em um pavoroso ataque de nervos, até que Klauss conseguiu acalmá-la um pouco e ela pôde falar.

- Eu pensando que ela pudesse ter feito algo mau e ela foi assassinada! Não faz mais do que dois ou três dias, Klauss, os olhos ainda estão intactos. Eu estava tomando banho de cachoeira… e ela… aqui…

Enquanto Aretha falava e soluçava, Klauss notou atrás do corpo de Safira um pedaço de corda preso ao espaldar da cadeira.  E também um galho roliço caído no chão. A morte havia sido por garroteamento, Alguém passara a corda por seu pescoço e torcera-a com ajuda do galho até asfixiá-la.

- Por que? Por que tanto horror, Klauss? – murmurava Aretha meio fora de si.
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