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ASIA CENTRAL II - A Estepe Selvagem

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Mensagem  Lua Ter 20 Dez 2016 - 10:30

Alain, Shaíra e Volg:

Virgínia - Post Anterior:

Yuri - Post Anterior:

Klauss:

Jackal:
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Mensagem  Klauss Krugger Qua 21 Dez 2016 - 12:46

A ação conjunta de Klauss e Maksin logrou dar cabo do morto-vivo antes mesmo que fosse necessário empregar a fúria que ebulia dentro dele.

*Olho para Maksin e aceno positivamente com a cabeça.*

-- Ainda temos inimigos em pé... você está bem??

*Quando volto-me para o rei.*

- Muito bem. – disse o rei Vladi, suspirando – Isso que aconteceu aqui foi uma afronta imperdoável e uma humilhação. Certamente iremos contra esses peregrinos e eu espero contar com você, meu jovem, pois mostrou-se muito valoroso. Agora vamos ajudar àqueles dois, que também estão agindo como heróis. Fiodor parece que já se adiantou a nós, mas isso pode ser perigoso para todos.

-- É uma honra combater a seu lado Magestade, *olho para a direção da batalha que continuava na entrada do castelo.* Se me permite soberano...

*Corro em direção a Volg e Alain e quando passo pelos demais, falo como quem entende de combate e não como quem está dando uma ordem aos demais.*

-- Vamos Irmãos a luta ainda não acabou... tentem flanquea-los...os zumbis são fortes mas tem dificuldade de lutar contra múltiplos inimigos e se alguém tiver dons mentais que possam afetar Fiodor e evitar que ele ataque os nossos será de grande valia, já tivemos muitas baixas para que um dos nossos mate maia alguém.

ação
gasto de 4 pontos em fúria para atacar quantos zumbis forem possível
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Mensagem  Zayrus Sex 23 Dez 2016 - 8:58

As palavras do homem inicialmente me soaram com grande estranheza, mas não demorou para que abrissem meus olhos para a realidade que me cercava. Ali era Vaki, de fato. Contive na medida do possível a surpresa quando o turbilhão ilusório se desfez ao meu redor, tentando me situar mentalmente no local na medida em que reconhecia sua verdadeira face. Ainda assim o lugar tinha um aspecto desolador, como se agisse como um catalisador das más emanações vindas do mundo físico. Era inquietante estar em um lugar como aquele, especialmente sem ter uma noção concreta de como deixá-lo para trás.

O homem continuou a falar, dessa vez com tom mais descontraído. Mas logo o sorriso que havia se formado em seu rosto o abandonou, na medida em que ele se afastava de mim, tendo notado que eu agora teria outras companhias. Encarei o bando que me cercava e assumi minha forma Crinos
[1 Ponto de Fúria]. Os encarei profundamente e disse com tranquilidade: -Gostariam de tratar sobre algo comigo?- Caso se aproximassem demais ou demonstrassem alguma postura agressiva os atacaria com as garras sem pensar duas vezes [Ação Padrão + 4 Pontos de Fúria] .
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Mensagem  Cetza Sex 23 Dez 2016 - 10:43

A tormenta de chuva e meteoritos finalmente terminara e agora tudo o que restava eram poças, pedras frias, cadáveres e alguns heróis lutando.
Shaíra recebeu o arco e as flechas fetiches das mãos de Chase e correu para o balcão. Ao vê-la indo em direção às escadarias com o arco, dois senhores das sombras arqueiros resolveram se juntar a ela.

" Finalmente... essa tormenta acabou... isso estava atrapalhando demais... " Shaíra pegava o arco de Chase e se dirigi até o balcão onde mais dois garou parecendo senhores das sombras pareciam lhe seguir -- Vamos acabar com eles lá de cima!

