Virgínia Dawn Hope - O Lado Escuro da Lua

Virginia estava na floresta próxima a Vancouver, havia algum tempo que ela tinha tido algum contato com seus companheiros de matilha, mas sempre gostava de vir a montanha em que realizaram o ritual. Se sentia bem no local, sentia a tranquilidade e a paz do local.

Do alto conseguia ver os animais correndo e ouvia os seus chamados ao longe. A sua ultima missão havia acontecido a algumas luas.

Enquanto observa a paisagem, uma movimentação incomum chama a atenção de Virginia, aparentemente algum animal esta fugindo pela mata fechada.

Virgínia retornava ao mundo natural, aproveitando a paz e tranquilidade de GAia longe das cidades dos humanos e das criações da Weaver.

A movimentação do animais era uma dança antiga e conhecida dela, o círculo da vida em constante movimento. Predadores que se alimentavam de suas presas sem maldade no coração, seguindo seus instintos naturais de sobrevivência.

Mas algo inesperado chamou sua atenção. A fuga de um animal através da mata fechada parecia indicar uma perturbação estranha à vida selvagem.

Virgínia nem sequer pensou. Disparou em corrida para o local, tentando alcançar o animal que fugia e a origem de seua fuga.

Aurora observa a movimentação e parte em perseguição ao animal, mesmo não tendo observado o que acontecia.

Sua velocidade em forma lupina e grande permitindo alcançar sem pouco esforço o animal.

Ao surgir da mata Aurora se depara com um rapaz de cerca de 18 anos, ele esta com varias manchas de sangue em seu corpo e seu aspecto e de cansaço. Ele olha a sua volta o tempo inteiro, parecendo assustado e fugindo de algo.

Ao olhar em direção a Aurora ele parece assombrado e corre na direção contrária, porem tropeça em meio as raízes e cai batendo a cabeça no chão e ficando desacordado.

Virgínia se aproximou cautelosamente do humano caído, cheirando com o focinho para identificar o cheiro dele.

Ela sabia o suficiente sobre a anatomia humana para determinar a gravidade dos ferimentos e também para socorrê-lo. Ela podia fazer isso rapidamente.

Mas ela ainda estava intrigada com o mo0tivo da fuga dele.

Olhou em volta, procurando o que poderia estar assustando o humano.

Se não encontrasse nada, ia dar um jeito de socorrer o dorminhoco.

Virginia se aproxima cautelosamente, o garoto está desacordado, sente o cheiro forte de sangue, tabaco e pólvora.

Ao observar os seus ferimentos, percebe que o corpo dele está machucado no rosto e no tórax, mostrando que o mesmo se envolvera em alguma luta recentemente. Um ferimento no abdômen em forma de circulo é o que aparenta maior gravidade, o cheiro de pólvora é mais forte ao seu redor. Virginia sabe que são ferimentos causados pelos objetos da Weaver. O sangue flui de seus ferimentos e a sua respiração é ofegante e fraca.

Virginia apruma os ouvidos para ver se escuta algum som anormal, mas nada chama a sua atenção. Precisa decidir logo o que fará, pois o sangue continua a fluir do ferimento e a respiração está cada vez mais fraca.

Virgínia decide ignorar os perigos reais ou imaginários ao redor e salvar a vida daquele humano.

Mudou para sua forma humana e colocou suas mãos sobre ele, invocando o poder do Toque da Mãe para curar as feridas dele.

Depois de usar o poder, examinou o humano pra ver se tinha mais algum ferimento e alguma identificação ou documento que mostrasse quem ele era e o que estava fazendo ali.

Virginia observa que não existe nenhum perigo iminente, e resolver salvar o humano.

Mudando para a sua forma humana, ela se ajoelha ao seu lado e usa de seu dom de cura para sarar as feridas. Logo que termina de utilizar o dom que a mãe lhe ensinou percebe que a respiração e as feições do jovem melhoraram. Ele agora parece estar em um sono profundo. Virginia examina o corpo do garoto em busca de ferimentos, porem alem das marcas de hematomas que não foram totalmente curadas, o jovem não corre mais riscos. ao verificar seus pertences, encontra uma foto meio amassada de uma criança, algum dinheiro em papel, um canivete simples e um aparelho da weaver quebrado.

Restam ainda algumas horas de sol e o jovem permanece dormindo, aparentemente ele passou um tempo correndo e fugindo. Estão em um local favorável para se poder passar a noite, pois é fresco e o rio passa próximo, assim Virginia decide arrumar o local para poder aguardar o jovem despertar.

A noite já esta um pouco avançada e Virginia cochila, quando ouve um barulho a sua volta e ao abrir os olhos percebe que o jovem está desperto, sentado olhando para as marcas dos machucados, ele parece não notar a presença de Virginia que se deitou um pouco afastada.

O jovem se levanta com um pouco de dificuldade e observa o local onde está, só então percebe a presença de Virginia, seu primeiro instinto é de susto, mas então a duvida é refletida em seus olhos, e ele pergunta.

"Quem é vc... E onde eu estou ?


Foto:

Spoiler:

Virgínia foi direta e objetiva:

- Sou Virgínia Dawn Hope. Voce está na floresta. Quem é você e por que está aqui?

O jovens se recosta, sentindo os músculos doendo um pouco. Vendo que Virginia lhe interroga de forma direta, ele olha calmamente o seu corpo, talvez procurando ferimentos e/ou seu pertences.

Ele sorri de forma cansada e começa a responder com a voz um pouco cansada.
"Meu nome é Marcus, eu... Vc viu mais alguém por aqui ? Temos que tomar cuidado, vc não está com eles está ?"

Ele olha ao redor, como se estivesse receoso de estar sendo seguido... Ele tenta andar um pouco pelo local, mas talvez ainda sinta dores, e se deixar ficar no lugar... Ele olha para Virginia, e pergunta.

"Vc tem água ? Estou com sede... E meus pertences ? Onde estão ? Desculpe os meus modos, estou um pouco nervoso... Obrigado por me ajudar... Senhorita....