Seguindo as instruções de Chase, Shaíra lançou a flecha normal em direção à Luna, fazendo uma prece a ela.
Imediatamente percebeu o arco como uma entidade viva, sintonizada a ela como um amigo próximo.
Shaíra e os dois senhores das sombras, Horatio e Casmir, posicionaram-se no balcão, apontando para baixo e esperando o momento certo de atirar.

Shaíra apontava o arco em direção à Luna e atirava uma flecha enquanto fazia uma prece silenciosa para ela... a seta cruzava o céu noturno até sumir de vista, Shaíra sentia que sua prece fora ouvida por Luna e o Arco a aceitava como usuária...ela estava pronta, controlando sua respiração, Shaíra esperava o tiro perfeito. Ela via Chase ajudar Vitaly e logo um dos mortos corria para atacá-lo, Shaíra não pordia tempo em protegê-lo. A jovem notava que Alain e Volg estavam lutando contra cinco mortos vivos... ela precisava dar-lhes cobertura até Chase conseguir por Vulk e Vitaly de volta ao combate, ela notava que Igor havia estava caído e BEM ferido, ela gritava para Volg e Alain.

--- TRAGAM IGOR ATÉ CHASE! DAREMOS COBERTURA À VOCÊS!

Shaíra apontava suas seta para os mortos vivos próximos de Igor para mantê-lo à salvo dos zumbis enquanto rezava para eles irem ajudá-lo
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Mensagem  miltonviziak Sáb 24 Dez 2016 - 18:42

A tormenta de chuva e meteoritos finalmente terminara e agora tudo o que restava eram poças, pedras frias, cadáveres e alguns heróis lutando.

Ainda bem que os meteoros finalmente cessaram...Pensou Volg.

Ali perto, Volg buscava o próximo morto-vivo para atacar mas não via nenhum além daqueles com que cada um lutava. Então notou que o morto que ele havia derrubado começa a levantar-se com os tendões praticamente regenerados

Seu ataque não teve tanto efeito no zumbi, ele se regenerou e atacou Volg em seguida.
Seus ataques estavam começando a machucar Volg, se não o derrotasse logo poderia perder sua vida, não queria morrer ali.
Sabia que essas criaturas eram dificeis de matar, pois ja tinha enfrentado uma.  A situação estava piorando.
Os ataques  e a dor  dos ultimos golpes que levou , fizeram Volg a partir para o ataque ainda prestando atenção na criatura e sempre atento para não levar nenhum golpe surpresa.
Volg cerrou os dentes, olhou para a criatura, abriu suas garras e foi pra cima dela.


Ataco com as garras e miro tudo na cabeça e no peito.
Ataques extras, gasto mais 3 pontos de furia e se precisar 3 pontos de FV para sucessos automaticos.
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Mensagem  Garras de Sangue Seg 26 Dez 2016 - 13:12

Mordvin mostrou que apreciaria sua ajuda na seita mas deixou-o livre, como é sensato fazer com um peregrino. Jackal poderia permanecer um tempo no caern, consolidando seu contato com Mordvin; ir para Valmir, a cidade mais próxima, governada pelo irmão do rei Vladi mas sob forte influência dos senhores das sombras; ou partir em busca de sua recompensa com Hórus e Nithar.

Permaneço por alguns dias no caern, observando a tudo e buscando aprender o maximo possivel, inclusive ajudando os senhores das sombras no que fosse pedido.

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Mensagem  Natalie Ter 27 Dez 2016 - 9:24

- Dentro da casa, obviamente. Eles estão feridos, não poderiam ir muito longe a tendência natural seria tentar se esconder na própria casa. Mas com o tempo que passou é possível que já não estejam lá. Se não estiverem, ou se não estiverem todos, há um outro lugar para onde talvez fossem. Mas este fica de garantia de que você não me mate até seu amigo chegar. Eu fiz um acordo com ele, ele deve cumpri-lo. Tenho informações e posso ajudar bastante vocês, só que eu quero viver. Não estrague tudo por não confiar em humanos.

Virgínia sacudiu a água da chuva dos pêlos e encarou o homem.

- Muito bem, você vem comigo! Se eu desconfiar de alguma armadilha, você morre, entendeu? Então mostre o caminho e vamos achar o seus amigos fujões!

Aurora da Esperança ia segurado a corda do parente como se ele fosse um cachorro na coleira.

Ela estava atenta para localizar e matar todos os parentes fugitivos.

E já tinha seu próprio cão farejador.
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Mensagem  Alexyus Ter 27 Dez 2016 - 18:52

Alaín estava se esforçando de verdade, se entregando à Fúria de um jeito que não costumava fazer. A batalha gritava em seus membros, mas em algum lugar a mente racional e analítica do phillodox ainda raciocinava friamente.

"Certo, ainda podemos vencer, mas vai sair caro. Agora tem arqueiros na muralha cobrindo o avanço deles, provavelmente com flechas fetiches ou talismãs. Não preciso lutar aqui, não há nada a provar e nem ganharia nada com isso. Preciso me lembrar do motivo de ter vindo aqui! Preciso resgatar a refém secreta!"

Os olhos de Alaín ainda brilhavam com ferocidade enquanto ele recuava de costas, encarando seus inimigos, observando enquanto as flechas caíam sobre eles e destruíam seus corpos putrefatos. Triunfo-de-Gaia iria apenas se defender se ainda fosse atacado, mas procuraria se colocar fora do alcance dos mortos-vivos rapidamente.

No hall, Alaín iria checar se todos os zumbis tinham sido derrotados e se era seguro abrir a passagem secreta. Se ainda não fosse, ele pretendia ajudar na limpeza do local, destruindo qualquer combatente inimigo ainda hostil.

Uma vez que tivesse aberto e adentrado a passagem, ele iria sozinho, seguindo as instruções que o parente havia passado, andando com máxima cautela, mas ainda tão depressa quando pudesse.
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Mensagem  Lua Sex 30 Dez 2016 - 15:07

Rolagens:

Ieraks encontrou o lugar adequado próximo a umas formações rochosas que emergiam da estepe. Na linha do horizonte as luzes avermelhadas do sol de outono que se punha mesclavam-se com as chamas que consumiam o que restou de Vaki e seus cadáveres ambulantes.

Ierakas, Ahmed e Shaíra formaram um círculo que foi sendo aumentado conforme as diferentes tropas e matilhas se juntavam a ele, até que todos os garous sobreviventes da tomada da cidade estavam reunidos em uma grande roda, uivando.

Um Engling finalmente emergiu da umbra, santificando o lugar como se fosse o centro de um caern. A assembléia já poderia começar.

Oleg entoou o Uivo de Abertura. Era um momento de concentrar-se para a assembléia que viria mas os eventos finais da luta ainda estavam tão recente que Alain, Klauss, Shaíra, Virgínia e Volg não podiam evitar que seus pensamentos voassem para eles.

Alain se lembrava de como havia entrado no palácio, passado pelos garous e parentes que se recuperavam e pelos guerreiros que exterminavam os últimos cadáveres ambulantes e seguido as instruções até chegar a jaula onde estavaa parente sequestrada. Lembrava-se do rosto da bela jovem de cabelos brancos, de seus olhos gratos e da maneira digna como ela se portava mesmo naquele momento de extrema vulnerabilidade e miséria. Era, de fato, uma presa de prata e se chamava Tânia.

Tânia:

Klauss, Shaíra e Volg recordavam seu último combate. Volg necessitara de quase toda sua fúria para matar o cadáver que enfrentara, enquanto Klauss o fizera sem muito esforço. Depois foi a vez de Volg dar cabo de um morto sem maior dificuldade e depois finalizar outro, que estava dando trabalho para Klauss.

Seguindo a sugestão de Klauss, o  rei usara um poder mental para direcionar os ataques de Fiodor contra os mortos-vivos. Chase havia resgatado Igor sob a proteção de Shaíra, que alvejara um cadáver que estava resistindo a todos os danos e que, cheio de confiança, decidira atacar o médico. Ela o parara e as flechadas de Horatiu e Casmir o destruíram. Shaíra não podia esquecer a sensação de êxito e cumplicidade quando os três tocaram suas mãos, vitoriosos. Ela era uma arqueira agora. Tinha ganhado um arco de boa qualidade, embora sem ser fetiche, mas Leyda prometera conseguir-lhe um arco de Luna se ela fizesse um trabalho para as fúrias negras.

Ao fim da luta, todos os cadáveres tinham sido exterminados, sem novas baixas para os garous.

Virgínia também perdia-se em pensamentos. Enquanto Lorde Efim reverenciava o Engling, ela lembrava-se de como não encontrara  nenhum dos parentes corrompidos na casa e que o informante, que ela levava pelo pescoço como um cão, a conduzira em direção ao palácio de Vaki. Virgínia tinha entendido o seu jogo, ele queria encontrar-se com Alain para fazê-lo cumprir sua promessa. Pretendeu matá-lo mas então o homem já era o único parente corrompido disponível e ordens superiores mudaram o plano de todos. E essas ordens se cumpririam a seguir.

Tinha chegado o momento da Quebra do Osso, presidida por Karol, como Caçador da Verdade.

O primeiro garou a tomar a palavra foi o geralmente circunspecto Ieraks.

- Andam circulando rumores de que alguns garous se evadiram da luta final contra os cadáveres ambulantes. E que seriam traidores. Quero deixar bem claro aqui que meus companheiros de matilha, Agai e Glinka, desapareceram quando tentavam percorrer atalhos. Nem eu nem Glinka jamais tivemos nenhuma relação com os peregrinos silenciosos que desafiaram o rei. Hórus, Nithar e Jackal devem ser perseguidos e castigados. mas Glinka e Agai, ao contrário, tem que ser resgatados, pois eles podem ter ido para qualquer lugar na umbra, até mesmo a Umbra Negra, considerando a natureza mórbida de Vaki. Assim eu desafio, neste momento, a todo garou que considerar Agai e Glinka traidores que me enfrentem em duelo.

Ninguém se manifestou e Karol determinou que Hórus, Nithar e Jackal fossem considerados inimigos do Rei Vladi e seus aliados até que provassem sua inocência e que fosse organizada uma expedição de busca umbral para Agai e Glinka.

- Gostaria de acrescentar Yuri a essa busca. – interrompeu Boiak – Também a respeito dele se cochicha e eu quero atestar que todas suas ações sob meu comando foram leais e honrosas e igualmente desafio a qualquer um que queira difamá-lo a me enfrentar em um duelo agora. Devemos incluir Yuri entre os perdidos na umbra pois ele desapareceu no mesmo momento que Glinka e Agai. Deve ser resgatado como eles. Bem, se ele não regressar por seus próprios meios, é claro, pois tenho muita confiança em sua capacidade.


Karol assentiu que Yuri também fosse procurado na expedição umbral.

A seguir foi designado outro grupo para perseguir os parentes corrompidos fugitivos. Nádia havia regressado à casa onde foi torturada, em busca de sua pele esfolada, mas não encontrou-a, o que tornava tudo mais preocupante. Os parentes caídos poderiam tê-la levado consigo para negociar com algum dançarino da espiral negra interessado em usá-la como base para um ritual ou mesmo um fetiche. Nádia sofreu o Ritual do Ostracismo devido à desobediência que motivou seu aprisionamento e extração da pele. Estava expulsa da Rússia e Cazaquistão de modo permanente, e seria enviada de volta à sua seita no Brasil.

Os garous foram informados que Mordvin tinha mandado um mensageiro para falar com o rei, propondo uma reunião com este e Volovan. Ambos os anciões concordaram, fixando como data da reunião o seguinte equinócio de primavera. Até lá, o rigoroso inverno cazaque e as baixas sofridas pelos garras vermelhas garantiriam a paz mas estava claro que um novo esforço diplomático seria necessários.

A próxima questão era mais agradável: o Rito de Passagem de Volg.

Enquanto a maioria dos garous preparava a queima final de Vaki, Fiodor havia levado o jovem cria de fenris para a umbra e falado brevemente sobre a Tríade e o dever com a salvação de Gaia (explicações e dúvidas por mp). Também buscaram espíritos para ensinar-lhe seus primeiros dons.

Agora Volg estava preparado para seu desafio final que era, mais que tudo, simbólico. Depois de sua atuação nos combates, ninguém tinha a menor dúvida de que ele já era um garou adulto e digno representante de sua tribo.

Como proposto por Klauss, seu desafio foi enfrentar um parente corrompido, no caso o trazido por Virgínia, lutando apenas com os punhos, sem transformar-se em lobisomem e sem entrar em frenesi.

Sentindo-se traído e frustrado, o homem fizera de tudo para desestabilizar Volg, insultando-o, irritando-o, fazendo palhaçadas, recusando-se a lutar para, em seguida, atacar deslealmente e o que mais foi capaz de inventar.  Mas Volg, a seus treze anos, já era um lutador experiente. Ademais, havia aprendido a usar sua força de vontade para conter emoções e superar-se. Não teve dificuldade em derrotar o parente sem entrar em frenesi.

Em um ritual oficiado por Klauss, foi declarado um garou dos crias de fenris, recebendo o nome de Punhos do Trovão pois, no exato momento em que a luta se encerrara, o céu havia rugido ao longe. Os senhores das sombras consideraram um bom agouro.

Georgy, o galliard mais jovem presente, narrou os feitos de Volg como filhote, os quais seriam incorporados às histórias dos garous locais como inspiração para os cliaths e esperança no futuro para os mais velhos.

Em seguida foi liberada a apresentação de histórias e canções para os demais galliards. Começando pela frágil Beatrice e indo até os heróis de postos mais altos, foram sendo honrados os mortos em batalha. As histórias de suas façanhas e os cânticos por suas perdas cresceram em emoção até chegarem a ponto mais alto com um longo, dolorido e solitário uivo de Volovan, lamentando a morte de todos os garras vermelhas que o acompanharam à luta.

Ao fim do uivo, o próprio rei Vladi saltou em sua forma lupina dando início ao Festim. Todos mudaram de forma, a maioria em lupus mas alguns em hispo e até mesmo crinos. A lua cheia que havia substituído o sol poente carregara a fúria de todos mas agora era a energia espiritual que governava. Ela alimentara o Engling, purificara o lugar e impulsionava-os a correr como filhotes pelo corpo amável e plano de Gaia. Não havia humanos próximos nem divisas, a corrida foi um êxtase de liberdade atravessando a Estepe Selvagem.

Virgínia pode galopar como uma loba crescida em zoológico jamais tinha feito antes; Alain sentiu sua mente silenciar-se por uns instantes, deixando o controle para uma natureza animal que ali ele podia expressar com segurança; Klauss corria sentindo-se forte e pleno após ter entregado um novo membro à sua tribo; Volg correu pela primeira vez como Punhos do Trovão, deixando definitivamente para trás sua infância e a vida meramente humana. Shaíra teve novamente sob suas patas uma planície que estendia-se até o horizonte infinito…

Até que se sentiu apartada.

Conforme todos corriam, a manada de lobisomens foi se dividindo em grupos cada vez menores. Shaíra corria com um deles, até perceber que um lobo a conduzia para longe como se estivesse roubando uma ovelha. O lobo que fazia isso era negro e longilíneo. Ahmed, não havia como equivocar-se.

Ahmed guiou-a até ficarem a sós. Então foi para hominídeo. Na forma humana tinha o torso nu, adornado por um belo peitoral egípcio. O olhar de Shaíra percorreu sua pele morena, marcada por cicatrizes novas e antigas, passando pelo pescoço, onde o gesto de engolir em seco a fez recordar a primeira vez que o encontrara, no bar com sua prima, até chegar ao rosto. Os olhos de Ahmed cintilavam de fúria, paixão e urgência. Ela nunca o achara tão bonito quanto naquele instante, sob a lua cheia.

Ahmed caminhou até Shaíra sem tirar os olhos dos dela. Com uma expressão determinada, entre ordem e súplica, estendeu-lhe a mão. Shaíra compreendia o peso daquele gesto em sua vida. Se ela pousasse uma mão humana sobre a dele sabia a que, inexoravelmente, se entregariam até o amanhecer. Também sabia que Ahmed não insistiria se ela desse meia volta e corresse em lupino, deixando para trás sua figura imóvel, sem tê-lo provado mas em paz com a Litania. Era só dela a decisão.


******

Jackal permaneceu uns dias no caern de Mordvin, onde foi bem tratado e passou bons momentos. Não é da natureza dos senhores das sombras fazerem amigos nem da dos peregrinos silenciosos apegar-se, no entanto, ele estabeleceu um contanto proveitoso com o ancião.  A base disso era que ambos  tinham uma coisa importante em comum: o ódio aos vampiros. Mordvin podia ter rivalidades com Volovan e os garras vermelhas, mas o que movia toda a fúria em seu coração era o combate aos sanguessugas, que ele empreendera no passado e que retomaria sempre que fosse necessário.

******

A aparência em crinos de Yuri havia bastado para intimidar as aparições que o cercaram. Uma vez afastada a ameaça, o homem com que havia conversado ajudara-o a integrar-se no mundo dos mortos  e Yuri fora sábio o suficiente para não rejeitá-los até que pudesse escapar dali.

Ele não sabia mas enquanto a Vaki da matéria se consumia em chamas, a outra Vaki, fiel em tudo à original, se fortalecia naquilo que, mais tarde, ele descobriu chamar-se Regiões Sombrias. Em todos os sentidos, era como estar na Vaki real. Ou na verdadeira Vaki como havia dito antes o homem.

Yuri ficou por ali, até que algo aconteceu…


Garras de Sangue escreveu:"Yuri abre os olhos, a dor em sua cabeça era lascinante, sua visão ainda estava turva sentia todo o peso de seu corpo sendo sustentado por seus braços, havia grilhões em suas mãos que pendiam do teto, seus pés não tocavam o chão e neles também haviam grilhões, estava nú e um estranho medalhão pendia em seus pescoço, olhava ao redor procurando por alguma coisa e via apenas as paredes de pedra desgastadas pelo tempo, olhava para trás e via uma porta de madeira antiga, que lhe parecia bem grossa. Buscava em sua memória o que havia acontecido ele era um dos vigias numa das noites em Vaki, e andava em sua forma lupina pelas fronteiras da cidade, de repente algo se abre sob seus pés, e ele cai, não houve tempo de mudar de forma mais ainda assim em sua forma de lobo consegue evitar que a queda lhe causasse danos mais graves, quando sente a pancada na cabeça. Quanto tempo havia ficado desacordado, quanto tempo levaria até que os demais sentissem sua falta e quanto tempo levaria até que viessem procura-lo?"
FIM
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Mensagem  Cetza Sáb 31 Dez 2016 - 11:56

Ierakas, Ahmed e Shaíra formaram um círculo que foi sendo aumentado conforme as diferentes tropas e matilhas se juntavam a ele, até que todos os garous sobreviventes da tomada da cidade estavam reunidos em uma grande roda, uivando.

Um Engling finalmente emergiu da umbra, santificando o lugar como se fosse o centro de um caern. A assembléia já poderia começar.

Oleg entoou o Uivo de Abertura. Era um momento de concentrar-se para a assembléia que viria mas os eventos finais da luta ainda estavam tão recente que Alain, Klauss, Shaíra, Virgínia e Volg não podiam evitar que seus pensamentos voassem para eles.

Shaíra nem acreditava que a guerra havia acabado, ela olhava para Ierakas e em especial para Ahmed. Shaíra uivava assim como os demais gaorus assim que o espírito apareceu Shaíra parava e apenas observava um pouco nervosa, pois nunca estivera em uma cerimônia daquele porte... ela ficava ao lado de Ahemd enquanto assistia Oleg iniciar a cerimônia.

* * *

Shaíra compartilhava com os seus companheiros histórias da batalha, ela contava com orgulho sua participação na batalha. Ela junta com os seus companheiros: Horatiu e Casmir, ela finalmente se sentia uma verdadeira arqueira de Gaia, ela passara por seu batismo de fogo e contava a todos com bastante orgulho. Provavelmente Shaíra iria procurar Leyda em breve para fazer um favor às Fúrias Negras e ser agraciada com um Arco de Luna. Quando Ieraks falava do sumiço de Agai e Glinka, Shaíra rangia os dentes em raiva, eles a ensinaram muito à ela e a jovem se sentia compilada à ajudá-los... Se Ierakas lhe procura-se ela aceitaria de bom grado em participar dessa missão de resgate.

* * *

Shaíra assistia o rito de passagem de Volg, ela se emocionava ao ver o pequeno filhote se tornar um verdadeiro guerreiro de Gaia. Volg agora era Punhos de Trovão, Um verdadeiro nome garou que ela esperaria que ele defendesse com muito orgulho. O rei Vladi pulava na forma de Lobo e Shaíra fazia o mesmo, ela corria pelas planícies de forma intensa e alegre. Shaíra corria, ela respirava ofegante e sem muito rumo... ela notava que aos poucos os garous se afastavam ficando apenas ela e Ahmed... Shaíra tomava a forma humana, e olhava para Ahmed que estava com o torso nu e sua bela cor de sua pele contrastava contra a luz da lua, dando-lhe uma tonalidade prateada...

Ahmed caminhou até Shaíra sem tirar os olhos dos dela. Com uma expressão determinada, entre ordem e súplica, estendeu-lhe a mão. Shaíra compreendia o peso daquele gesto em sua vida. Se ela pousasse uma mão humana sobre a dele sabia a que, inexoravelmente, se entregariam até o amanhecer. Também sabia que Ahmed não insistiria se ela desse meia volta e corresse em lupino, deixando para trás sua figura imóvel, sem tê-lo provado mas em paz com a Litania. Era só dela a decisão.

Shaíra olhava para Ahmed com um leve sorriso no rosto, ela dava alguns passos em direção dele. Estavam só naquelas planícies enquanto o vento noturno movimentava suas vestes enquanto ela olhava para Ahmed... sua respiração alterava-se nervosamente quando Ahmed estendia a mão à ela. Shaíra entendia o significado daquele gesto, sabia que era um crime contra a Litânia... sabia que ela e Ahmed poderiam ser punidos severamente por outros Garous, mas o que ela sentia por Ahmed era maior do que qualquer punição... com um olhar cúmplice e um doce sorriso ela pousava sua mão sobre a dele... Shaíra colocava sua cabeça no ombro de Ahmed enquanto suas mãos enlaçavam a cintura dele... eles começavam a andar juntos com Luna como testemunha de seu amor...

--... Ahmed... quero ficar ao seu lado... sempre...Acima de qualquer coisa...
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Mensagem  Lua Sex 6 Jan 2017 - 6:49

CRÉDITOS

Esta história foi adaptada de Estirpe Selvaje de Montse de Paz e, nos posts de Yuri na Umbra Negra, de As Cidades Invisíveis de Italo Calvino.
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